
Futebol
|
A segunda-feira (30) começou com o anuncio da demissão do técnico Tite do Flamengo, uma notícia esperada após a eliminação na Libertadores e o desempenho ruim da equipe, que gerou pressão crescente entre os torcedores. O relacionamento com a torcida é um dos aspectos que fez Zico, maior ídolo da história rubro-negra, acreditar que a saída do treinador era a decisão mais lógica.
Zico realizou a 15ª edição do Café com Zico nesta segunda, no Bar do Zico, no Recreio dos Bandeirantes, um evento onde torcedores têm a oportunidade de passar a manhã com o ídolo e fazer perguntas. Um dos questionamentos foi sobre a demissão de Tite. Apesar de elogiar o treinador e lamentar a saída, o eterno Camisa 10 reconheceu que a decisão foi correta.
“Eu acho que hoje é fácil dizer que deveria. O clima já não está legal. Trabalhar em um lugar que as pessoas te hostilizam e falam um monte de coisa não é bom para ninguém. Lamento que isso tenha acontecido, porque gostou muito dele, acho bom treinador. Mas talvez não tenha se adaptado ao estilo que é o Flamengo”, disse Zico.
Embora Zico reconheça o futebol insatisfatório apresentado pela equipe, ele destacou que o Flamengo ainda se mantinha vivo em competições. No entanto, a queda na Libertadores foi um fator determinante para a mudança, especialmente pela derrota em casa, que ele comparou à eliminação de 1982.
“O Flamengo ganhou o Carioca, está na semifinal da Copa do Brasil, tem alguma pequena chance no Brasileiro e foi até as quartas da Libertadores. Lógico que a derrota do Maracanã foi determinante. Perdeu gols, mais no Maracanã do que lá. Foi o mesmo que aconteceu com a gente em 82. Massacramos, na cara do gol toda hora, mas sofremos um gol em falta que não existiu e fomos eliminados”, afirmou o Galinho de Quintino em vídeo liberado pelo Essência Rubro-Negra.
Críticas à Supervalorização do Elenco
Zico também criticou a supervalorização do elenco rubro-negro, que ele acredita ser uma visão exagerada, especialmente por parte da diretoria, que investe pesadamente em jogadores que, na opinião do ídolo, são “comuns.” Ele foi enfático ao afirmar que não compartilha da ideia de que o plantel seja o melhor da América do Sul.
“Flamengo, a meu ver, contratou errado. Muitos jogadores. Está gastando dinheiro com jogadores normais. São bons? Sim, mas o preço que é tinham que ser craques. Não são. Supervalorizaram demais o plantel do Flamengo, fizeram a torcida crer que é o melhor time da América do Sul. Não é! Isso é o problema. A torcida acha que vai ganhar 3 ou 4 sempre, mas a gente que é da bola sabe que a história é diferente”, completou o eterno camisa 10 da Gávea.
O ex-jogador do Mais Querido também contou a origem do famoso apelido que recebeu após subir das categorias de base para o time profissional
|
O atacante Diego Maurício, formado nas categorias de base do Flamengo, falou sobre o início de sua carreira como profissional no futebol e contou sobre o apelido que ganhou, o famoso: "Drogbinha".
Deixando o Odisha FC após cinco temporadas na Índia, Diego Maurício está livre no mercado. Assim, ele relembrou de quando subiu para o profissional do Flamengo e de sua estreia em um jogo do Brasileirão de 2010. Na época, ele não era a primeira opção para o confronto.
Diego fala sobre sua estreia no profissional: "Meu começo foi meteórico. Lembro que não era o momento de subir, pensavam em outros jogadores".
O jogador completa relembrando que foi acionado após um jogador do time titular se lesionar e destaca que após a partida ele soube que não retornaria para a base do Mais Querido, onde disse ter sido tudo muito rápido.
Já integrado ao time profissional do Flamengo, Diego Maurício ganhou um apelido: Drogbinha, que o acompanhou pelo restante da carreira. A comparação é com o ex-atacante do Chelsea e da Costa do Marfim: Drogba.
Desse modo, Diego revelou quem lhe apelidou: "O apelido veio do David Braz. Ele falou: "Você parece o Drogbinha. No estilo de jogo, na força”. A torcida abraçou, então não tem como mexer com a torcida. Só que é complicado, para o lado bom ou o ruim", disse o ex-Flamengo.
Diego Maurício subiu para os profissionais do Flamengo em 2010, pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Logo depois, o atacante ganhou a vaga de titular no time que brigava para não cair no Brasileirão. Diego permaneceu na Gávea até 2012. Ao todo, ele marcou 8 gols em 79 partidas, conquistando o Carioca em 2011.
A entidade destaca que realizou novos exames em Plata e que concorda com o pedido do Mais Querido em não utilizá-lo nas Eliminatórias
|
Após a briga nos bastidores, o Flamengo e a Federação do Equador chegaram a um acordo por Gonzalo Plata. Desse modo, a entidade equatoriana se manifestou em nota sobre a situação envolvendo o atacante, que foi liberado da seleção.
Assim como o Mais Querido, a Federação Equatoriana confirmou que Plata retornará ao Rio de Janeiro após a partida entre Equador x Brasil, na quinta-feira (5). Desse modo, o jogador se reapresenta ao Flamengo na próxima sexta (6) para dar sequência ao tratamento do edema no joelho direito.
"A Federação Equatoriana de Futebol informa que, após a realização das avaliações médicas correspondentes e a reunião entre nossa equipe médica e a do Flamengo, foi tomada a decisão conjunta de que o jogador Gonzalo Plata permanecerá na delegação da Seleção do Equador até a partida contra o Brasil. Após a partida, ele retornará ao seu clube para concluir seu processo de recuperação.
Reiteramos nosso compromisso de sempre agir visando o melhor interesse da saúde do jogador e em coordenação com os clubes aos quais nossos jogadores pertencem".
Nas últimas semanas, a Federação do Equador enviou médicos ao Rio para realizar exames na casa de Plata, sem o conhecimento do Flamengo. O Rubro-Negro emitiu uma nota destacando a falta de comunicação da situação e o risco de agravamento da lesão do atleta.
Mesmo o Rubro-Negro pedindo para que Plata não fosse convocado, o Equador chamou o jogador, que se apresentou na última segunda (2) em Guayaquil. No entanto, após novas avaliações médicas, a seleção equatoriana passou a concordar com o Flamengo, que afirmava que o atacante não está apto a jogar.
Assim, com Plata retornando ao Rio de Janeiro, o departamento médico do Flamengo seguirá a preparação do atacante para a disputa do Super Mundial. O Rubro-Negro estreia no torneio no dia 16 de junho, contra o Esperánce (TUN).
Atacante está sendo investigado por supostas manipulações de resultados de apostas esportivas e tribunal tomou decisão negativa ao jogador
|
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, investigado por suposta manipulação de apostas esportivas. A solicitação, que buscava a transferência do caso para a Justiça Federal, foi recusada liminarmente pelo desembargador André Ribeiro.
A defesa argumentava que o caso envolvia apostas reguladas em âmbito nacional, com possível impacto em loterias federais e participação de empresas internacionais sediadas em paraísos fiscais como Malta e Chipre. Por isso, alegava que o processo deveria sair da alçada da Polícia Civil do Rio de Janeiro e ser conduzido por autoridades federais.
Além disso, os advogados pediram a invalidação das provas já obtidas durante a investigação — o que poderia paralisar ou anular o inquérito. O pedido, porém, foi rejeitado pelo magistrado, que manteve o caso sob responsabilidade da Justiça Estadual.
Com a negativa, o processo segue tramitando normalmente na Polícia Civil do Rio, que já indiciou Bruno Henrique pelos crimes de estelionato e fraude em competição esportiva, com suposto objetivo de beneficiar apostadores.
Além do processo na esfera criminal, o camisa 27 do Flamengo também responde a um inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que apura possíveis punições no âmbito esportivo. O atacante diz que é inocente na situação.
Bruno Henrique é acusado de ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, em 2023, para favorecer apostadores. Segundo a investigação, entre os envolvidos estariam seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa de Wander, Ludymilla Araújo Lima, e a prima do jogador, Poliana Ester Nunes Cardoso — todos teriam apostado no cartão do atacante.
A Polícia Federal obteve conversas extraídas do celular de Bruno Henrique e de seus familiares. Em uma das mensagens, ele e o irmão falariam sobre o cartão amarelo e mencionariam diretamente o jogo contra o Santos. O caso já foi encaminhado ao Ministério Público, que agora decidirá se oferece denúncia ou arquiva o processo.