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Com as medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Paris, as atletas da Seleção Brasileira foram homenageadas nesta segunda-feira (12) na sede da CBF, no Rio, pelo presidente Ednaldo Rodrigues, diretores e colaboradores da entidade. Aplaudidas de pé no auditório da CBF, elas subiram ao palco, vestindo o uniforme da equipe, para uma celebração simbólica.
Chamadas uma a uma pela gerente de Competições, Aline Pellegrino, que fez parte da geração vencedora do início dos anos 2000, as medalhistas ouviram do presidente Ednaldo Rodrigues os agradecimentos por terem chegado a uma final olímpica depois de 16 anos.
“Essa é uma homenagem do futebol brasileiro a essas guerreiras que tanto lutaram pela medalha e nos emocionaram nos últimos dias nesta caminhada olímpica na França. Esse foi um trabalho de ouro. Foi uma trajetória muito difícil, que teve em cada uma das meninas e da comissão técnica uma harmonia e um entrosamento muito grande, o que construiu esse caminho até o pódio”, disse Ednaldo Rodrigues.
“Estamos estendendo nossos agradecimentos também a todos os diretores da CBF, aos integrantes da comissão de arbitragem, aos colaboradores, a todos esses que fazem o futebol brasileiro acontecer. Quero parabenizar também as pioneiras disso tudo, as desbravadoras, representadas aqui por várias delas. Elas abriram o caminho para que tivéssemos hoje uma Seleção consistente, que busca o resultado sempre e não se deixa abater nas diversidades”, prosseguiu o presidente da CBF, referindo-se às ex-jogadoras da Seleção convidadas para assistir ao evento.
No seu discurso, Ednaldo Rodrigues também fez questão de citar nominalmente a lateral Antonia, um dos símbolos da conquista na Olimpíada de Paris. A jogadora atuou por vários minutos contra a Espanha na primeira fase com a perna quebrada, o que só viria a saber no dia seguinte.
No momento em que jogou no sacrifício, parada no meio de campo da partida disputada em Bordeaux, ela impediu que uma zagueira adversária avançasse para tentar mais gols – o Brasil, que atuava com uma a menos naquela partida, em razão da expulsão de Marta no primeiro tempo, era superado no placar e não podia levar outro gol, senão, estaria eliminada.
“Foram muitas dificuldades, jogo atrás de jogo, muitas viagens, a quantidade limitada de atletas que poderiam ser relacionadas, as baixas sem poder fazer as reposições, e vocês deram tudo por esse momento histórico. Espelharam-se em Antonia naquele jogo. Ela foi muito importante ali, com sua presença, um fato relevante para a classificação, pois não poderíamos tomar gols para a classificação. Saibam que por tudo que fizeram vocês vão estar sempre no coração do torcedor brasileiro”, afirmou Ednaldo Rodrigues.
Nome do jogador é citado nos bastidores do clube, mas diretoria tem outras prioridades e custo alto é empecilho imediato para o negócio
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Rodrigo De Paul, volante da seleção argentina e do Atlético de Madrid, voltou a ser pauta entre dirigentes do Flamengo. Mesmo sem uma negociação em curso, o nome do jogador é constantemente debatido nos bastidores da Gávea. A possibilidade, no entanto, esbarra em entraves relevantes: custo elevado, falta de consenso interno e foco da diretoria em outras posições.
De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, a contratação de um novo volante, especificamente para substituir Gerson, é motivo de discordância entre os dirigentes rubro-negros. Parte do departamento de futebol considera necessária a chegada de um reforço de peso para a função. Já o diretor José Boto acredita que o elenco atual oferece alternativas suficientes.
A diretoria do Flamengo tem uma verba disponível para investir na janela, com expectativa de fechar três a quatro reforços. Mas o foco imediato está em outras frentes. Um ponta-esquerda, um meia para ser alternativa a Arrascaeta e, dependendo da evolução do mercado, um lateral também entram na lista antes da busca por um volante como De Paul.
Apesar das discussões internas, não houve até agora qualquer contato do Flamengo com o Atlético de Madrid para abrir negociação. De Paul tem contrato até 2026 com o clube espanhol e está avaliado em cerca de R$ 96 milhões — valor considerado alto demais pelo departamento de futebol rubro-negro no momento. Em caso de impasse entre os setores da diretoria, o presidente do clube, Rodolfo Landim (Bap), pode ter papel determinante.
Pessoas próximas ao mandatário afirmam que ele acompanha de perto as tratativas de mercado e pode dar aval para a contratação se houver alinhamento técnico e financeiro. Outro obstáculo que pesa contra a possibilidade de avanço nas tratativas é o salário de De Paul. Segundo informações dos bastidores, o argentino recebe cerca de R$ 41 milhões por ano na Espanha.
Com laços meio que estremecidos com a diretoria do rubro-negro, o diretor técnico pode deixar o clube e isso impactaria direto na renovação de Filipe Luís
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O Flamengo chegou a ensaiar a renovação do contrato de José Boto e iniciou conversas para ampliar a permanência do diretor de futebol no comando da pasta. No entanto, algumas coisas podem ter atrasado ou até mesmo, cancelado tal medida.
A negociação previa a retirada de uma cláusula vigente hoje que permite a Boto rescindir o vínculo ao fim do primeiro ano sem multa, desde que não assuma outro clube sul-americano. Em caso de demissão por parte do Flamengo ou pedido do dirigente, o contrato vigente ainda prevê o pagamento de um valor dos dois lados pela ruptura.
Apesar do movimento da diretoria para garantir sua continuidade antes do Mundial de Clubes, Boto avalia a possibilidade de deixar o Flamengo. O dirigente português está incomodado com o veto à contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, nome aprovado por ele e pelo técnico Filipe Luís. O jogador já estava com viagem marcada para o Rio, mas por decisão do presidente Bap foi vetado.
O episódio intensificou um processo de desgaste iniciado após a eliminação no Mundial de Clubes, com críticas internas ao trabalho de Boto e do técnico Filipe Luis, vindas inclusive dos jogadores. O ambiente no departamento de futebol ficou mais tenso, e a insatisfação, que antes se restringia aos bastidores, ganhou eco.
Mesmo com respaldo da cúpula, Boto já vinha adotando uma postura de cautela sobre a permanência. Após oito anos seguidos vivendo fora de Portugal e longe da família, o dirigente queria fazer um balanço ao fim da temporada para decidir se seguiria no clube. E se deparou com uma realidade desgastante no futebol brasileiro.
A indefinição também atinge o futuro do técnico Filipe Luís, com quem Boto já tinha acordo para renovação por mais uma temporada. A oferta porém, ainda aguarda aprovação final da diretoria. Em meio ao impasse, o nome de Jorge Jesus voltou a ser citado nos bastidores da Gávea como opção, o que aumentou a tensão no núcleo do futebol.
A crise expõe novamente as dificuldades do Flamengo em sustentar um modelo de gestão profissional diante das pressões políticas internas. A permanência de José Boto agora está condicionada à retomada da confiança, da autonomia e da estabilidade no comando do futebol.
Diretoria segura investidas do futebol saudita e prepara oportunidades ao jogador no segundo semestre no elenco principal
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O Flamengo decidiu: Juninho fica no clube. Após receber sondagens do Al-Riyadh e do Najma SC, ambos da Arábia Saudita, o Rubro-Negro recusou as investidas e traçou um novo plano para o atacante de 28 anos. A ideia é dar mais rodagem ao jogador ao longo do segundo semestre, dentro do planejamento conduzido por Filipe Luís.
Mesmo com pouco espaço no primeiro semestre, o centroavante segue nos planos. A expectativa da comissão técnica é que ele tenha mais minutos em campo nas próximas rodadas do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Juninho esteve longe de ser protagonista na temporada até aqui. O atacante atuou em 20 partidas, marcou três gols e teve participação pontual no Mundial de Clubes, quando entrou apenas contra o Los Angeles, na terceira rodada da fase de grupos jogo em que o Flamengo já estava classificado às oitavas de final.
O baixo número de minutos em campo chamou atenção de clubes do exterior, que tentaram contratá-lo por empréstimo com compensação financeira. A diretoria, porém, foi firme e manteve o jogador no elenco. A permanência de Juninho no elenco principal foi construída com aval de Filipe Luís, que vê potencial no atacante. A conversa entre o treinador e a cúpula de futebol selou a decisão de não negociar o jogador no meio do ano.
Filipe deseja aumentar as opções ofensivas no elenco e acredita que Juninho pode entregar mais com sequência. A boa relação entre comissão técnica e diretoria facilitou a escolha por mantê-lo. Juninho deve estar à disposição para o confronto com o São Paulo, no próximo sábado (12), às 16h30 (de Brasília), no Maracanã. A partida marca o retorno do Flamengo ao Brasileirão Betano após a pausa da Data Fifa.
Com a liderança da Série A em jogo e desfalques importantes, o atacante pode pintar como opção no banco ou até iniciar entre os titulares, a depender da estratégia de Filipe Luís. Mesmo diante das propostas, Juninho manifestou desejo de permanecer no Ninho do Urubu. O jogador quer seguir no Rio de Janeiro e disputar posição em um elenco recheado de talentos.