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O Flamengo trabalha para definir a renovação de contrato com o técnico Filipe Luís, que segue com moral elevada após boas campanhas nas competições nacionais e internacionais. Em entrevista ao Coluna do Fla, nesta quarta-feira (12), o presidente Bap revelou o desejo do clube em manter o treinador por mais uma temporada.

“Como em qualquer casamento, tem dois lados. Estamos muito animados e esperando que dê tudo certo. Esperamos que o Filipe Luís fique, e acredito que ele também queira. Acho que essa história terá um final feliz”, declarou o dirigente durante homenagem da Câmara dos Deputados ao clube pelos 130 anos de história.

DESEMPENHO DE FILIPE LUÍS

Oficializado como técnico do time profissional em 30 de setembro de 2024, após a saída de Tite, Filipe Luís vem consolidando um início de carreira promissor no banco rubro-negro. Até o momento, o treinador soma 80 jogos à frente do Flamengo, com 51 vitórias, 20 empates e apenas nove derrotas, o que representa aproveitamento de cerca de 72%.

Desde que assumiu o comando, o ex-lateral já conquistou três títulos: a Copa do Brasil de 2024, a Supercopa do Brasil de 2025 e o Campeonato Carioca de 2025. Agora, está na final da Libertadores e na briga do Brasileirão com o Palmeiras. 

UNANIMIDADE NA DIRETORIA

As conversas para a renovação de contrato de Filipe Luís com o Flamengo para a temporada de 2026 estão evoluindo, mas o clube mantém total confiança na permanência do treinador. Fontes confirmaram ao Gazeta do Urubu que, internamente, há unanimidade na ideia do técnico continuar no comando, independentemente dos resultados da Libertadores e do Brasileirão.

A proximidade da Copa do Mundo de 2026 pode resultar na saída de Matías Viña do Flamengo ao término da temporada. O lateral-esquerdo uruguaio perdeu espaço na equipe comandada por Filipe Luís, tornando-se a terceira opção para o setor, atrás de Alex Sandro e Ayrton Lucas.

Mesmo sem ter atuado nas últimas partidas do Mais Querido, Viña foi convocado para a Seleção Uruguaia na última Data FIFA. O fato reforça sua importância no elenco celeste, mas também acende um alerta sobre sua falta de ritmo de jogo no clube carioca.

VIÑA ESTUDA SAÍDA

Segundo informações do jornalista Fabrício Lopes, o empresário de Matías Viña está preocupado com a atual situação do atleta. O representante avalia que a falta de minutos pode comprometer as chances do lateral disputar a Copa do Mundo de 2026, motivo pelo qual já considera uma transferência ao final da temporada.

Ainda não há propostas oficiais, mas sondagens do Brasil e do exterior foram confirmadas. A prioridade do jogador é garantir sequência de jogos para se manter em evidência com o técnico Marcelo Bielsa, que valoriza atletas em plena atividade.

OUTRAS SAÍDAS CONFIRMADAS

Além do possível adeus de Viña, o Flamengo já definiu a saída de três atletas com contratos se encerrando ao final do ano. Os zagueiros Pablo e Cleiton, além do goleiro Matheus Cunha, não permanecerão no elenco em 2026. Dois deles, inclusive, já assinaram pré-contratos com novas equipes.

Em diálogo recente com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Flamengo apresentou uma série de sugestões para aprimorar o futebol nacional. Entre os principais pontos defendidos pelo clube está o fim dos gramados sintéticos nas competições organizadas pela entidade.

Bap, do Flamengo, sobre gramados sintéticos: "Quando você tem um gramado de plástico, cria-se uma iniquidade"

Nesta quarta-feira (12), o presidente rubro-negro Luiz Eduardo Baptista (Bap) voltou a reforçar o pedido em entrevista ao portal Poder 360: “Alguns clubes brasileiros implementaram o gramado sintético para economizar. O futebol, nas cinco maiores ligas do mundo, é praticado em grama natural. Quando você tem um gramado de plástico, cria-se uma iniquidade. A bola se comporta diferente, o ritmo muda, o impacto nos atletas é outro”, afirmou Bap.

O dirigente ainda comparou o investimento feito pelo Flamengo e pelo Fluminense na manutenção de seus campos: “Flamengo e Fluminense gastam cerca de R$ 45 milhões por ano para manter um gramado perfeito, com mais de 80 partidas disputadas. Não é justo criar um diferencial competitivo pelo tipo de campo. Se um clube não tem condições de manter um gramado natural, talvez não deva disputar a Série A”, completou.

FAIR PLAY FINANCEIRO E DESIGUALDADE COMPETITIVA

Durante a conversa com a CBF, o Flamengo também relacionou o tema ao fair play financeiro. Segundo o clube, as equipes que utilizam gramados sintéticos acabam obtendo vantagem dupla, esportiva e econômica, já que o piso artificial exige menos investimento em manutenção. O argumento rubro-negro é que o custo mais baixo de operação e a adaptação dos elencos a um tipo de campo específico geram desequilíbrio competitivo dentro do Campeonato Brasileiro.

PRÓXIMO JOGO EM GRAMADO SINTÉTICO

Na reta final da temporada, o Flamengo ainda terá mais uma partida em gramado sintético. No dia 25 de novembro, o time enfrenta o Atlético-MG, na Arena MRV, em Belo Horizonte. Antes disso, o Rubro-Negro volta a campo em gramado natural, neste sábado (15), para enfrentar o Sport, às 18h30 (de Brasília), na Arena de Pernambuco, em jogo atrasado da 12ª rodada do Brasileirão.