"Não adianta olhar a tabela", Filipe Luís abre o jogo sobre a briga pelo título do Flamengo

A segunda-feira (14) marcou mais uma aparição de Rodrigo Muniz em campo pela Premier League. O atacante, revelado pelo Flamengo, entrou como titular pelo Fulham na partida válida pela 32ª rodada do campeonato inglês, mas não conseguiu evitar a derrota de sua equipe diante do Bournemouth, fora de casa. O confronto era visto como crucial para as pretensões das equipes na tabela.

GOL RELÂMPAGO ABRE CAMINHO PARA DERROTA

Logo no primeiro minuto de jogo, o ponta Antoine Semenyo surpreendeu a defesa do Fulham e abriu o placar para o time da casa. O gol precoce afetou o ritmo da equipe londrina, que teve que correr atrás do resultado desde o início, em um jogo que exigiu paciência e concentração. Apesar da desvantagem no marcador, o Fulham se manteve mais presente no campo de ataque durante a partida. Com maior posse de bola e número superior de finalizações, o time londrino esbarrou na boa atuação defensiva do Bournemouth, que soube administrar o placar até o apito final, sem sofrer gols.

DISPUTA ACIRRADA NA TABELA APÓS O RESULTADO

A derrota custou caro ao Fulham. Com o resultado, o Bournemouth chegou aos mesmos 48 pontos do adversário, mas assumiu a oitava colocação graças ao saldo de gols superior. O cenário evidencia a briga intensa por vagas na parte intermediária da Premier League, com ambos os clubes ainda sonhando com posições mais altas.

Rodrigo Muniz permaneceu em campo por 57 minutos antes de ser substituído por Raúl Jiménez. Mesmo sem balançar as redes, teve participação destacada e foi avaliado com nota 7,2 pelo Sofascore, plataforma especializada em dados estatísticos de futebol. Durante sua participação, Muniz tentou duas finalizações — uma em direção ao gol e outra para fora. Em termos de construção de jogo, foram cinco passes tentados e três concluídos, com aproveitamento de 60%. O atacante ainda acumulou 13 ações com a bola ao longo do confronto.

Além das ações ofensivas, Muniz mostrou disposição na marcação. Foram dois cortes, dois duelos vencidos no chão e quatro pelo alto. A taxa de sucesso em disputas foi de 100%, reforçando seu papel tático na equipe mesmo em uma função mais avançada. Apesar da boa nota geral, o atacante brasileiro perdeu a posse em duas oportunidades. Esses pequenos deslizes, comuns no ritmo acelerado da Premier League, não diminuem o bom desempenho, mas apontam pontos a serem ajustados nos próximos jogos.

O Flamengo tem apostado em um sistema de rodízio para preservar o elenco ao longo da temporada, mas dois nomes têm se destacado pela frequência em campo. Os zagueiros Léo Pereira e Léo Ortiz são os únicos jogadores de linha que ainda não foram poupados em 2025, completando 11 partidas consecutivas como titulares, o que os coloca no topo do ranking de minutagem do elenco.

Ortiz lidera com 1.386 minutos jogados, sendo titular em 14 das 15 partidas em que atuou. O defensor ainda esteve presente em dois compromissos da Seleção Brasileira durante a Data Fifa de março, o que elevou ainda mais sua carga física. Já Léo Pereira participou de 14 jogos como titular, sendo substituído apenas uma vez, totalizando 1.361 minutos.

GOLEIRO ROSSI E PULGAR TAMBÉM SÃO DESTAQUES

O goleiro Rossi, que também não tem sido poupado, aparece com 1.370 minutos em 14 partidas, mostrando regularidade sob as traves. O volante Erick Pulgar é o terceiro jogador de linha mais utilizado, com 1.304 minutos distribuídos em 15 partidas. Em termos de número de jogos, Luiz Araújo lidera com 16 aparições, mas devido ao rodízio, começou apenas sete como titular, acumulando 838 minutos.

O planejamento do Flamengo com a rotatividade tem sido estratégico para evitar desgaste, lesões e manter o desempenho em alta. No entanto, as convocações para seleções e pequenos problemas físicos têm exigido ajustes constantes por parte da comissão técnica liderada por Filipe Luís.

COMISSÃO TÉCNICA AVALIA DAR DESCANSO AOS ZAGUEIROS

Após uma sequência intensa de partidas, a expectativa interna é de que Léo Pereira e Ortiz ganhem um período de descanso nos próximos compromissos. A comissão técnica monitora atentamente a carga de trabalho dos atletas para evitar problemas musculares e garantir desempenho contínuo nas fases mais decisivas do calendário.

A vitória do Flamengo sobre o Grêmio não foi apenas mais um passo rumo ao título brasileiro — ela teve um protagonista claro: Nico de la Cruz. O meio-campista uruguaio teve papel decisivo nos dois gols marcados por Arrascaeta e comandou as ações ofensivas do Mais Querido em boa parte do confronto no último domingo.

MOVIMENTAÇÃO QUE LIBEROU ARRASCAETA

Segundo o analista tático Raul Ando, do canal Categoria, a atuação de De la Cruz foi essencial para que Arrascaeta jogasse mais solto e decisivo. “A função do De la Cruz deixou o Arrascaeta livre”, resumiu. Com movimentações inteligentes, o uruguaio confundiu a marcação gremista, que teve muitas dificuldades para acompanhar o ritmo rubro-negro.

ERRO DE EDENÍLSON NO PRIMEIRO GOL

O primeiro gol do Mengão começou com um erro tático de Edenílson, que abandonou a marcação de De la Cruz ao tentar pressionar Léo Pereira. O resultado? Um espaço enorme no meio-campo, explorado com eficiência pelo uruguaio, que conduziu a bola até acionar Michael. A jogada evoluiu e terminou nos pés de Arrascaeta, que driblou o goleiro e abriu o placar.

Ainda na jogada do primeiro gol, Edenílson voltou a errar. Ao tentar cortar um passe no meio da área, acabou ajeitando involuntariamente para Arrascaeta marcar. “A pressa é inimiga da perfeição”, avaliou Raul Ando, destacando que a falha inicial gerou um efeito cascata na defesa do time gaúcho. Na segunda etapa, o roteiro se repetiu. De la Cruz participou ativamente da jogada que terminou no segundo gol. Ele atraiu a marcação, abriu espaço com um passe preciso para Cebolinha e se reposicionou rapidamente, facilitando a movimentação de Arrascaeta, que finalizou mais uma vez com precisão.

O Grêmio sofreu ao tentar encaixar uma marcação mais alta. Edenílson, mais uma vez, se perdeu na movimentação e deixou Pulgar livre no meio. “Três contra três no meio, e o Pulgar tinha liberdade total. Situação clara de superioridade do Flamengo”, apontou o analista. Outro ponto destacado foi a liberdade com que Arrascaeta atuou durante os 90 minutos. O camisa 14 do Mengão aparecia constantemente livre, algo incomum para um jogador com seu nível técnico. A marcação gremista, mesmo em organização defensiva, não conseguiu neutralizá-lo.