Conmebol pode mudar sede da final da Libertadores 2025 por crise política no Peru

O Flamengo já começa a traçar seus planos para a temporada de 2026, mesmo ainda disputando os últimos compromissos do ano atual. Entre as principais prioridades da diretoria está a renovação do contrato de Giorgian De Arrascaeta, um dos pilares do elenco rubro-negro.

O meio-campista uruguaio confirmou, em entrevista à ESPN, que as conversas estão em andamento e próximas de um acordo final: “Estamos aí, conversando, quase tudo certo”, declarou o jogador do Mais Querido.

Atualmente, o vínculo do camisa 10 com o clube vai até dezembro de 2026. No entanto, o Mais Querido pretende estender o contrato até 2029, assegurando a continuidade de um dos principais nomes do elenco por mais quatro temporadas.

ARRASCAETA NEGOCIA CONTRATO

Segundo informações divulgadas pelo jornalista Jorge Nicola, o meio-campista uruguaio já apresentou uma contraproposta e há acordo salarial entre as partes. O Flamengo aceitou elevar o vencimento mensal de Arrascaeta para cerca de R$ 2 milhões, igualando o jogador ao patamar de Saúl Ñíguez, Samuel Lino e Jorginho, principais nomes do elenco.

O único impasse pendente diz respeito à duração do novo vínculo. A diretoria oferece três anos de contrato, enquanto o camisa 10 pede cinco temporadas. Internamente, há otimismo de que o acerto seja confirmado nos próximos dias.

URUGUAIO VIVE TEMPORADA DE DESTAQUE

A temporada de 2025 tem sido uma das melhores da carreira de Arrascaeta. Com 49 jogos disputados, o meia soma 19 gols e 13 assistências, sendo o artilheiro do elenco e o segundo maior goleador do Campeonato Brasileiro até o momento.

O atacante Bruno Henrique foi denunciado pela Conmebol por conta de um gesto obsceno realizado ao fim da partida contra o Estudiantes (ARG), válida pelas quartas de final da Copa Libertadores. Apesar do processo disciplinar, o advogado do jogador, Michel Asseff Filho, defendeu o atleta e justificou sua reação diante de provocações e agressões vindas das arquibancadas.

Defesa de Bruno Henrique, do Flamengo: "Foi uma reação impensada"

“Foi uma reação impensada, diante das inúmeras ofensas que os atletas vinham sofrendo naquele momento, e desde que chegaram na Argentina, e também ao arremesso de um isqueiro que o atingiu”, afirmou Asseff Filho ao UOL, destacando que o gesto foi uma resposta emocional a ataques reiterados.

CONTEXTO DO EPISÓDIO

O Flamengo perdeu para o Estudiantes por 1 a 0, em La Plata, mas garantiu a classificação às semifinais da Libertadores pelo placar agregado. Após o apito final, torcedores argentinos insultaram e provocaram Bruno Henrique, que respondeu com o gesto que originou a denúncia. A Conmebol enquadrou o camisa 27 por conduta antidesportiva, o que pode gerar multa ou até suspensão, dependendo do julgamento.

JULGAMENTO NA CONMEBOL

O processo está em andamento, e Bruno Henrique aguarda o veredito da entidade sul-americana. A decisão deve ser anunciada nos próximos dias, e o jogador pode ser absolvido ou punido com suspensão, o que o tiraria de partidas importantes do Rubro-Negro na sequência da temporada.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS DO FLAMENGO

Enquanto aguarda a definição do caso, Bruno Henrique segue à disposição de Filipe Luís. O Flamengo se prepara para o clássico contra o Botafogo, que acontece na quarta-feira (15), às 19h30 (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Os debates sobre os critérios de distribuição de receitas entre os clubes da Libra continuam gerando forte repercussão. Após as recentes explicações do presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap), os grupos políticos do Flamengo emitiram uma nota conjunta de apoio ao dirigente, reforçando o alinhamento interno do clube na disputa.

“Ficou evidente, na referida reunião, que jamais foi alcançada a unanimidade exigida no estatuto da própria Libra, para ser considerado o critério proposto pela Libra na distribuição da fatia de ‘audiência’. Tal critério pune um único clube, a saber, o Flamengo”, diz trecho da nota.

IMPASSE COM A LIBRA

O Flamengo vive uma verdadeira batalha nos bastidores por discordar da forma como a Libra pretende dividir os valores referentes aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. O clube entende que o modelo atual diminui injustamente sua fatia de receitas, apesar do peso de sua torcida, audiência e relevância esportiva.

O Rubro-Negro chegou a apresentar uma proposta alternativa para equilibrar a distribuição e reduzir as perdas previstas, mas Palmeiras, Santos e outros clubes não demonstraram interesse em abrir nova rodada de negociações.

AÇÃO NA JUSTIÇA

Diante da falta de diálogo, o Flamengo decidiu recorrer à Justiça. O clube obteve uma liminar que bloqueou o repasse de R$ 77 milhões da Globo destinado aos clubes da Libra. Segundo o departamento jurídico rubro-negro, a medida foi necessária para proteger os direitos financeiros do Mengão, que calcula um prejuízo potencial de até R$ 100 milhões caso o modelo de rateio seja mantido como está.

PRÓXIMO DESAFIO EM CAMPO

Enquanto o embate político segue nos bastidores, o foco esportivo se volta ao Clássico da Rivalidade. O Flamengo enfrenta o Botafogo na próxima quarta-feira (15), às 19h30 (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida terá transmissão da RecordTV, CazéTV (YouTube) e Premiere (pay-per-view).

CONFIRA NOTA NA ÍNTEGRA

“Os grupos políticos organizados pelo Clube de Regatas do Flamengo, representando distintas correntes de pensamento dentro do Conselho Deliberativo, mas unidos na defesa dos interesses do Clube, vimos, por meio desta, endossar publicamente nosso apoio à posição adotada pelo Conselho Diretor no impasse com a LIBRA, quanto ao critério de rateio das receitas de televisão, no tocante aos parâmetros a serem observados para divisão dos 30% vinculados à audiência.

Inicialmente, é importante reconhecer e enaltecer a postura ora adotada na condução deste debate. Na reunião realizada no Conselho Deliberativo no dia 07 de outubro, com transparência e objetividade, foram apresentados os fatos ocorridos ao longo do ano no tocante a este tema, permitindo que todos compreendessem com precisão a gravidade da questão.

Ficou evidente, na referida reunião, que jamais foi alcançada a unanimidade exigida no estatuto da própria LIBRA, para ser considerado o critério proposto pela LIBRA na distribuição da fatia de “audiência”. Tal critério pune um único clube, a saber, o Flamengo.

Não podemos concordar com esse cenário. O Flamengo não pode ter a sua representatividade reduzida de forma impositiva, tampouco pode ser tratado como inimigo a ser combatido, mas, sim, como exemplo a ser seguido.

Entretanto, o que se presencia é uma tentativa velada de “nivelamento por baixo”, conduzida por interesse visando criar mecanismos para retirar receita do Flamengo, ao invés de promover avanços em temas fundamentais para a evolução do nosso esporte, como:

• Padronização obrigatória dos gramados com superfície natural;
• Organização racional do calendário nacional de competições;
• E, sobretudo, a implementação de regras sérias de Fair Play Financeiro.

Diante disso, endossamos integralmente a condução firme do Conselho Diretor, certos de que o Flamengo não enfrentará essa batalha sozinho: contará com nosso respaldo e de sua Nação — dentro e fora dos gramados — e permanecerá, como sempre, na vanguarda, defendendo a meritocracia, o profissionalismo e a modernização do futebol brasileiro.

Saudações Rubro-Negras.“