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A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) formalizou nesta segunda-feira (11) o pedido de interdição da Arena MRV, após a confusões durante a final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Flamengo.Nesse sentido, há duas frentes, com basicamente as mesmas provas: O pedido de interdição e a denúncia contra o Galo, que, no julgamento de mérito, pode render perda de mando de campo, portões fechados e multa.
Qual o pedido?
A procuradoria pede uma liminar ao presidente do STJD para que o estádio seja imediatamente interditado e, ao mesmo tempo, o Atlético-MG atue em outro estádio com portões fechados. O prazo pedido pela procuradoria para validade dessa punição via liminar é até o julgamento final da denúncia contra o clube.
O Atlético-MG foi enquadrado nos artigos 211 (não garantir segurança para o jogo) e 213 (não tomar medidas capazes de impedir desordem) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A procuradoria considera "temerário permitir que jogos ocorram na Arena MRV, sob o risco de novas atitudes que vão de encontro à segurança física de todos os partícipes dentro e fora de campo".
O órgão ainda apontou "gravíssimas falhas do clube mandante ao não prevenir e conter imediatamente os atos de violência e de enorme desordem".
Os fatos na denúncia
A procuradoria usou a súmula e vídeos para embasar a denúncia contra o Atlético-MG, tais como:
Arremesso de bombas; Pelo menos quatro foram relatados na súmula. Uma explodiu próximo a Plata, na comemoração de gol do Flamengo, e outra atingiu o pé do fotógrafo Nuremberg José.
Arremesso de objetos; A súmula também citou vários objetos atirados no campo, especialmente copos. E isso gerou paralisação da partida por sete minutos.
Laser no rosto de Rossi; Desde o aquecimento e durante a partida, o goleiro do Flamengo foi alvo de um laser verde.
Invasão de torcedor após gol do Flamengo; Ele foi contido à beira do campo, durante a comemoração dos rubro-negros.
Tentativa de invasão de vários torcedores; Isso aconteceu já depois da partida, antes da premiação ao campeão Flamengo.
O ex-técnico do Mais Querido destacou os pontos fortes do elenco rubro-negro e os motivos que o fazem não vencer o Mengo
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Rogério Ceni renovou no final do último mês seu contrato com o Bahia. Desse modo, o questionamento que fica é se o técnico continuará perdendo para o Flamengo, já que de dezesseis jogos, ele acumula 16 derrotas. Em entrevista, o ex-comandante do Mais Querido desabafou sobre a 'freguesia' nos confrontos com o Mengo.
Rogério Ceni fala sobre freguesia para o Flamengo: "O Flamengo perde muitos poucos jogos, se você for analisar".
Ele continuou: "Infelizmente eu me tornei treinador no momento que o Flamengo fez o seu melhor time desde a década de 1980 quando tinha Zico, Adílio, Andrade, Tita, Nunes… Filipe Luís fez 50 jogos tinha três ou quatro derrotas, somente. Ou seja, o percentual, dos últimos 50 jogos, talvez 8% das equipes conseguiram uma vitória sobre o Flamengo. Então é difícil para todo mundo", disse Rogério Ceni, em entrevista ao GE antes de completar:
Logo em seguida, Rogério Ceni destacou que sua equipe precisa se fortalecer para poder vencer o Flamengo. Ele ainda destaca que também é preciso jogo mental para superar o Mais Querido nas competições.
"Eu acho que nós precisamos crescer como time, e já tivemos oportunidade de vencer, tivemos muito próximos de vencer, fizemos jogos com o Flamengo ao longo do ano passado sendo superiores. Fizemos um jogo aqui na Fonte Nova que o Flamengo fez uma finalização no gol e ganhou de 1 a 0 da gente. E nós tivemos ótimas chances de gol", acrescentou Ceni.
"O jogo é muito mental, você tem que tentar ter força mental para que a bola, quando tiver oportunidade, você faça. Contra o Flamengo, infelizmente, não aconteceu. É chato, incomoda, claro que incomoda. E esperamos que, apesar de o Flamengo ter um ótimo time para este ano de novo, investiu bastante em contratações, que a gente possa ter a oportunidade de vencer este ano", concluiu o ex-goleiro.
Rogério Ceni tem 100% de derrotas contra o Flamengo, entre 2017 e 2025. O técnico encarou o Mais Querido defendendo São Paulo, Fortaleza, Cruzeiro e Bahia. Assim, o treinador já sofreu revés do Rubro-Negro pela Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Diretor de futebol do Mengão está considerando a possibilidade de deixar o clube, mas pode ter que arcar com valor milionário
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Com pouco mais de seis meses no cargo, José Boto vive seu momento mais turbulento como diretor executivo de futebol do Flamengo. Escolhido por Bap para liderar o principal departamento do clube, o dirigente português enfrenta questionamentos internos, desgaste com jogadores e funcionários, e já demonstra insatisfação com o ambiente na Gávea. Apesar de ainda contar com o respaldo do presidente, o futuro do executivo é incerto — e uma eventual saída envolveria multa rescisória.
Segundo o portal ‘GE’, o contrato de Boto prevê uma multa de aproximadamente R$ 2 milhões, caso o vínculo seja rompido agora, independentemente da parte que tomar a iniciativa. O acordo segue modelo semelhante ao dos atletas, com dois tipos de vínculo: um trabalhista e outro de direito de imagem.
Neste último, há uma cláusula que garante ao Flamengo um acréscimo de 30% no valor da multa, caso José Boto não comunique a intenção de se desligar com pelo menos 30 dias de antecedência. O dispositivo é semelhante ao que embasa a estratégia jurídica do clube no caso Gerson, em que o Flamengo considera a transferência para o Zenit (RUS) uma rescisão unilateral antecipada.
Apesar dos bons resultados em campo no primeiro semestre, há desconforto nos bastidores com a forma de atuação de Boto. O diretor de futebol tem enfrentado resistência de dirigentes, atletas e membros da comissão técnica, que criticam sua postura no dia a dia. O episódio mais recente foi a negociação com o atacante Mikey Johnston, que chegou a ser acertado com o clube, mas teve a contratação vetada diretamente por Bap. A interferência presidencial evidenciou o momento de desgaste do dirigente.
Do lado de Boto, também há frustração com o cenário atual. Pessoas próximas ao português admitem que ele não está satisfeito com o ambiente interno, mas consideram improvável uma saída imediata, sobretudo a poucos dias da abertura oficial da janela de transferências.
Atacante que está no Spartak Moscou, da Rússia, interessa ao Mengão e parte importante da vida do atleta pode influenciar em sua saída
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Alvo do Flamengo nesta janela de transferências, o atacante Esequiel Barco vive uma situação delicada fora de campo. Segundo o agente Timur Gurtskaya, o jogador do Spartak Moscou (RUS) enfrenta pressão familiar para deixar o país. A esposa do argentino teria ameaçado pedir o divórcio caso ele permaneça na Rússia por mais uma temporada — e, segundo relatos, também cogitou impedi-lo de ver o filho do casal.
Aos 26 anos, Barco tem experiência em diferentes mercados. Revelado pelo Independiente (ARG), onde foi campeão da Copa Sul-Americana justamente contra o Flamengo, ele passou pelo Atlanta United (EUA) e pelo River Plate (ARG) antes de se transferir ao Spartak em 2024.
Mesmo em meio a um cenário político tenso no país, o argentino teve desempenho de destaque em sua primeira temporada na Rússia: 36 partidas, 14 gols e 9 assistências. No entanto, o contexto de instabilidade tem levado vários atletas sul-americanos a considerarem a saída do futebol russo — e Barco pode ser o próximo.
De olho em reforçar o setor ofensivo, o Flamengo monitora de perto a situação de Esequiel Barco. No entanto, o argentino é tratado como uma alternativa ao principal alvo do clube: Jorge Carrascal, do Dínamo de Moscou (RUS), que esteve há detalhes de se tornar reforço do Mais Querido.
As negociações com o Dínamo, no momento, estão travadas, o que faz da possível saída de Barco do Spartak um cenário a ser explorado com atenção pelo departamento de futebol rubro-negro. O atleta, finalmente, deve se reapresentar na Rússia após período estendido de férias devido à negociação com o Mengão.