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A diretoria do Flamengo decidiu manter Tite no cargo de técnico do clube, independentemente dos resultados imediatos, como a possível eliminação para o Peñarol na Libertadores. Nos últimos dias, torcedores insatisfeitos organizaram protestos, pedindo a saída do treinador, mas essas manifestações não influenciaram a cúpula do Rubro-Negro. A posição da diretoria é clara: não haverá demissão, mesmo em caso de derrota em competições importantes como a Libertadores. A decisão foi tomada com base no planejamento da temporada, que prioriza a continuidade do trabalho até o último torneio em disputa.
Tite assumiu o Flamengo há mais de um ano, e embora sua trajetória à frente da equipe tenha tido momentos positivos, os resultados recentes não têm agradado a parte da torcida. O desempenho oscilante nas competições, aliado à falta de títulos expressivos nesta temporada, gerou questionamentos quanto à capacidade do treinador em conduzir o time ao sucesso esperado. Mesmo assim, a diretoria optou por não tomar medidas drásticas no meio da temporada e reafirmou seu compromisso com o técnico até o fim do calendário esportivo.
FLAMENGO NÃO VAI FICAR EM CIMA DO MURO
A falta de interesse em renovar o contrato de Tite, no entanto, é um indicativo de que a atual comissão técnica dificilmente continuará à frente do clube no próximo ano. O vínculo do treinador com o Flamengo se encerra ao final da temporada, e as conversas nos bastidores apontam que, após o término das competições, o clube buscará um novo comando técnico. Essa postura evidencia a insatisfação com os resultados obtidos até aqui, mas também reforça a crença da diretoria na importância de finalizar o ciclo de trabalho planejado.
Os protestos da torcida têm sido frequentes e ganhado força principalmente após os tropeços recentes. Em redes sociais e nas imediações do Centro de Treinamento Ninho do Urubu, grupos de torcedores vêm demonstrando sua insatisfação com a comissão técnica e com a diretoria. As críticas se concentram não apenas na performance da equipe em campo, mas também na percepção de que Tite não conseguiu impor um estilo de jogo consistente ao Flamengo, algo que era esperado desde sua chegada.
Rubro-Negro terá 12 jogos pelas categorias de base e confronto de peso com o Bayern pelas oitavas do Mundial de Clubes neste fim de semana
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O fim de semana promete ser um dos mais intensos do ano no calendário do Flamengo. O clube terá 12 partidas decisivas em três dias, incluindo finais, semifinais e clássicos nas categorias de base, além do aguardado confronto contra o Bayern de Munique, válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, neste domingo (29), às 17h, no Hard Rock Stadium, em Miami.
A programação envolve 11 equipes da base e o elenco profissional, criando um cenário de mobilização total no Ninho do Urubu. A maratona já começou com vitória dupla na última quinta-feira (26), quando os times sub-13 e sub-14 bateram o Vasco e avançaram para as finais do Campeonato Metropolitano. A agenda de decisões começa já nesta sexta-feira (27). Às 14h45, na Gávea, o Flamengo encara o Fluminense no jogo de ida da final do Campeonato Carioca Sub-15.
No sábado (28), o ritmo aumenta com cinco partidas distribuídas ao longo do dia. Pela manhã, as categorias mais novas entram em campo:
Sub-9 enfrenta o Fluminense, às 9h, em Xerém.
Sub-11 joga contra o Serrano, às 10h30, no Estádio Atílio Marotti.
Sub-10 volta a encarar o Fluminense, às 10h40, novamente em Xerém.
Na parte da tarde, os compromissos ganham peso competitivo:
Às 14h30, o Sub-20 disputa o primeiro jogo da semifinal da Taça OPG, mais uma vez contra o Fluminense, na Gávea.
Encerrando o sábado, às 18h, o Sub-17 entra em campo no Estádio Nilton Santos, no primeiro duelo da final do Carioca da categoria, contra o Botafogo
Antes disso, os times sub-7 e sub-8 encaram o Botafogo na Taça Edilson Silva, a partir das 8h, no CT Ninho das Garças, em Guaratiba.
Ainda pela manhã, outras duas decisões pela Copa Metropolitana movimentam o CT das Vargens:
Sub-13 enfrenta o Vasco, às 9h.
Sub-14 também encara o rival cruzmaltino, às 10h40
Para fechar a maratona, o Flamengo profissional volta as atenções para o cenário internacional. Às 17h (horário de Brasília), a equipe encara o Bayern de Munique no Hard Rock Stadium, nos Estados Unidos, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. O confronto é considerado um dos mais difíceis da temporada e o grupo rubro-negro viajou para Miami com força máxima. A expectativa é de casa cheia e transmissão para diversos países.
Ao todo, o Flamengo enfrentará Fluminense, Vasco e Botafogo em nove dos 12 jogos do fim de semana, reforçando o peso da rivalidade local. As partidas têm impacto direto em taças, classificações e na formação competitiva dos jovens atletas do clube. Além do viés esportivo, os jogos são importantes para observar promessas da base que, em breve, podem chegar ao elenco principal.
Jogadores como Lorran e Matheus Gonçalves, por exemplo, se destacaram justamente em confrontos assim. O ambiente no Ninho é de confiança. As vitórias da quinta-feira sobre o Vasco impulsionaram o ânimo das comissões técnicas e atletas. O desempenho nas categorias de base segue sendo uma das prioridades do clube, que lidera rankings de formação no futebol brasileiro.
Zagueiro foi titular com a Seleção e se declarou torcedor do Rubro-Negro, mas transferência imediata é improvável por altos números
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Pouco conhecido no cenário nacional até então, Alexsandro teve passagem pela base do Flamengo antes de seguir outro caminho. Ainda jovem, passou também pelo Resende e buscou oportunidades fora do país. Atuou por clubes modestos de Portugal, como Praiense, Amora e Chaves, antes de chegar ao Lille, da França, em 2022.
Atualmente com vínculo até junho de 2028 com o clube francês, Alexsandro é avaliado em 20 milhões de euros aproximadamente R$ 129,2 milhões na cotação atual. Sua valorização é reflexo direto das boas atuações pelo Lille, clube com o qual encerrou a última temporada na quinta colocação do Campeonato Francês.
Além do desempenho na Ligue 1, o zagueiro teve participação relevante na campanha do Lille na UEFA Champions League. A equipe francesa terminou em sétimo na fase de grupos e foi eliminada nas oitavas de final pelo Borussia Dortmund, em confronto bastante equilibrado. Durante entrevista ao programa “Bola da Vez”, da ESPN, Alexsandro não escondeu a paixão pelo Flamengo.
Questionado sobre a possibilidade de atuar no futebol brasileiro, respondeu de forma direta: “Tem que ser Mengão. Mengão sempre.” Segundo o defensor, sua família inteira é rubro-negra. O jornalista Jorge Nicola comentou a declaração do jogador em seu canal e classificou a fala como uma “cavada legal”. No entanto, fez questão de ponderar que, apesar do carinho pelo clube, uma volta imediata ao Brasil é pouco provável.
Internamente, o Flamengo acompanha o desempenho de Alexsandro, mas não há nenhuma movimentação concreta neste momento para trazê-lo de volta. O clube entende que o zagueiro está em rota de ascensão na Europa e que qualquer negociação envolveria cifras elevadas. Segundo Jorge Nicola, Alexsandro reúne qualidades que o credenciam a ser monitorado por grandes clubes:
Ex-presidente do Mais Querido já projetou divisão societária semelhante à usada por gigante europeu em anos no mercado futebolístico
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A possível transformação do Flamengo em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) chegou a ser pauta interna do clube durante a gestão do ex-presidente Rodolfo Landim. Nos bastidores, a proposta teve como principal referência o Bayern de Munique, gigante europeu que será adversário do Rubro-Negro nas oitavas de final do Mundial de Clubes da FIFA.
Apesar de o Bayern não operar tecnicamente como uma SAF nos moldes brasileiros, o modelo de governança do clube bávaro tem pontos semelhantes aos defendidos por Landim. Atualmente, 25% do time alemão pertence a empresas como Audi, Adidas e Allianz marcas que são parceiras estratégicas e participam diretamente das decisões corporativas do clube.
Na visão do ex-mandatário rubro-negro, a divisão entre 75% (mantidos sob controle do clube) e 25% (cedidos a investidores estratégicos) poderia fortalecer o Flamengo financeiramente sem abrir mão da identidade associativa. A proposta foi inspirada diretamente no modelo de participação minoritária adotado pelo Bayern.
Landim chegou a discutir o tema com dirigentes do clube alemão em viagem à Europa, reforçando a ideia de um Flamengo mais estruturado empresarialmente, mas ainda com forte vínculo com seus associados e torcedores. Com o fim da gestão Landim, o projeto foi arquivado. O atual presidente do Conselho de Futebol, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, não trabalha com a hipótese de transformar o Flamengo em SAF. Não há qualquer movimentação nos bastidores que indique retomada da proposta.
Internamente, o entendimento da diretoria atual é de que o clube já opera com alto nível de profissionalização e não vê necessidade de mudanças estruturais nesse momento, principalmente diante dos bons resultados esportivos e financeiros. Mesmo não sendo implementada, a proposta de SAF chegou a ser avaliada financeiramente por Landim. Em entrevista à CNN Brasil, o ex-presidente afirmou que, se o Flamengo fosse transformado em SAF, o valor de mercado do clube poderia ultrapassar 1 bilhão de dólares algo próximo de R$ 5,5 bilhões na cotação atual.