CBF divulga arbitragem para Flamengo x Athletico-PR pelo Brasileirão

Após a eliminação do Flamengo na Libertadores, muito se falou sobre uma promessa de Tite, feita após a derrota no jogo de ida no Maracanã. Naquela ocasião, o técnico comentou sobre as chances criadas e afirmou que poderia ser cobrado no jogo de volta, pois, embora o Mais Querido criasse menos oportunidades, desta vez, faria o gol. Casagrande relembrou essa fala e criticou o treinador.

“Na derrota para o Peñarol no Maracanã por 1 a 0, gol de Cabrera, na coletiva depois do jogo, com a maior cara de pau, Tite usou uma estratégia como se todos fossemos imbecis, dizendo o seguinte: Lá em Montevidéu nós vamos marcar gols, podem me cobrar”, começou o comentarista.

“Pois bem, Tite, estou te cobrando a promessa que você fez. Mesmo na coletiva após a eliminação, a sua memória te traiu e você disse que não foi bem assim e que não havia prometido gol no Uruguai. Tite, é só entrar na internet que a sua memória voltará”, alfinetou Casagrande.

Na coletiva após o empate sem gols, que selou a eliminação do Flamengo, Tite negou ter prometido um gol no Uruguai.

“Eu coloquei prometo? Eu falei prometo, que a gente ia fazer gol? Eu projetei né? Não sou futurista. Nosso objetivo era criar e fazer. Mas promessa não. Projetei, sim, trouxe responsabilidade para mim. Só o termo que não”, reforçou Tite.

Durante a coletiva desta quinta-feira (26), Tite mencionou momentos em que o Flamengo foi bem no confronto e afirmou que o time foi superior ao Peñarol, apesar da eliminação. No entanto, Casagrande discordou, apontando que, na sua visão, o time uruguaio foi melhor, considerando as propostas de jogo e as circunstâncias da partida.

“Dizer que o Flamengo foi melhor é analisar através de um recorte, pois cada time tinha a sua necessidade e cada um a sua estratégia, com objetivos diferentes de resultados. Se o Flamengo ficou mais com a bola, mas não concluiu uma só bola perigosa no gol do Peñarol, onde está a superioridade?”, questionou Casagrande.

O comentarista também analisou as estratégias de ambos os times, com Tite apostando em pressão sobre os uruguaios, enquanto Diego Aguirre fechava a defesa e explorava os contra-ataques.

“A estratégia do Tite era ir para cima, ditar o ritmo, empurrar o time do Diego Aguirre para trás e criar diversas chances de gols para, no mínimo, marcar um e levar a decisão para os pênaltis. Já o Aguirre tinha uma estratégia com duas possibilidades: primeira, se fechar totalmente para segurar o empate por 0 a 0; segunda, se der para armar um contra-ataque perfeito e matar o jogo, seria o ideal”, finalizou.

Agora, o Flamengo vira a chave e enfrenta o Athletico-PR, no Maracanã, com a missão de mostrar serviço para a Nação em seu reencontro após a eliminação.

Apesar de um erro inexplicável ao tentar forçar uma bola em Bruno Henrique, que estava de costas e quase resultou em gol adversário, o goleiro Rossi terminou a partida lutando pela vitória. Em um ato ousado, avançou até o meio-campo e se arriscou na área adversária, mas não teve sucesso. O Flamengo empatou sem gols e foi eliminado da Libertadores pelo Peñarol no Estádio Campeón del Siglo.

Durante a entrevista coletiva ao lado de Tite, Rossi foi questionado se poderia prometer algum título aos torcedores rubro-negros. Ele disse que não, mas também se recusou a desistir do Brasileirão, mesmo com o Flamengo 11 pontos atrás do líder, Botafogo, e com apenas 1% de chances matemáticas de conquistar o campeonato. Para sustentar seu otimismo, o goleiro lembrou da inesperada queda de rendimento do Botafogo no ano passado.

“Temos os objetivos muito claros, porque o Flamengo sempre tem que ganhar e é assim. Agora, a gente está fora, mas o ano não acabou ainda. Faltam mais de 10 jogos no Brasileiro. O Botafogo tem uma diferença muito grande, mas ano passado tinha também. Agora é concentrar no jogo do domingo. Daqui a três dias já estamos em campo de novo, temos que mudar a cabeça para o jogo contra o Athletico-PR. E depois tem a semifinal da Copa do Brasil, que é muito importante, já que estamos só a dois jogos da final. Então tem que continuar trabalhando no dia a dia. A Libertadores já passou, mas ficam duas competições para a gente competir”, afirmou Rossi.

O camisa 1 também agradeceu o apoio da torcida tanto no Rio de Janeiro quanto no Uruguai, e destacou que a situação poderia ter sido diferente se o time tivesse sido mais eficiente no Maracanã. Além disso, lamentou as ausências de Pedro e outros jogadores importantes para a equipe.

“Para o torcedor, só agradecer, primeiro pelo apoio que deram no Maracanã no primeiro jogo. A gente tomou gol cedo, aos 13 do primeiro tempo. Depois, tivemos um domínio muito grande nos dois jogos. Hoje a gente fica com essa sensação amarga, de que não conseguiu fazer um gol para levar para os pênaltis. A gente teve até uma possibilidade, mas tem que ser autocrítico e saber que na decisão final erramos um pouco”, declarou o goleiro, antes de completar.

“Perdemos o Pedro, o Cebola, o Viña, o Luiz, que são jogadores muito importantes para nós. E isso também fica na cabeça do jogador. Porque quando um jogador vê que um companheiro machuca, e machuca mal como aconteceu, a gente também fica com medo de ficar fora da temporada”, finalizou.

O Flamengo agora se prepara para encarar o Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro neste domingo (30) às 20h (horário de Brasília). O time vira a chave após a eliminação na Libertadores e precisa melhorar o desempenho para se manter nas primeiras posições e manter-se no G4.