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O Flamengo entra em campo nesta terça-feira (24), às 22h (horário de Brasília), contra o Los Angeles FC, pela terceira rodada do Grupo D do Mundial de Clubes da FIFA. A partida, que acontece no Camping World Stadium, em Orlando (EUA), terá transmissão ao vivo nos canais Globo, SporTV, CazéTV (YouTube), além das plataformas de streaming Disney+ e DAZN.
O Rubro-Negro carioca chega embalado após vencer o Chelsea por 3 a 1, de virada, com gols de Bruno Henrique, Danilo e Wallace Yane Luiz Araújo. A equipe alcançou a marca de 10 jogos consecutivos sem derrota na temporada e garantiu a classificação antecipada como líder do grupo.
Com a liderança assegurada, o técnico Filipe Luís planeja utilizar uma formação alternativa para preservar atletas importantes. Jogadores como Pulgar, Gerson, Plata e Bruno Henrique estão pendurados e devem ser poupados para evitar suspensões nas oitavas de final.
Já o meia De la Cruz continua fora da equipe, se recuperando de uma entorse no joelho esquerdo. O adversário da próxima fase será o segundo colocado do Grupo C, que ainda está indefinido entre Bayern de Munique, Benfica e Boca Juniors — o Auckland City não tem mais chances de avançar. A partida das oitavas está marcada para sábado (28), às 17h, na cidade de Charlotte.
O Los Angeles FC entra em campo já eliminado, após derrotas nas duas primeiras rodadas: 2 a 0 para o Chelsea e 1 a 0 diante do Espérance de Tunis. Com nenhum ponto conquistado, a equipe dos Estados Unidos busca encerrar sua participação de forma digna, embora sem chances de classificação.
Competição: Mundial de Clubes – 3ª rodada do Grupo D
Data: Terça-feira, 24 de junho de 2025
Horário: 22h (de Brasília)
Local: Camping World Stadium, Orlando (EUA)
Transmissão: Globo, SporTV, CazéTV (YouTube), Disney+ e DAZN
Arbitragem: Salman Falahi (Catar)
Assistentes: Ramzan Al Naemi e Majid Al Shammari (Catar)
4º árbitro: Juan Gabriel Benitez (Paraguai)
Flamengo (técnico: Filipe Luís): Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Allan, Jorginho e Arrascaeta; Michael, Everton Cebolinha e Pedro.
LAFC (técnico: Steve Cherundolo): Lloris; Sergi Palencia, Maxime Chanot, Eddie Segura e Ryan Hollingshead; Igor Jesus, Timothy Tillman e Mark Delgado; Cengiz Ünder, Olivier Giroud e Denis Bouanga.
A menção à expressão “gelo no sangue” e o trecho de uma música foram interpretados por torcedores como uma crítica direta à atual gestão comandada por Bap
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O Flamengo vive dias de instabilidade nos bastidores. A gestão de futebol liderada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, passa por críticas e questionamentos, enquanto o nome de José Boto, contratado no início da temporada como diretor técnico, tem sido centro de tensões recentes. No meio do furacão, Marcos Braz, ex-vice-presidente de futebol e figura influente nas conquistas de 2019, voltou à tona nas redes sociais com uma publicação que causou burburinho entre torcedores e bastidores do clube.
A expressão “gelo no sangue”, eternizada por Braz durante o ano mágico de 2019, ressurgiu. Em um story publicado em sua conta no Instagram, o ex-dirigente exibiu uma imagem com a frase, acompanhada por um trecho da música “Deixe a Vida Rolar”, do cantor Clovis Pê: “De boa, de nada. O tempo diz tudo. Faz o que der vontade. Sem medo do mundo.”
A combinação entre a legenda e a imagem não passou despercebida pela torcida, que viu ali um recado direto à cúpula atual do futebol rubro-negro. Torcedores rapidamente repercutiram a postagem. Muitos interpretaram como uma crítica velada à forma como o departamento de futebol vem sendo conduzido após a saída de Braz. Outros, porém, lembraram os maus resultados sob sua gestão nos últimos anos, especialmente em 2023 e 2024, e trataram a publicação como oportunismo.
O alvo da crise é José Boto, português com passagem por clubes como Shakhtar Donetsk e Benfica. Desde que assumiu o cargo no Flamengo, no início de 2024, o dirigente luso tem encontrado dificuldade para aplicar sua filosofia de trabalho no Ninho do Urubu. Relatos de bastidores indicam desgaste com o presidente Bap, principalmente após o veto da contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, indicado por Boto.
A situação acendeu o alerta vermelho dentro do clube e pode culminar em uma eventual saída do profissional. Fontes próximas ao departamento de futebol indicam que uma reunião entre as partes deve acontecer nos próximos dias para discutir o futuro de José Boto. A relação entre ele e Bap se deteriorou ao longo das últimas semanas, e o veto a Johnston foi apenas a gota d’água.
A decisão do Mengão de recuar nas negociações por Mikey Johnston continua repercutindo internamente e nas redes sociais, entre dirigentes e influencias
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O assunto dividiu opiniões entre torcedores e reacendeu críticas à postura da diretoria, especialmente em relação ao compromisso com o profissionalismo prometido por Bap. De um lado, parte da torcida entendeu que o recuo foi sensato. A avaliação interna, conforme apurado, considerou o histórico de minutagem do jogador, a intensidade exigida pelo calendário brasileiro e o estilo de jogo do elenco atual. Esses fatores, somados, indicaram risco alto para uma contratação que exigiria imediatismo.
Entretanto, a ala mais crítica da torcida vê a desistência como um sinal de fraqueza. Na visão desses torcedores, a diretoria cedeu à pressão externa, contrariando justamente o discurso de profissionalismo e autonomia técnica que foi um dos pilares da eleição de Bap. Em meio ao impasse, uma entrevista antiga de Bap ao Flow Sport Club, dada ainda durante a campanha presidencial, ganhou destaque novamente.
O trecho, viral nas redes sociais, traz o dirigente falando sobre a importância dos scouts e criticando o peso excessivo da opinião popular. A declaração mais comentada e compartilhada foi direta: “Mas a gente acha que, porque assistimos a 500 horas de futebol, que enxergamos e conhecemos mais do que os caras. A gente não conhece.” A frase sintetiza o ponto de vista da diretoria sobre como decisões devem ser tomadas — com dados, análise e critério, não com base em clamor popular.
Durante a entrevista, Bap detalhou como o departamento de scout trabalha, revelando processos que vão muito além da simples observação de partidas. São cruzamentos de dados, análises de comportamento físico e psicológico e adaptação ao estilo de jogo da equipe. Sem citar nomes, Bap contou que o Flamengo analisava a contratação de um atleta, mas que os analistas identificaram que o jogador só conseguia manter intensidade por dois blocos de 30 minutos. Após esse período, tornava-se lento e vulnerável — algo que inviabilizaria seu uso em jogos de alta exigência.
Embora o presidente não tenha ligado diretamente esse caso ao nome de Mikey Johnston, a explicação é interpretada por muitos como uma justificativa embasada para a decisão recente. O clube analisou, ponderou e concluiu que a contratação não se encaixava no perfil necessário. O dirigente ainda destacou a evolução tecnológica no futebol, com softwares que comparam desempenhos e projetam cenários. Para Bap, isso permite ao scout ver mais do que os olhos captam ao vivo — e, por isso, devem ter autonomia.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo
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O Flamengo decidiu recorrer à Justiça para cobrar uma dívida de R$ 587.354,00 da empresa JJ Produções Eventos, responsável pela organização da partida contra o Botafogo-PB, realizada no dia 1º de maio, pela terceira fase da Copa do Brasil. Nesse sentido, a empresa quitou metade do valor ao rubro-negro.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo, incluindo transporte, hospedagem e demais despesas operacionais.
O objetivo da negociação era potencializar a arrecadação com bilheteria, já que o jogo, originalmente marcado para João Pessoa (PB), foi transferido para o Estádio Castelão, em São Luís (MA). No entanto, o acordo não foi cumprido integralmente. Segundo o Flamengo, o clube tinha gasto R$ 887 mil com a operação da partida, mas recebeu apenas R$ 300 mil de reembolso até então. Restando, portanto, mais de meio milhão de reais.