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A semifinal do Campeonato Carioca entre Vasco e Flamengo já começa com desfalques relevantes para ambos os lados. No lado do Mais Querido, o técnico Filipe Luís não poderá contar com Everton Cebolinha, Michael e Danilo, além da provável ausência de Juninho e Alex Sandro. O duelo deste sábado (1º) no Engenhão ganha um componente extra com a grama sintética, fator que pode influenciar na decisão de não escalar alguns jogadores que ainda se recuperam fisicamente. A estratégia é preservar atletas para o jogo de volta no Maracanã, no dia 8 de março.
LESÕES E DESFALQUES IMPORTANTES
A decisão de Filipe Luís em deixar Juninho e Alex Sandro de fora da partida inicial se baseia na necessidade de evitar maiores desgastes. A superfície artificial do Engenhão tende a ser mais exigente para atletas que estão em fase final de recuperação. Por isso, a comissão técnica do CRF estuda liberar ambos apenas para a segunda partida da semifinal, quando o time terá a vantagem do gramado natural e do apoio da torcida no Maracanã. A precaução se torna essencial diante da sequência de jogos decisivos.
POUCO PÚBLICO NA PARTIDA
Apesar da importância do confronto, a venda de ingressos para o jogo de ida tem sido baixa. Até o momento, menos de 10 mil bilhetes foram comercializados de maneira antecipada, o que demonstra um interesse menor do público na primeira parte da decisão. A baixa adesão pode ser reflexo da fase irregular do Vasco na temporada, além da vantagem do Mengão de jogar por dois resultados iguais, fator que pode ter reduzido a urgência da torcida em comparecer ao Engenhão.
Com a melhor campanha da fase classificatória, o Mais Querido entra na semifinal podendo se classificar mesmo sem vencer. Caso os dois jogos terminem empatados, o time rubro-negro avança para a grande final do Campeonato Carioca. Esse regulamento pode impactar diretamente na postura do Flamengo para o confronto de ida, priorizando uma atuação equilibrada e sem riscos desnecessários, pensando em resolver a classificação dentro de casa.
Mesmo diante das dificuldades, o Vasco encara a semifinal com a missão de surpreender. O time cruzmaltino sabe que precisa construir um bom resultado no Engenhão para não depender de um triunfo no Maracanã. A equipe comandada por Fabio Carille pretende aproveitar os desfalques do rival para tentar se impor, utilizando o fator casa e a adaptação ao gramado sintético como trunfos para equilibrar as forças contra o Flamengo.
Rubro-Negro precisa vencer o Deportivo Táchira e torcer por tropeço do Central Córdoba para terminar líder do grupo. Sorteio das oitavas será em 2 de junho
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A fase de grupos da Copa Libertadores da América chega ao fim na próxima semana. Os 16 classificados para as oitavas de final serão conhecidos após a disputa da sexta e última rodada. O Flamengo, ainda em busca da vaga, joga suas fichas no Maracanã para evitar a dependência de combinações.
Com oito pontos somados no Grupo C, o Rubro-Negro ocupa a segunda colocação, atrás do Central Córdoba (ARG), que tem 11. A LDU (EQU) aparece empatada com o Fla, mas perde no saldo de gols. A configuração mantém em aberto tanto a classificação quanto a possibilidade de liderança.
Na quarta-feira (28), às 21h30 (de Brasília), o Flamengo encara o Deportivo Táchira (VEN), lanterna da chave. Em caso de vitória, a equipe de Filipe Luís garante a classificação para o mata-mata sem depender de mais ninguém. Para terminar como líder do grupo e ir ao Pote 1 do sorteio, o Fla ainda precisa que a LDU derrote o Central Córdoba em Quito, no mesmo horário.
Com a fase de grupos prestes a acabar, a Conmebol anunciou oficialmente a data do sorteio das oitavas de final: será no dia 2 de junho (domingo), a partir do meio-dia (horário de Brasília). O evento acontece na sede da entidade, em Luque, no Paraguai, na região metropolitana de Assunção. O sorteio terá transmissão dos canais detentores dos direitos da competição. No Brasil, Globo, ESPN, Paramount+ e Disney+ exibirão o evento. Além disso, o canal Coluna do Fla também fará cobertura ao vivo pelo YouTube, caso o Flamengo confirme a classificação.
Na mesma cerimônia, a Conmebol vai realizar o sorteio da Copa Sul-Americana, com definição dos cruzamentos para o mata-mata do segundo torneio mais importante do continente. O modelo será o mesmo da Libertadores, com divisão por desempenho na fase de grupos. O chaveamento das oitavas será dividido entre os times que terminaram em primeiro lugar em seus grupos (Pote 1) e os que ficaram na segunda colocação (Pote 2). Os duelos serão sorteados entre os potes, com os líderes tendo a vantagem de decidir em casa.
Mesmo com estabilidade interna e respaldo recente, o treinador voltará a ser avaliado no Flamengo após o Super Mundial de Clubes. A decisão de mantê-lo ou busca
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A permanência de Filipe Luís no comando do time principal do Flamengo será tema de discussão no segundo semestre. De acordo com informações apuradas pelo jornalista Fabrício Lopes, o presidente do clube, BAP, decidiu que fará uma análise técnica e institucional do trabalho do treinador logo após o Super Mundial de Clubes, competição que acontecerá entre junho e julho.
Embora Filipe Luís tenha conquistado respaldo com boas atuações ao longo da temporada, especialmente pelo desempenho coletivo do time, a oscilação recente, somada à pressão externa pela presença de Jorge Jesus no mercado, acendeu um sinal de atenção dentro do clube. Segundo Fabrício Lopes, a eventual decisão sobre a saída de Filipe não viria da diretoria de futebol liderada por Bruno Spindel e Marcos Braz, mas sim diretamente de BAP, que passaria a ordem à cúpula executiva.
“Se o Flamengo optar por trocar o Filipe Luís, vai vir de cima do Boto, vai vir do BAP para o Boto, e ele só irá comunicar o Filipe Luís do desligamento”, disse o setorista.
O presidente, que neste momento prefere manter o planejamento traçado no início da temporada, decidiu esperar o término do Super Mundial para fazer a avaliação. Os critérios levarão em conta desempenho tático, ambiente interno, comando de grupo e, naturalmente, resultados. “Se o trabalho for satisfatório, ele fica. Se não for, há grandes chances de sair sim. A avaliação será pós Super Mundial de Clubes”, concluiu Fabrício.
O nome de Jorge Jesus inevitavelmente ronda o Flamengo. Livre no mercado após deixar o Al Hilal, o português segue sendo uma figura que mexe com a torcida e com parte da cúpula rubro-negra. Ainda que neste momento não exista tratativa em curso, a simples disponibilidade do Mister reforça a pressão sobre o atual treinador.
Comentarista vê exagero nas críticas ao técnico rubro-negro e alerta: "Só os resultados vão sustentar". O treinador vem sendo defasado no Mais Querido
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Menos de um ano após ter seu nome celebrado como um símbolo da nova geração de treinadores promissores do país, Filipe Luís convive com um cenário bem diferente no Flamengo. A pressão sobre o ex-lateral cresceu nos bastidores e nas arquibancadas, apesar da conquista de três títulos de base e do desempenho considerado positivo à frente do sub-20 rubro-negro.
A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade .." - disse Eric Faria
“A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade para dirigir o time profissional do Flamengo, certo? Nesse período, conquistou três títulos, fez a equipe jogar um futebol vistoso e recebeu muitos elogios da opinião pública”, escreveu Eric. No Instagram, Eric Faria — que cobre o clube há mais de duas décadas — destacou o contraste.
Para o jornalista, o técnico não deixou de ser promissor, mas passou a ser tratado com desconfiança à medida que Jorge Jesus ficou novamente livre no mercado. O cenário começou a mudar nas últimas semanas, especialmente após oscilação nas atuações do time sub-20 e a eliminação precoce na Copa do Brasil da categoria.
As críticas nas redes sociais cresceram, e parte da torcida já se mostra contrária a uma futura promoção de Filipe ao elenco principal. Internamente, não há uma ruptura declarada entre diretoria e comissão técnica do sub-20. O clube evita expor qualquer plano sobre o futuro de Filipe, cujo contrato vai até dezembro de 2025. No entanto, também não há conversas em andamento para uma possível renovação.
A análise de Eric sugere que há um movimento de desgaste em curso, ainda que não necessariamente institucional. “De uma hora para outra, o promissor técnico, para alguns, regrediu algumas casas nesse tabuleiro cruel do futebol brasileiro (...) Esse processo de fritura silenciosa que se instalou sorrateiramente nas redes sociais pode até não alcançar o objetivo que é derrubar o treinador”, pontuou.