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Autor do gol do título da Copa do Brasil no ano passado, Gonzalo Plata começou 2025 com o pé direito. Ou melhor, o esquerdo. Com a canhota, o equatoriano marcou um golaço, que garantiu o 2 a 0 para o Flamengo contra o Volta Redonda. Na partida realizada no Estádio Mané Garrincha, o ponta entrou em campo com uma novidade: largou a camisa 45 e assumiu a 50. Balançar as redes com a nova numeração teve sabor especial para o jogador.
"Penso que a gente fez o que o Filipe Luís falou para nós. Trabalhamos muito no início da pré-temporada, para fazer o que ele pede dentro do campo. Sabemos que temos muita coisa para melhorar, mas creio que estamos no caminho certo. Sobre o meu gol, muito, muito especial, é para a minha família. Mudei o número, agora estou com a 50. Muito mais especial ainda" — disse Plata.
O golaço de Plata aconteceu logo no primeiro minuto do segundo tempo. O jogador do Flamengo deixou a marcação do Volta Redonda na saudade e, com muita categoria, bateu de chapa, de fora da área, sem chances para o goleiro adversário.
Novo número
Plata chegou no Flamengo na metade do ano passado e escolheu a camisa 45. Inclusive, no amistoso contra o São Paulo, no último domingo (19), o equatoriano atuou com a mesma numeração do ano passado. Porém, no primeiro jogo do time principal no Campeonato Carioca, o ponta surpreendeu e atuou com a 50.
Mais uma chance
Contra o São Paulo, Plata entrou no segundo tempo. Diante do Volta Redonda, o equatoriano foi titular. Agora, o novo camisa 50 vive a expectativa para saber quais são os planos de Filipe Luís para quinta-feira (30). No Maracanã, o Flamengo encara o Sampaio Corrêa, pela sexta rodada do Carioca. Assim sendo, a bola rola a partir das 21h30
Lateral uruguaio relatou tensão nos bastidores da última rodada da fase de grupos e revelou que soube do placar da LDU ainda no vestiário
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O Flamengo venceu, se classificou, mas não escapou do drama. A última rodada do Grupo F da Libertadores foi tensa, com os três primeiros colocados podendo avançar e qualquer tropeço significando eliminação. Diante disso, Varela, titular na lateral-direita e um dos mais regulares do time no torneio, abriu o jogo sobre o clima no vestiário e a tensão que tomou conta do elenco.
— Fiquei sabendo do resultado no intervalo, quando disseram que estava 2 a 0 para a LDU. A Libertadores é assim mesmo, às vezes em alguns momentos do jogo você vai estar classificado e em outros eliminados. Mas sabíamos que só dependíamos de nós. Ganhando o jogo, passaríamos de fase — disse Varela, ainda na zona mista do Maracanã, com o semblante aliviado.
A fala do uruguaio ajuda a dimensionar o nível de pressão vivido pelo Flamengo na noite da última quarta-feira. Antes do gol salvador de Léo Pereira, o Rubro-Negro estava sendo eliminado pela combinação de resultados. A LDU, que começou a rodada fora da zona de classificação, venceu o Central Córdoba por 2 a 0 e inverteu a situação do grupo.
No fim das contas, o Flamengo terminou na segunda posição do Grupo F, com os mesmos 11 pontos da LDU e do Central Córdoba. O desempate foi decidido no saldo de gols: os equatorianos levaram a melhor com +4, seguidos pelo Flamengo com +3. Os argentinos, que começaram a rodada na liderança, acabaram em terceiro, com saldo zerado. O Táchira já havia chegado eliminado e se despediu com seis derrotas em seis jogos.
Mesmo com toda a pressão, Varela foi um dos destaques discretos do time. Seguro na marcação, com boa saída de bola e cobertura eficiente, ele deu conta do recado enquanto o time buscava o gol necessário para se classificar. — A gente sabia que era uma questão de tempo. Estávamos criando, pressionando, e o gol sairia. Não tinha muito segredo: ou a gente vencia, ou ficava fora. Isso é a Libertadores — completou o uruguaio.
O Los Angeles FC joga neste sábado (31), contra o America (MEX) para definir quem ser juntará a Flamengo, Chelsea e Esperánce, da Tunísia, no grupo D do Mundial
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O Los Angeles FC joga neste sábado (31), contra o America (MEX) para definir quem ser juntará a Flamengo, Chelsea e Esperánce, da Tunísia, no grupo D do Mundial de Clubes. O goleiro Hugo Lloris e o atacante Olivier Giroud, campeões da Copa do Mundo pela seleção francesa em 2018, defendem o time norte-americano e falaram para o LAFC sobre a expectativa de uma possível vaga no torneio.
— Quando assinei com o LAFC, não esperava ter esse tipo de oportunidade — falou Llorris, mostrando certa surpresa em poder estar no Mundial.
— Pode ser uma grande oportunidade para os jogadores, para o clube e para os torcedores participarem de uma das novas e emocionantes competições, o Mundial de Clubes"... E vai ser interessante enfrentar um dos melhores clubes mexicanos... Será um desafio para nós, mas, ao mesmo tempo, é isso que se busca no futebol: enfrentar os melhores, vencer jogos importantes, e este será grandioso, disse Lloris.
Giroud também falou sobre a importância de entrar focado na partida: — Precisamos nos esforçar "110%" e jogar com bom ritmo e forte intensidade [para vencer]. Além disso, falou também sobre reencontrar o Chelsea, seu ex-clube:
— Seria ótimo reencontrar o Chelsea, mas, obviamente, será um jogo importante no fim de semana contra o América — falou o atacante que ficou no time inglês de 2018 até 2021.
Ex-volante rubro-negro se mistura à torcida no Setor Norte, canta com os organizados e reafirma amor pelo clube que o revelou
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A quarta-feira à noite no Maracanã foi marcada não só pela atuação do Flamengo em campo, mas também pela presença vibrante de um velho conhecido: João Gomes. O volante, hoje no Wolverhampton, da Inglaterra, fez questão de estar no meio da galera do Setor Norte, onde a batida do surdo ecoa mais forte e a paixão se transforma em combustão coletiva.
Nada de camarote, zona mista ou espaço VIP. João escolheu o cimento, o concreto, a alma da arquibancada. Ao lado da Raça Rubro-Negra, ele cantou, pulou e ergueu o Manto Sagrado no ar. Um momento raro para um atleta em atividade no exterior, e mais ainda para quem já tem nome na história do clube.
O vídeo divulgado pelo Flamengo nas redes sociais um dia após o jogo captou a essência do reencontro: João de boné da torcida, suado, sorridente e completamente entregue ao sentimento. Em dado momento, ele tira a camisa e a gira acima da cabeça, como um símbolo da paixão que nunca esfriou.
A identificação de João com o Flamengo é antiga. Cria da base, virou peça-chave em 2022, ano em que ajudou a conduzir o time à conquista da Libertadores. Não à toa, é chamado por muitos como “Pitbull da América”. E, ao que tudo indica, essa conexão não se perdeu com a ida à Premier League.
Enquanto Vini Jr, outro flamenguista ilustre, assistia à partida em um camarote reservado, João preferiu a imersão total. E a escolha não passou despercebida pelos torcedores. A arquibancada vibrou não só com o jogo, mas com a presença inesperada do ídolo. "Nosso cria. Nosso amor. Isso que é vida, meu Flamengo. Te amo e confio em ti, sempre", escreveu um torcedor no post do Flamengo. Outro foi direto: “Fez o que Gabigol não teve coragem de fazer”. Já Marisa, com bom humor, brincou: “Dizem que ele está lá na arquibancada até agora cantando 😂”.