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A tentativa do Cruzeiro em reforçar o meio-campo com um velho conhecido da torcida brasileira acabou não avançando. O volante Willian Arão, ex-Flamengo e atualmente no Panathinaikos, da Grécia, foi sugerido internamente, mas teve sua chegada barrada pelo técnico Leonardo Jardim. O comandante português entende que outras posições precisam de atenção no elenco celeste.
A indicação partiu do CEO Alexandre Mattos, responsável pelas movimentações do Cruzeiro no mercado, mas não contou com o apoio do treinador. A informação foi divulgada pelo jornalista Heverton Guimarães. Segundo ele, a decisão de Leonardo Jardim foi clara: neste momento, o perfil de Arão não se encaixa no que o time precisa.
Apesar do respeito pela carreira do volante, o treinador entende que há lacunas mais urgentes no plantel atual. A equipe tem sofrido com instabilidade nas laterais e ataque, e a ideia é concentrar esforços em setores considerados mais críticos. O Cruzeiro, inclusive, avalia fazer novas investidas na janela de transferências do meio do ano.
Willian Arão, de 32 anos, tem contrato com o Panathinaikos até 30 de junho de 2025, o que o deixa apto a assinar um pré-contrato com qualquer clube desde o início de 2025. Apesar disso, o jogador negocia uma renovação com os gregos. Pelo clube, disputou 83 partidas, marcou quatro gols e distribuiu quatro assistências desde sua chegada.
Desde que deixou o Mais Querido em 2022, Arão teve uma breve passagem pelo Fenerbahçe, da Turquia, antes de se estabelecer na Grécia. Seu desempenho por lá é considerado estável, mas sem grande destaque. Ainda assim, seu nome costuma surgir no radar de clubes brasileiros em busca de atletas experientes. O início de temporada 2025 não tem sido fácil para o Cruzeiro. Depois de uma série de reforços e da expectativa gerada com o retorno de Pedro Lourenço à gestão do futebol, os resultados dentro de campo ficaram aquém do esperado
Com a partida sem gols contra a LDU, o mais querido segue pressionado na fase de grupos da libertadores e desempenho do time levanta dúvidas
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O empate em 0 a 0 entre Flamengo e LDU, em Quito, nesta terça-feira (22), pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, não passou despercebido. Para o comentarista Vitor Sergio Rodrigues, o desempenho apresentado pelo time brasileiro deixou a desejar, especialmente considerando a fragilidade do adversário. Em seu canal no YouTube, o jornalista avaliou o futebol do Mengão como “pobre” e criticou a falta de capricho nas decisões em campo.
sem intensidade na marcação.." - disse VSR
VSR reconheceu que a altitude da capital equatoriana é um fator que pesa, mas pontuou que isso não pode justificar uma atuação tão limitada. Segundo ele, enquanto o time carioca teve fôlego, deixou a desejar tecnicamente: “foi pobre no sentido de cuidado, de atenção na hora de dar o último passe ou tomar decisões mais precisas”, afirmou. O empate, por outro lado, foi visto como um resultado aceitável dentro do contexto da competição.
Na visão do comentarista, o time da LDU está longe de viver seus melhores momentos. Ele classificou a equipe como uma das piores versões recentes do clube, destacando a fragilidade da saída de bola e a desorganização em campo. “Um time espaçado, sem intensidade na marcação, que permitiu ao Flamengo jogar com conforto durante boa parte do jogo”, avaliou Vitor.
Mesmo com a liberdade oferecida pelos equatorianos, o Rubro-Negro não conseguiu se impor ofensivamente. “A bola chegava limpa no meio, e ainda assim o time não criava chances reais”, pontuou VSR. O comentarista destacou a tranquilidade com que jogadores como Erick Pulgar e Everton Araújo atuaram, mas lamentou que a falta de objetividade e qualidade no último terço do campo tenha impedido um resultado melhor.
Apesar das críticas ao coletivo, VSR elogiou o setor defensivo. Para ele, Léo Ortiz teve atuação segura, e Danilo, eleito o melhor em campo pela Conmebol, foi destaque positivo. Ayrton Lucas também foi bem atrás, mas cometeu erros importantes ao apoiar o ataque. Já Wesley, pela direita, foi considerado equilibrado nas duas fases do jogo.
Atacante, atualmente no Alianza Lima marcou dois gols na vitória da equipe peruana diante do Talleres na Liberta, alcançando feito inédito
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Enquanto o Flamengo empatava com a LDU, Paolo Guerrero voltou aos holofotes do futebol sul-americano. Ex-atacante do Mengão, o veterano de 41 anos brilhou com a camisa do Alianza Lima e entrou para a história da Copa Libertadores. O "Predador", como é carinhosamente chamado pelos peruanos, se tornou o jogador mais velho a marcar dois gols em uma mesma partida do torneio, superando o chileno Edson Puch, que detinha o recorde aos 38 anos e 315 dias.
O feito aconteceu na vitória por 3 a 2 sobre o Talleres, da Argentina, pela fase de grupos da competição continental. O resultado renovou as esperanças do Alianza Lima em avançar às oitavas de final. Guerrero abriu o placar logo no início da partida, marcando seu primeiro gol com a camisa do clube em uma Libertadores. Pouco depois, voltou a balançar as redes e garantiu seu nome nos livros de recordes do torneio.
A atuação do atacante foi destacada por Mister Chip, conhecido estatístico de futebol sul-americano. “O jogador peruano se torna o mais velho a marcar um 'doblete' em toda a história da Libertadores”, escreveu em suas redes sociais. Outro veterano também se destacou na partida: Hernán Barcos. Aos 41 anos, o argentino – com passagens por Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro – saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória do Alianza Lima.
Contratado em 2015 com status de estrela, Paolo Guerrero chegou ao Flamengo após se destacar no Corinthians e na Seleção Peruana. A expectativa era grande, especialmente por se tratar de uma das primeiras contratações de peso da nova fase financeira do clube.
Durante três temporadas, Guerrero disputou 112 partidas e marcou 43 gols pelo Rubro-Negro. Apesar dos números razoáveis, o atacante esteve aquém do que se esperava, principalmente por ser o jogador mais bem pago do elenco à época.
Sua passagem ficou marcada por jejum de gols em momentos decisivos, como nos clássicos contra o Vasco, além de frequentes ausências por lesões, convocações para a seleção e, posteriormente, uma suspensão por doping, que selou um fim conturbado ao seu ciclo na Gávea. A ausência de títulos de maior expressão também influenciou na avaliação de seu legado no clube.
Em 2018, o atacante deixou o Flamengo rumo ao Internacional em meio a polêmicas e desgaste com a diretoria, encerrando sua trajetória sem se consolidar como ídolo. Guerrero acabou sendo mais um símbolo da fase de transição do clube do que uma referência em campo.
Agora, em nova fase da carreira e vestindo a camisa do clube onde foi revelado, Paolo Guerrero segue fazendo história – desta vez como exemplo de longevidade e liderança no futebol sul-americano.
O Rubro-Negro ficou no 0 a 0 diante de Vasco, pelo Brasileiro, e contra a LDU, pela Libertadores. No entanto, cada jogo teve a sua particularidade
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A falta de efetividade nas finalizações volta a preocupar no Flamengo após a equipe acumular, pela primeira vez na temporada, seu segundo jogo seguido sem balançar as redes. O Rubro-Negro ficou no 0 a 0 diante de Vasco, pelo Brasileiro, e contra a LDU, pela Libertadores. No entanto, cada jogo teve a sua particularidade para que a rede não balançasse.
OS JOGOS
O Flamengo massacrou o Vasco e empilhou oportunidades desperdiçadas. Foram 17 finalizações contra seis dos cruzmaltinos, e o goleiro rival, Léo Jardim, foi o destaque da partida com belas defesas. Já diante dos equatorianos o Rubro-Negro finalizou menos que o adversário: foram 10 chutes no alvo contra 11.
Filipe Luís destacou o calendário brasileiro como um obstáculo a superar. Segundo ele, os jogadores têm se sacrificado para desempenhar seu melhor futebol.
É a quarta partida em 12 dias que tivemos. Jogadores fizeram um esforço grande e terão que continuar fazendo
"Não estamos numa posição cômoda nesse grupo, estamos atrás da LDU. É verdade que temos duas partidas em casa, mas enfrentaremos o (Central) Córdoba fora de casa e não vai ser fácil. Mas acredito que com nossa equipe, nosso modelo, vamos classificar. O objetivo é passar. Se é em primeiro, melhor. É um calendário muito apertado, com muitos jogos seguidos. É a quarta partida em 12 dias que tivemos. Jogadores fizeram um esforço grande e terão que continuar fazendo para passarmos para as oitavas e, depois, tentar chegar o mais longe possível nessa competição que é tão bonita e tão especial", disse o treinador.
Antes da goleada por 6 a 0 sobre o Juventude, Filipe Luís vinha sendo muito cobrado por uma maior efetividade nas finalizações, mas as críticas diminuíram após o jogo em questão. Depois daquela partida, o treinador manteve sua análise sobre como entende a situação.
"Estou muito feliz pela vitória e eficácia que vocês (jornalistas) cobram tanto em todas as coletivas. Sempre falo que tem dias que a bola vai entrar como ninguém espera e outros que não vai entrar. Isso é futebol. Os jogadores têm esse poder ofensivo, mas não me iludo com resultado", comentou.
Quem pode resolver a questão da letalidade rubro-negra é Pedro. O atacante se recuperou de uma grave lesão no joelho esquerdo — que o deixou de fora dos gramados por sete meses - e já fez sua quarta partida, sempre entrando no segundo tempo. Na goleada sobre o Juventude fez seus dois primeiros gols.
No jogo diante da LDU, o camisa 9 atuou por 31 minutos. Ele revelou ter sofrido com a altitude de 2.850 metros de Quito, no Equador, mas disse que está bem para os próximos jogos.