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A partida entre Flamengo e Corinthians na última quarta-feira (2) foi cercada de polêmicas da arbitragem. Isso porque, o Mais Querido teve um pênalti não dado e um impedimento questionável no gol de Gabigol no final do confronto. Desse modo, a CBF divulgou nesta quinta (3) o áudio do VAR no lance do atacante.
Aos 26 minutos do segundo tempo, Alex Sandro jogou a bola na área, e Gabigol completou de perna direita. Dentro de campo, a arbitragem não anulou o lance. No entanto, minutos depois, veia a intervenção do VAR.
“Situação factual. O jogador que faz o gol, de número 99, está em posição de impedimento. Impedimento”, disse Rodolpho Toski Marques, responsável pelo VAR.
O lance foi exibido no telão do Maracanã para que o VAR traçasse as linhas "ao vivo" para todos verem. Assim, a anulação foi confirmada. Irritado, Gabigol e Gerson discutiram com o juiz de campo, Wilton Pereira Sampaio.
DIRIGENTE SE REVOLTA
Após a partida, Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Mais Querido, detonou a arbitragem e a falta de critério. Braz destaca que viu o juiz pressionado após pressão do Corinthians nos bastidores.
"Eu falei na entrevista coletiva ontem, esse choro, essa conversa fiada em relação à mudança das datas, isso traria a arbitragem pressionada. Foi o que aconteceu. Dá pena a arbitragem. Falta de critério, falta de tudo. Agora, não adianta ficar falando. Graças a Deus eu estou falando em cima de uma vitória do Flamengo. Porque se fala em cima de derrota, está querendo terceirizar, dar desculpas. Não dá. Eu não sei onde vai parar a arbitragem do futebol brasileiro", comentou Marcos Braz, em entrevista pós-jogo.
Atacante volta ao time titular, passa em branco no clássico e é cobrado por desempenho abaixo do esperado por parte da torcida rubro-negra
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O empate sem gols entre Flamengo e Botafogo, neste domingo (18), pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, deixou um gosto amargo no Maracanã. Mesmo com a manutenção da vice-liderança, a atuação rubro-negra ficou aquém do esperado, e um nome, em especial, virou alvo da insatisfação da torcida: Everton Cebolinha.
Depois de começar no banco diante da LDU, pela Libertadores, Cebolinha voltou ao time titular, mas pouco conseguiu produzir no ataque. Em 87 minutos em campo, o camisa 11 teve dificuldades para furar a defesa alvinegra e foi bastante cobrado nas redes sociais após o apito final. Os números reforçam a percepção negativa da torcida. Segundo dados do Sofascore, Cebolinha recebeu nota 6.2 — abaixo da média para um atacante — e terminou a partida com 14 perdas de posse, nenhuma finalização no gol e apenas um drible certo em quatro tentativas.
A repercussão nas redes foi pesada. Entre os comentários mais curtidos, torcedores classificaram o atacante como “o pior custo-benefício da história do clube” e “pior entre os pontas ruins do elenco”. A crítica ganha força diante do investimento feito: o jogador foi contratado por cerca de 13,5 milhões de euros junto ao Benfica em 2022.
Além da atuação individual, a fraca performance coletiva do setor ofensivo reacende um sinal de alerta. Filipe Luís, que comanda a equipe interinamente, ainda não conseguiu dar consistência ao ataque, e o Flamengo acumulou o terceiro jogo sem balançar as redes no Brasileirão. O empate diante do Botafogo impediu o Rubro-Negro de colar no líder Palmeiras. Com o tropeço no clássico, o Fla chegou a 18 pontos, quatro a menos que o time alviverde, que venceu o Bragantino por 2 a 1 no mesmo dia. O Botafogo, por sua vez, caiu para a 11ª posição, com 12 pontos.
Ainda que mantenha uma campanha sólida, o Flamengo tem sido cobrado por atuações mais convincentes, especialmente nos jogos em casa. No Maracanã, o time voltou a apresentar dificuldades para construir jogadas claras e sofreu com a marcação do Botafogo. A expectativa pelo desempenho do atacante é alta, mas o rendimento em campo segue distante do potencial que o jogador já demonstrou em outras fases da carreira.
Lateral do Flamengo valoriza ponto diante do Botafogo e aponta desgaste da equipe após sequência intensa de jogos em 2025
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No clássico mais esperado da rodada, o 0 a 0 entre Flamengo e Botafogo pode ter deixado parte da torcida frustrada, mas não abalou Alex Sandro. Para o experiente lateral, o desempenho coletivo em campo foi positivo, considerando o contexto de sequência pesada de jogos e desgaste físico do elenco.
“Jogo bem intenso, bem estudado, sempre difícil jogar um clássico. Obviamente que queríamos a vitória. Porém, esse ponto no final é sempre importante”, afirmou o jogador na zona mista do Maracanã.
Entre a vitória sobre a LDU-EQU no meio da semana e o duelo contra o Botafogo, o Flamengo teve menos de 72 horas de intervalo. No sábado anterior, havia enfrentado o Bahia pelo Brasileirão. O cenário, segundo Alex Sandro, justifica o cansaço notável em campo. A maratona de compromissos levou até mesmo a comissão técnica a poupar Arrascaeta no clássico.
O meia uruguaio iniciou no banco e entrou apenas no segundo tempo, sendo preservado após desgaste na vitória contra a LDU, pela Sul-Americana. Alex Sandro reforçou a compreensão do elenco diante das decisões da comissão: “Primeiramente, parabéns a todos os jogadores pelo esforço. Viemos de uma semana difícil, de jogos decisivos. Cada jogo para nós é sempre decisivo. Queríamos muito a vitória, mas é sempre difícil jogar contra o Botafogo.”
O discurso se alinha ao incômodo generalizado no Ninho do Urubu. Internamente, a comissão técnica e o departamento médico do Flamengo tratam com cautela o acúmulo de partidas e buscam alternativas para evitar novas lesões — o Rubro-Negro tem enfrentado dificuldades para manter o elenco 100% disponível.
Treinador destacou segurança de Evertton Araújo, explicou volta de Lorran aos relacionados e cobrou mais entendimento tático de Matheus Gonçalves após o empate
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Após o empate sem gols contra o Botafogo, neste domingo (18), no Maracanã, pela 9ª rodada do Brasileirão, o técnico Filipe Luís concedeu entrevista coletiva e fez uma análise pontual sobre três promessas do Flamengo: Evertton Araújo, Lorran e Matheus Gonçalves. Com muitos desfalques no elenco, o treinador teve de recorrer à base e deixou claro o que pensa sobre cada jovem.
O nome que mais se destacou foi o de Evertton Araújo. Escolhido para ser titular como primeiro volante, substituindo Gerson, o camisa 35 atuou durante os 90 minutos e teve números sólidos: 33 passes certos em 39 tentados (85% de aproveitamento), cinco duelos defensivos vencidos em cinco disputados e uma atuação segura.
— O Evertton é sempre muito confiável. Ele domina o meio-campo na parte defensiva e tem muita qualidade nos apoios. Sempre soluciona o companheiro pressionado. Por isso me sinto tão seguro quando coloco ele — disse Filipe.
A tendência é que o volante ganhe sequência como titular. Isso porque Nico de la Cruz saiu de campo com dores e fará exames. Além dele, Pulgar e Allan seguem fora, ambos em recuperação de lesões musculares. Outro jovem abordado por Filipe foi Lorran, que voltou a ser relacionado pela segunda vez sob comando do treinador. Após um período no sub-20, o meia reapareceu no grupo principal, mas não entrou em campo no clássico.
Segundo Filipe, a decisão de chamá-lo veio após conversas com Nuno, técnico do sub-20, que destacou evolução do meia nos treinos e jogos da categoria. Porém, por conta do desgaste recente em jogo da base e ausência nos treinos com o time principal, o treinador optou por não colocá-lo. Apesar de ainda não ter ganhado minutos, o jovem é visto como uma possível peça de reposição para Arrascaeta, que tem sido desfalque frequente.
Até a partida contra o Botafogo, Matheus somava apenas quatro minutos no Brasileirão. Agora, com mais tempo em campo, pode ter outras chances, desde que melhore na compreensão das funções dentro de campo. Com um elenco desfalcado por lesões e convocações, a tendência é que os Garotos do Ninho ganhem cada vez mais espaço nas próximas semanas. O próximo compromisso é já na quarta-feira (21), contra o Botafogo-PB, pela terceira fase da Copa do Brasil.