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O Flamengo entrou em campo para mais um clássico com o Fluminense cercado de incertezas e desfalques. Sem poder contar com todo o seu meio de campo titular, a equipe foi obrigada a improvisar e buscar alternativas. Uma das escolhas foi a escalação de Léo Ortiz como volante, um movimento que havia mostrado sucesso em jogos anteriores. Embora a decisão de usar Ortiz nessa posição tenha ajudado a dar certa solidez defensiva, os problemas surgiram em outras áreas do campo, principalmente nas laterais.

Matheus Gonçalves foi outra aposta do técnico, e a escolha do jovem mostrou-se acertada. Com boa movimentação e velocidade, ele trouxe energia ao time e participou ativamente das ações ofensivas. Contudo, apesar de seu bom desempenho, o Flamengo foi incapaz de capitalizar sobre essa vantagem inicial. A principal vulnerabilidade do time se concentrou na lateral esquerda, onde Ayrton Lucas foi escalado no lugar de Alex Sandro, que estava indisponível para o confronto.

FILIPE LUÍS COMPETIU POR ERROS SIMPLES 

Ayrton Lucas teve uma noite complicada, com o Fluminense explorando constantemente as costas do jogador. A equipe tricolor, que já conhecia bem as características do lateral rubro-negro, aproveitou sua vulnerabilidade defensiva, especialmente nos contra-ataques rápidos. Isso fez com que o setor esquerdo se tornasse um ponto fraco, facilitando as investidas do adversário. O Flamengo não conseguiu ajustar a marcação nesse lado, permitindo que o Fluminense criasse várias jogadas perigosas por ali.

As substituições também não trouxeram o impacto esperado. O técnico demorou a colocar em campo Arrascaeta, uma das peças-chave do elenco. Quando finalmente o meia entrou, o jogo já havia se desenhado de forma desfavorável ao Flamengo, dificultando a busca por uma reação mais efetiva. A ausência de Arrascaeta nos minutos iniciais foi sentida, já que ele é um dos jogadores mais criativos e decisivos do time, especialmente em partidas tão acirradas quanto um clássico.

FLAMENGO TEM PROBLEMAS INSTITUCIONAIS 

Outro ponto de crítica foi a manutenção de Carlos Alcaraz em campo até o fim da partida, mesmo com o jogador não apresentando um desempenho satisfatório. Alcaraz teve uma noite abaixo do esperado, cometendo erros em momentos cruciais e não conseguindo se impor no meio de campo. A escolha de mantê-lo em campo até o apito final foi questionada, já que havia opções no banco que poderiam ter contribuído de maneira mais positiva.

O Flamengo, já bastante prejudicado pelos desfalques, não conseguiu encontrar soluções eficientes durante o jogo e, apesar de alguns momentos de bom futebol, viu o Fluminense explorar suas falhas de maneira eficaz. As escolhas tardias nas substituições e a insistência em manter jogadores que não estavam em boa fase acabaram contribuindo para um resultado que expôs ainda mais a necessidade de ajustes no time.

As eleições no Flamengo ganharam mais um capítulo nesta sexta-feira. Segundo o jornalista Lauro Jardim, a chapa do candidato da situação, Rodrigo Dunshee, vice-geral da gestão Rodolfo Landim, contratou uma empresa acusada de fraude eleitoral para realizar pesquisas de intenção de voto entre os associados do clube para a divulgação ao público.

Na pesquisa realizada pela ‘I Go Survey’, Rodrigo Dunshee aparece com 34% das intenções de voto, liderando entre todos os candidatos à presidência do clube. Na pesquisa em questão divulgada pela Chapa UniFla, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, aparece na segunda colocação com 26% e Maurício Gomes de Mattos estaria em terceiro com 7%.

Segundo o jornalista Lauro Jardim, a ‘I Go Survey’ não tem grande alcance na internet e nem mesmo é capaz de achar grandes referências à empresa utilizando ferramentas de buscas online. Contudo, o estatístico responsável e o coordenador técnico tem em seu histórico atos que lhes deixam com a credibilidade em baixa.

Márcio Bartolomeu da Costa e Ricardo Mariath são os sócios da Intelligence Pesquisa e Comunicação, uma agência sediada no interior de São Paulo, todavia, no endereço do instituto registrado na Receita Federal, está localizado um salão de beleza. A agência é alvo de denúncias de fraude em pesquisa eleitoral em dois estados, Rio de Janeiro e Espírito Santo, nas eleições municipais deste ano.

Um dos casos aconteceu na cidade de Niterói. Após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), a Justiça local acatou o pedido e impugnou a pesquisa, não permitindo sua divulgação para o conhecimento geral da população. Outro caso ocorreu em Duque de Caxias, onde os resultados divergiam em muitos pontos percentuais em relação ao levantamento feito por outras empresas.

De acordo com o processo, havia "fortes indícios de que a referida pesquisa não foi financiada com recursos da empresa Costa e Mariath, podendo ter sido custeada por terceiros, atualmente não identificados, interessados em favorecer a candidatura que apareceu em primeiro lugar no levantamento".

Além disso, a empresa enfrenta acusações de fraude eleitoral em várias cidades, como Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Resende e Cachoeiras de Macacu.

Em sua coluna, o jornalista aponta ainda que Ricardo Mariath, sócio do instituto e coordenador da pesquisa contratada por Dunshee, foi denunciado em 2019 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por envolvimento em uma organização criminosa acusada de fraudar licitações na prefeitura de Silva Jardim.

A permanência de Gabriel Barbosa, o Gabigol, como titular do Flamengo tem sido um tema de debate entre torcedores e especialistas, especialmente após suas recentes atuações. O atacante, que construiu uma carreira sólida no clube com gols decisivos e participações em títulos importantes, vem enfrentando uma fase abaixo do esperado. Apesar do histórico vitorioso, o desempenho nas últimas partidas acendeu a discussão sobre a sua continuidade como titular absoluto da equipe.

O jornalista Venê Casagrande, conhecido por suas análises precisas e conectadas ao dia a dia do Flamengo, também entrou no debate. Em uma de suas últimas participações em programas esportivos, Venê comentou sobre o atual momento de Gabigol, apontando que o atacante, embora ainda tenha prestígio pelo que já entregou, precisa elevar seu nível de desempenho para justificar sua posição entre os onze iniciais. O jornalista ressaltou que manter Gabigol no time titular é algo que depende do equilíbrio entre seu histórico e o que ele vem produzindo em campo atualmente.

 UMA ESPERANÇA POR GABIGOL 

De acordo com Venê Casagrande, é inegável que Gabigol possui uma trajetória que justifica sua relevância no elenco. No entanto, o futebol é um esporte pautado pelo desempenho atual, e a sequência de jogos menos inspirados por parte do atacante levanta dúvidas sobre a melhor forma de aproveitá-lo na equipe. "Não se trata apenas de quem ele foi ou o que já conquistou, mas sim de quem ele é hoje e o que ainda pode oferecer ao time", afirmou o jornalista. Ele ainda completou dizendo que a cobrança sobre Gabigol é proporcional ao patamar que o próprio jogador alcançou, e, por isso, há uma expectativa de que ele volte a ser decisivo como antes.

A ESCOLHA POR UMA RETOMADA DE SUCESSO 

Outro ponto destacado na análise de Venê é a concorrência dentro do elenco. Com outros atacantes em alta, como Pedro e Bruno Henrique, que também têm mostrado sua importância, a manutenção de Gabigol como titular precisa ser revista em termos de meritocracia. Para o jornalista, o técnico do Flamengo, seja ele quem for no momento, precisa tomar decisões baseadas no que é melhor para o time, e não apenas pela gratidão ao passado. "É uma escolha difícil, mas o Flamengo precisa dos melhores em campo no momento, e isso significa analisar jogo a jogo", pontuou Venê.

Além da opinião de Casagrande, alguns números podem justificar esse debate. Em comparações com outros momentos de sua carreira no Flamengo, Gabigol tem registrado menos participações diretas em gols e, em alguns jogos, sua movimentação em campo não tem surtido o efeito esperado. Para o jornalista, isso não significa que o atacante deva ser descartado ou que sua fase não possa ser revertida, mas é necessário que o próprio jogador encare essa situação como uma oportunidade de evoluir e buscar alternativas em seu estilo de jogo.