Futebol
08 Jul 2024 | 14:26 |
Um dos principais especialistas em finanças de clubes de futebol do Brasil, César Grafietti, responsável pelo Relatório Convocados, fez um cálculo em sua coluna semanal para demonstrar que o Flamengo tem condições econômicas de pagar um estádio próprio sem a necessidade de se transformar em SAF, como defende o presidente Rodolfo Landim.
O especialista calculou que o Flamengo poderia ter mais de R$ 200 milhões por ano para investir no estádio caso aumente suas receitas com bilheteria e sócio-torcedor a partir da concessão do Maracanã e reduza o investimento em contratações para o time de futebol
“O Flamengo tem geração de caixa que é maior que a receita de 15 clubes da Série A. Mesmo com as necessidades de capital de giro, ainda sobra dinheiro, que é utilizado para pagar as dívidas parceladas, e cada vez menores, e essencialmente para contratar atletas. Em 2023 foram R$ 279,6 milhões, que permitem elencos sempre fortes e competitivos. Aqui está a possibilidade de investimento no estádio. É a partir desse valor que a conta precisa ser feita”, escreveu Grafietti.
Segundo o especialista, se conseguir aumentar em 30% suas receitas de matchday, o Flamengo terá mais R$ 78 milhões anuais à disposição para investir no estádio, que se somariam a R$ 140 milhões da redução pela metade do investimento em contratações, “o que dá um total de R$ 218 milhões disponíveis para bancar qualquer financiamento”.
Flamengo pode buscar parceiro para estádio, mas sem SAF
Para não reduzir o investimento em futebol, Grafietti sugere que o Flamengo busque um parceiro para a construção do estádio. Mas frisa que o modelo não seria o de uma SAF.
“Pode ser um investidor privado, um fundo imobiliário, alguém que entre parte com capital e reduzisse a dívida, sem que o Flamengo precisasse abrir mão de investimentos no elenco para bancar o estádio. Qual a contrapartida do clube? Receitas! Além do potencial e receitas satélites que os estádios mais novos permitem, como lojas, restaurantes, museu, o clube ainda é capaz de gerar mais de R$ 250 milhões de movimento direto de bilheteria. Isso seria potencializado com programas eficientes de relacionamento, ou o suficiente para entregar para o parceiro valores acima de R$ 300 milhões anuais. Nem há necessidade de shows e usos fora do futebol. Muito menos criar SAF para entregar algo além do ativo imobilizado”, escreve.
Para o especialista, “é possível concluir que a operação de construção de um estádio próprio pelo Flamengo é factível“.
“Claro que há riscos, mas que se mapeados corretamente e com soluções endereçadas de forma justa, pode ser mais um golaço do clube”, conclui.
O camisa 10 do Rubro-Negro analisou o revés nos pênaltis na final da Copa Intercontinental, elogiou a qualidade técnica dos franceses
17 Dez 2025 | 19:30 |
Após a dolorosa derrota nos pênaltis para o Paris Saint-Germain na decisão da Copa Intercontinental, o meio-campista Arrascaeta concedeu entrevista na zona mista do Estádio Ahmad Bin Ali. O ídolo uruguaio, peça central na engrenagem do time comandado por Filipe Luís, não escondeu o orgulho pela temporada histórica realizada pelo Flamengo, mas foi sincero ao analisar os fatores que impediram a conquista do bicampeonato mundial no Catar.
Para o jogador, a questão física pesou contra os brasileiros nos momentos decisivos. Arrascaeta fez questão de exaltar a campanha rubro-negra e a competitividade demonstrada diante de uma das potências financeiras do futebol europeu. O jogador reconheceu a qualidade técnica superior do adversário, mas identificou o cansaço acumulado como o fiel da balança.
"Fizemos uma campanha incrível, chegamos na final, competimos contra uma das melhores equipes do mundo. São tecnicamente melhores que nós, sabíamos disso", avaliou o camisa 10. Segundo ele, o desgaste da maratona de jogos foi determinante: "Fisicamente também estamos um pouco desgastados. Acredito que foi isso o diferencial, faltou um pouco no final do jogo para buscar a virada. Mas não tem o que reclamar, quem entrou deu o seu melhor."
Sobre a dinâmica da partida, o uruguaio detalhou a mudança de comportamento da equipe após o intervalo. O Flamengo, que sofreu no primeiro tempo, conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar. Foi de Arrascaeta a jogada individual que resultou no pênalti sofrido e posteriormente convertido por Jorginho.
"A gente tentou encaixar melhor a marcação, mas ainda é uma equipe que movimenta muito. No segundo tempo fomos bem melhor, no primeiro tivemos dificuldade", explicou. Mesmo com a reação, ele reiterou que a exaustão impediu uma pressão maior no fim: "Conseguimos o empate e acredito que faltou um pouquinho de perna para tentar a virada."
Meio-campista, que marcou o gol de empate no tempo normal, lamenta falta de lucidez nas cobranças de pênalti e analisa o impacto da exaustão após maratona
17 Dez 2025 | 18:30 |
Flamengo encerrou o sonho do bicampeonato mundial nesta quarta-feira (17) ao ser superado pelo Paris Saint-Germain nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Logo após o apito final em Doha, o volante Jorginho, um dos destaques da equipe carioca na partida, concedeu entrevista e apontou o cansaço extremo como o principal adversário do Rubro-Negro nos momentos decisivos da final.
Autor do gol de pênalti que garantiu a igualdade no placar aos 16 minutos do segundo tempo, Jorginho analisou a performance coletiva. Para o camisa 5, a entrega do time foi total, mas o desgaste acumulado ao longo dos 120 minutos pesou na hora das cobranças alternadas.
"Pode ter sido um reflexo disso também [cansaço]. Você chega depois de ter corrido tanto. O time entregou muito, tanto que eu falei para os meninos que era hora de tentar recuperar o máximo de energia possível. É um momento que precisa ter lucidez e infelizmente não saímos com a vitória que desejávamos tanto", desabafou o jogador, que foi substituído na reta final da partida e assistiu à disputa do banco de reservas.
A disputa de pênaltis foi marcada por tensão e erros técnicos. O goleiro Rossi chegou a manter o Flamengo vivo ao defender duas cobranças dos franceses. No entanto, o aproveitamento dos batedores do time de Filipe Luís foi abaixo da crítica. Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas oportunidades, permitindo que a equipe de Luis Enrique conquistasse o título inédito do Mundial.
Apesar da frustração com o vice-campeonato mundial, o balanço da temporada de 2025 permanece extremamente positivo para a Gávea. O elenco rubro-negro encerra o calendário com quatro troféus na bagagem: Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Conmebol Libertadores e o Campeonato Brasileiro. A derrota no Catar impede a "quíntupla coroa", mas não apaga o ano dominante do time comandado por Filipe Luís.
Derrota nos pênaltis para o PSG rende 4 milhões de dólares aos cofres rubro-negros; clube encerra temporada mágica com mais de R$ 440 milhões acumulados
17 Dez 2025 | 17:33 |
O Flamengo encerrou sua participação na Copa Intercontinental com o vice-campeonato após ser superado pelo Paris Saint-Germain (PSG) na disputa de pênaltis, nesta quarta-feira (17). Apesar da frustração esportiva por não conquistar o bicampeonato mundial, o resultado garantiu um aporte financeiro significativo para o clube.
A segunda colocação no torneio realizado no Catar rendeu aos cofres da Gávea a quantia de 4 milhões de dólares, o que corresponde a aproximadamente R$ 22 milhões na cotação atual. O título ficou com o clube francês, que, além da taça inédita, levou para casa o prêmio máximo de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,5 milhões).
A campanha do time comandado por Filipe Luís até a final foi financeiramente recompensadora. O Rubro-Negro iniciou sua trajetória vencendo o Cruz Azul (MEX) por 2 a 1, com brilho de Arrascaeta, e garantiu vaga na decisão ao bater o Pyramids por 2 a 0, com gols de Léo Pereira e Danilo.
Com o encerramento do calendário, o Flamengo contabiliza um ano histórico também no aspecto financeiro. Somando o valor recebido pelo vice na Copa Intercontinental, o clube atingiu a marca de R$ 444,3 milhões arrecadados apenas com premiações na temporada de 2025.
A maior fatia desse montante veio da conquista do tetracampeonato da Libertadores, que injetou R$ 178,8 milhões no orçamento. Outro destaque foi a participação no Mundial de Clubes (formato anterior/expandido), que rendeu R$ 150,6 milhões.