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A saída repentina de Cleber dos Santos do comando da equipe sub-20 do Flamengo causou surpresa nos bastidores do clube e revolta no próprio treinador. Menos de um mês após conquistar o título da Libertadores da categoria, ele foi comunicado pelo departamento de recursos humanos que não fazia mais parte do quadro de funcionários, sem maiores explicações.
“Me surpreende e entristece a forma como isso foi tratado" - disse o ex-treinador
Cleber, que tem uma longa trajetória no Mais Querido, afirmou que a decisão partiu da nova gestão comandada por José Boto, diretor de futebol. Segundo ele, o problema não foi a troca em si, mas a forma como o processo foi conduzido. “Me surpreende e entristece a forma como isso foi tratado. Sempre tive uma relação de respeito com o clube”, disse.
Antes do desligamento, o técnico havia sido chamado para uma conversa no CT onde recebeu a proposta de assumir a equipe sub-20 B, formada por atletas de 18 anos e voltada para torneios menores. No entanto, antes mesmo de dar uma resposta oficial, foi comunicado do seu desligamento, o que intensificou sua frustração.
Com a saída de Cleber, o CRF anunciou o português Nuno Campos como novo comandante da categoria. Indicação direta de José Boto, Nuno ainda não estreou à frente do time por questões burocráticas. A expectativa é que ele assuma em breve, contando com jovens promessas como Lorran, Shola e Iago. Em sua defesa, Cleber reforçou que vinha implementando um estilo de jogo alinhado ao modelo do elenco principal, comandado por Filipe Luis . Segundo ele, o desempenho na Libertadores evidenciou essa adaptação, com estatísticas expressivas de posse de bola, número de passes e pressão alta no campo adversário.
A proximidade com a equipe principal também se refletia no aproveitamento dos jovens em atividades com o elenco de cima. “Como o Filipe Luís e sua comissão vieram da base, isso facilitou a transição. Sempre trabalhamos para que os atletas estivessem prontos para essa oportunidade”, explicou o ex-treinador.
Diretoria rubro-negra se antecipa a possível saída do Coringa para o Zenit e já trabalha nos bastidores para repatriar velho conhecido da torcida
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A negociação envolvendo Gerson voltou a ganhar força. O Zenit, que há meses demonstra interesse no camisa 8, intensificou as tratativas e agora cogita envolver Wendel como moeda de troca. O volante, que esteve perto de um acerto com o Botafogo, pode ser a chave para destravar a saída do Coringa.
Internamente, o Flamengo trata o tema com cautela, mas já se movimenta para evitar perda técnica no elenco. O nome de Andreas Pereira ganhou força e é, neste momento, o principal alvo para ocupar a vaga de Gerson, caso a venda seja concretizada. O meio-campista de 29 anos tem contrato com o Fulham, da Premier League, mas não vê com maus olhos a possibilidade de retornar ao futebol brasileiro.
Sua prioridade, segundo pessoas próximas, seria justamente o Flamengo — clube pelo qual construiu identificação e onde teve bons momentos. Apurações indicam que Andreas é um nome que conta com o aval da comissão técnica liderada por Filipe Luís. O treinador rubro-negro enxerga o atleta como uma peça com perfil técnico semelhante ao de Gerson, além de já conhecer bem o ambiente do clube e a exigência da torcida.
Atualmente, Andreas Pereira está avaliado em cerca de 18 milhões de euros (R$ 114,1 milhões na cotação atual). O valor é considerado alto, mas o Flamengo estuda alternativas que possam viabilizar a negociação, seja com parcelamento, composição com outros ativos ou até empréstimo com opção de compra.
A possibilidade de repatriar Andreas já havia sido ventilada no início do ano, quando o jogador chegou a ser sondado pelo Palmeiras. O interesse, no entanto, não avançou, e ele permaneceu no futebol inglês. Agora, com um contexto diferente no Fla, o cenário pode mudar. Durante sua passagem anterior pelo clube, entre meados de 2021 e o fim de 2022, o meio-campista somou 53 jogos, 8 gols e 3 assistências, segundo dados do Transfermarkt.
Atacante da Seleção entra no radar do Rubro-Negro; concorrência é pesada e Tottenham segura o jogador para a próxima temporada e pode reforçar o rubro-negro
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A disputa por Richarlison esquentou. E o Flamengo, atento aos movimentos do mercado, entrou no jogo. O atacante da Seleção Brasileira virou alvo de clubes dos três continentes: além do Rubro-Negro, Palmeiras e Fenerbahçe também buscam um acerto com o jogador, que ainda é visto como peça importante no projeto esportivo do Tottenham.
Volante chega sem custos após rescisão com o Arsenal e assinará vínculo de três anos com o Rubro-Negro para a temporada atual
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O reforço de meio-campo ganhou notoriedade nas redes sociais ainda antes do anúncio oficial. A Série A da Itália, onde Jorginho construiu boa parte da carreira, fez questão de mandar uma mensagem de boa sorte ao jogador em seu novo desafio no Brasil. “Sucesso no Flamengo, Jorginho”, publicou o perfil oficial da liga italiana, que destacou a trajetória do volante no país, principalmente pelas passagens por Hellas Verona, Sambonifacese e Napoli.
A publicação rapidamente repercutiu entre torcedores do Flamengo e fãs do jogador, que relembraram os anos de destaque na Itália antes da ida para o Chelsea e, depois, para o Arsenal. Após o desembarque no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o jogador seguiu para realizar exames médicos. A expectativa é de que, uma vez aprovado, ele assine contrato até dezembro de 2028.
O vínculo de três anos reforça o projeto esportivo de médio prazo traçado pelo departamento de futebol para o novo ciclo da equipe. Jorginho vestirá a camisa 21 no Flamengo. A numeração já foi reservada pelo clube e, salvo alguma mudança de última hora, será usada pelo volante em todas as competições, incluindo o Mundial de Clubes.
A contratação, considerada estratégica pela diretoria rubro-negra, foi conduzida de forma discreta. A operação não envolveu pagamento ao Arsenal, clube que detinha os direitos do jogador até então. Jorginho rescindiu amigavelmente com os Gunners, o que abriu caminho para o acerto com o Fla.
Assim como nas negociações recentes por Danilo e Alex Sandro, o clube utilizou a estratégia de fechar com atletas livres no mercado para evitar custos de aquisição. O investimento se dará por meio do pagamento de salários, luvas e bônus por metas esportivas. Mesmo sem entrar em campo ainda, o reforço já movimenta bastidores e torcida.