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Cria da base do Flamengo, Lucas Paquetá foi investigado por mais de um ano devido a suspeitas de envolvimento com apostas esportivas. O meia acabou absolvido pela Justiça, mas ainda pode sofrer punição da Federação Inglesa (FA) por não colaborar com o processo.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (3), a FA confirmou que não recorrerá da decisão de absolvição. No entanto, anunciou que Paquetá será punido por descumprimento da Regra F3, que trata da obrigação de colaborar com investigações. A sanção deve ser financeira, na forma de multa, segundo a imprensa inglesa.

A decisão sobre a penalidade caberá à Comissão Reguladora, que divulgará os detalhes em breve. Em nota, a FA reforçou o compromisso de preservar a integridade do futebol e de conduzir investigações rigorosas diante de acusações graves.

O CASO PAQUETÁ

A investigação teve início em maio de 2024, quando a FA acusou o ex-Flamengo de manipular apostas ao forçar cartões amarelos em quatro partidas da Premier League: contra Leicester City, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth. Em todas, o meia foi advertido.

A federação chegou a pedir o banimento de Paquetá, mas a Comissão Reguladora concluiu que não havia provas suficientes para sustentar a acusação. Assim, no dia 31 de julho, o jogador foi liberado para voltar aos gramados.

FUTURO NA EUROPA

Com a absolvição, clubes europeus voltaram a sondar o brasileiro. O Aston Villa (ING) chegou a apresentar uma proposta de 47 milhões de libras (cerca de R$ 347 milhões), mas o West Ham (ING) rejeitou a oferta e manteve o meia em seu elenco.

PAQUETÁ NA SELEÇÃO

No momento, Paquetá está integrado à Seleção Brasileira, à disposição para o confronto desta quinta-feira (4) contra o Chile, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, válido pela penúltima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pretende utilizar como prova contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, um vídeo em que o apostador Douglas Ribeiro Pina Barcelos afirma ter sabido com antecedência que o jogador receberia cartão amarelo no jogo contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

JULGAMENTO

O julgamento de Bruno Henrique ocorrerá nesta quinta-feira (4), pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD, por suposta conduta que beneficiou apostadores. O atacante foi denunciado nos artigos 243 e 243-A do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) – o primeiro trata de atuar de modo prejudicial à própria equipe, e o segundo de agir contra a ética desportiva com o objetivo de influenciar resultados.

ACESSO AO VÍDEO

Durante a semana, o STJD solicitou à Justiça do Distrito Federal acesso ao vídeo gravado em acordo de não persecução penal de Barcelos, indiciado por apostas envolvendo o cartão amarelo de Bruno Henrique na partida entre Flamengo e Santos. Barcelos admitiu ao Ministério Público que tinha conhecimento prévio da punição ao jogador.

O juiz Fernando Brandini Barbagalo autorizou o compartilhamento do material na tarde desta terça-feira, após manifestação favorável da promotoria do DF. Se condenado, Bruno Henrique pode ser suspenso por até dois anos, perder 24 partidas e receber multa de até R$ 200 mil.

Para não ser processado por estelionato, Barcelos se comprometeu a:

• Cumprir 360 horas de serviço comunitário
• Pagar multa de R$ 2.322,13
• Confessar a participação

Além disso, por indicação de mudança para o exterior, os promotores possibilitaram que a multa seja reajustada para R$ 5.500, desde que ele comprove residência em outro país. Barcelos teria recebido a informação sobre o cartão amarelo de Wander Nunes Pinto Júnior, irmão de Bruno Henrique.

Na última semana, o Flamengo se reuniu com a Prefeitura do Rio de Janeiro e reafirmou o compromisso de construir seu estádio próprio no terreno do Gasômetro, localizado na região do Porto Maravilha. No entanto, o clube descartou a possibilidade de inauguração em 2029, como estava previsto inicialmente.

BAP EXPLICA OS ENTRAVES DO PROJETO

Bap sobre estádio do Flamengo em 2029: "Não seria possível"

Em entrevista à FlamengoTV, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, explicou que as exigências do edital foram o principal obstáculo para acelerar a fase de viabilidade do projeto. O presidente reforçou ainda que as pendências não são tão simples de serem resolvidas como a antiga diretoria tentava passar:

“Havia uma série de condicionantes para que a gente pudesse avançar, impostas no edital. À medida que fomos avaliando as pré-condições apresentadas como premissas no projeto inicial, nos deparamos com diversas dificuldades. As coisas não eram tão simples, rápidas ou fáceis de serem executadas. Não seria possível o Flamengo construir esse estádio para inaugurá-lo em 2029.”

ESTÁDIO SERÁ REALIDADE, MAS SEM PRESSA

Apesar do adiamento no prazo, Bap garantiu que o estádio do Gasômetro será construído, ressaltando que o projeto não comprometerá os cofres do clube nem exigirá a transformação em SAF, possibilidade que foi colocada em hipótese na antiga gestão:

“Quando passamos pela parte da viabilidade econômica, com a realidade da taxa de juros no Brasil, ficou claro que, para construir o estádio no prazo pré-acordado, teríamos que abrir mão da performance esportiva. Provavelmente, seria necessário transformar o Flamengo em SAF. Fizemos uma proposta para a Prefeitura e entendemos que o sonho continua de pé. O Flamengo terá seu estádio, mas não tão rapidamente quanto se imaginava.”

ESTUDOS DE VIABILIDADE EM ANDAMENTO

O clube segue avançando na etapa de análises técnicas e econômicas, considerada essencial para transformar o projeto em realidade. Segundo a gestão, os estudos começaram há cerca de oito meses, quando Bap assumiu a presidência.

Para isso, o Flamengo conta com o apoio de empresas especializadas, como FGV, Arena Venues + Events, Soloeste Engenharia Ltda. e AECOM, que auxiliam na avaliação de todos os aspectos envolvidos no desenvolvimento do estádio.