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O meia Kervin Andrade já está em solo brasileiro após representar a Venezuela na Copa América, realizada nos Estados Unidos. Após a eliminação nas quartas de final para o Canadá, nos pênaltis, na última sexta-feira (5), o jogador viajou com a delegação do Fortaleza para o Rio de Janeiro, onde enfrentará o Flamengo pela 16ª rodada do Brasileirão.
Além de Kervin, que começará no banco de reservas, o técnico Juan Pablo Vojvoda conta com o retorno do volante Hércules, que cumpriu suspensão na última partida contra o Fluminense. Hércules deve ser titular no confronto de quinta-feira (11), marcado para as 20h (de Brasília) no Maracanã.
No entanto, Vojvoda enfrenta problemas no departamento médico. O lateral-esquerdo Bruno Pacheco sentiu um incômodo muscular durante o aquecimento contra o Fluminense e será reavaliado para determinar sua disponibilidade. Caso não possa atuar, Felipe Jonatan, contratado em abril do Santos, pode ser escalado na posição.
DESFALQUES E RECUPERAÇÕES NO LEÃO
Atualmente, o Fortaleza conta com cinco jogadores no departamento médico: o zagueiro Kuscevic, os volantes Martinez e Zé Welison, o meia Calebe e o atacante Pedro Rocha, este último em fase de transição física e possivelmente disponível para o duelo contra o Flamengo.
Kuscevic, que teve problemas estomacais recentemente, também está na lista de possíveis retornos para o jogo no Rio de Janeiro. Enquanto Calebe realiza fortalecimento muscular, Martinez e Zé Welison lidam com problemas musculares mais sérios.
ESCALAÇÃO PROVÁVEL DO FORTALEZA
Para o confronto com o Flamengo, Vojvoda deve escalar a equipe com: João Ricardo; Tinga, Brítez, Titi e Felipe Jonatan; Pedro Augusto, Hércules e Pochettino; Yago Pikachu (ou Marinho), Lucero e Moisés (ou Breno Lopes).
Atacante escolhido por Filipe Luís e José Boto entra em fase de oportunidade com a camisa rubro-negra após começo discreto e viraliza com comemoração
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Primeiro reforço anunciado para a temporada 2025, Juninho chegou ao Flamengo sem alarde, mas com o selo de confiança do diretor técnico José Boto e do técnico Filipe Luís. Mineiro de Pitangui, com passagens pela base do Athletico e pelo futebol europeu, o atacante de 27 anos é hoje um dos nomes que mais desperta curiosidade no Ninho do Urubu.
Logo de cara, um pedido simbólico: a camisa 23. O número, livre após a saída de David Luiz, foi solicitado por Juninho em homenagem à filha Olívia, nascida no dia 23. A diretoria entendeu o gesto e atendeu ao pedido. Coincidência ou não, foi uma das primeiras conexões entre jogador, clube e torcida.
No antigo clube, o Qarabag, do Azerbaijão, Juninho atuava com a camisa 18. Foram duas temporadas com destaque: 70 jogos, 42 gols e 4 assistências. O desempenho chamou a atenção do Flamengo, que via em Juninho um nome acessível e com potencial para surpreender. Antes da passagem pelo Azerbaijão, Juninho rodou bastante.
Após ser revelado no Athletico Paranaense, foi emprestado ao Portimonense, em Portugal, e depois passou por Brasil de Pelotas, Novorizontino, Figueirense e Vila Nova. De volta à Europa, defendeu Estoril e Chaves até chegar ao Qarabag. A movimentação não fez dele uma estrela, mas moldou um perfil maduro, versátil e com faro de gol. Características que se confirmaram nas poucas chances recebidas no primeiro semestre com o Flamengo.
Com a forte concorrência de Pedro e Bruno Henrique no setor ofensivo, Juninho começou a temporada à margem do time titular. Em um elenco recheado de nomes consolidados, foi natural que a adaptação exigisse paciência. Mesmo assim, o atacante fez valer as oportunidades e balançou as redes três vezes em 20 aparições — muitas saindo do banco.
Formado no Ninho, o atacante passou por transição de posição e hoje briga por minutos em um elenco estrelado, o jogador segue sendo um grande ativo do clube
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A trajetória de Wallace Yan é o típico caso de uma joia lapidada com paciência. Carioca de nascimento, mas moldado longe da capital fluminense, ele deu seus primeiros toques na bola profissionalmente na Ferroviária, em Araraquara, interior de São Paulo. Foi de lá que chamou atenção do Flamengo, que o contratou em 2022, para reforçar as categorias de base.
Logo no primeiro ano completo no Ninho do Urubu, o atacante se destacou. Em 2023, integrou o elenco campeão do Brasileirão Sub-20, em uma final que teve gosto especial: vitória sobre o Palmeiras. O desempenho consistente consolidou sua posição entre os principais nomes da base rubro-negra.
No ano seguinte, em 2024, Wallace Yan viveu um ciclo ainda mais vitorioso. Foi um dos protagonistas da Libertadores Sub-20 e, na sequência, do Mundial Sub-20. Nas finais contra Boca Juniors e Olympiacos, o atacante brilhou. Na Libertadores, marcou quatro gols e terminou como artilheiro ao lado do companheiro Iago. Já no Mundial, participou diretamente dos dois gols na virada contra os gregos, com finalizações que resultaram nos gols decisivos de Caio Garcia e Felipe Teresa.
Mas o momento mais importante da transição de Wallace Yan aconteceu fora dos holofotes dos títulos. Sob o comando de Filipe Luís, que assumiu o sub-20 no meio de 2024, o atacante mudou de posição. De ponta para centroavante. Foi ali, mais centralizado, que a veia artilheira aflorou – e surpreendeu até o próprio jogador.
A nova fase fez com que Filipe Luís apostasse nele também na equipe principal, quando assumiu o profissional do Flamengo. Wallace foi promovido ao time principal ainda antes do início do Campeonato Carioca de 2025. E a resposta foi imediata: quatro gols no estadual e o posto de vice-artilheiro, atrás apenas de Vegetti, do Vasco.
Atacante aproveita sequência como titular, participa diretamente da classificação na Libertadores e revela bastidores com staff e atletas
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A fase de Luiz Araújo não é apenas boa, ela é a melhor desde que o atacante chegou ao Flamengo. Após altos e baixos desde sua chegada ao clube, o camisa 7 tem emplacado sequência como titular e agora colhe os frutos, tanto nas estatísticas quanto no reconhecimento interno. Na vitória por 1 a 0 sobre o Bolívar, no Maracanã, que garantiu o Flamengo nas quartas de final da Libertadores, foi dos pés dele que saiu a assistência para o gol de Léo Pereira.
Uma bola levantada com precisão após cobrança de falta ensaiada, estudada e como ele mesmo contou combinada ali mesmo no gramado, segundos antes do lance. “Ali o Léo estava me perguntando onde eu bateria. Falei que seria no primeiro pau. Sabíamos que eles marcavam individual, então ele ficou um pouco atrás e conseguiu atacar a bola”, contou Luiz Araújo, em tom tranquilo, mas satisfeito, na coletiva realizada nesta semana no Ninho do Urubu.
O lance foi ensaiado, sim, mas ganhou um novo elemento com a chegada de Rodrigo Caio à comissão técnica. O ex-zagueiro, multicampeão pelo Flamengo, foi recentemente incorporado à comissão no lugar de Daniel Alegria. Desde então, passou a ter papel direto na montagem das jogadas de bola parada, algo que Luiz Araújo fez questão de destacar.
“O Rodrigo vem nos ajudando muito desde que chegou. Trabalhamos algumas jogadas específicas e isso tem feito diferença. Os nossos zagueiros são muito bons nisso. A gente confia neles, e com organização, as chances aumentam”, explicou. A jogada que garantiu a classificação não foi obra do acaso. O Flamengo, como lembrou Luiz Araújo, tem grande potencial aéreo, especialmente com jogadores como Léo Pereira e Fabrício Bruno. O segredo, segundo ele, está na repetição e no entrosamento.
“A bola parada é um ponto forte nosso. Temos grandes zagueiros que atacam bem a bola. Mas também é treino, posicionamento, orientação… E o Rodrigo Caio tem nos dado muito nisso.” Essa atenção aos detalhes tem feito diferença não só para o time, mas também para a trajetória pessoal de Luiz Araújo. Desde a recuperação da lesão muscular que o tirou de parte da temporada passada, o atacante vem acumulando bons números e desempenho crescente.