DE LA CRUZ ANALISA ATUAÇÃO DO FLAMENGO NO DUELO CONTRA O FLUMINENSE: ''HAVIA MUITO ESPAÇO''

O Flamengo vive uma temporada marcada por lesões, que afetaram quase todo o elenco. O único setor que não registrou baixas até o momento é o dos goleiros. Enquanto o restante do time lida com uma série de problemas físicos, o meio-campo é o mais afetado, acumulando 16 casos de lesões até o momento.

O ataque, no entanto, enfrenta um cenário ainda mais delicado. As ausências de Everton Cebolinha e Pedro, dois nomes importantes no setor ofensivo, são particularmente preocupantes, já que ambos os jogadores estão enfrentando lesões que os afastarão por um longo período, comprometendo o restante da temporada.

Essa situação impõe desafios consideráveis ao Flamengo, tanto em termos de organização tática quanto de planejamento. As frequentes lesões não afetam apenas a capacidade do time de manter uma formação constante, mas também pressionam a comissão técnica e a diretoria a buscar alternativas, seja dentro do elenco ou no mercado, para compensar as ausências.

O meio-campo do Flamengo é o setor que mais tem sofrido com lesões, o que não é um bom sinal para uma equipe que depende muito dessa parte do campo para controlar o jogo. Com 16 jogadores enfrentando problemas físicos ao longo da temporada, o técnico precisa constantemente ajustar a formação, o que impacta diretamente no desempenho do time em campo.

As lesões no meio-campo criam uma instabilidade no setor responsável pela criação e transição do jogo. Isso afeta tanto o desempenho ofensivo, na construção de jogadas, quanto a solidez defensiva, na proteção à zaga. A rotação forçada de jogadores impede que a equipe crie uma identidade clara e uma consistência de jogo.

Após semanas afastado por conta de uma lesão, o meia uruguaio Giorgian De Arrascaeta está perto de voltar aos gramados. O jogador, que é uma peça chave no esquema do Flamengo, entrou na fase final de recuperação, e a expectativa dentro do clube é que seu retorno ocorra nas próximas partidas. Arrascaeta sofreu uma lesão muscular que o afastou das últimas rodadas do Campeonato Brasileiro e comprometeu sua participação em outras competições importantes, como a Libertadores.

A ausência do meia foi muito sentida, já que ele é considerado um dos jogadores mais criativos e decisivos do elenco rubro-negro. No entanto, o departamento médico do clube tem trabalhado intensamente para garantir sua plena recuperação, sem pressa para colocá-lo em campo antes de estar 100% apto.

De acordo com informações do clube, Arrascaeta está na última fase de seu tratamento, que envolve trabalhos de transição com a preparação física. Isso significa que o uruguaio já superou a fase de cuidados mais intensivos e agora foca em recuperar a forma física e retomar o ritmo de jogo, algo fundamental para seu estilo. O Flamengo tem adotado uma abordagem cautelosa para evitar qualquer tipo de recaída, um procedimento comum quando se trata de lesões musculares, especialmente em jogadores que desempenham um papel tão dinâmico e criativo dentro de campo.

Essa última etapa envolve atividades como corridas leves, exercícios de fortalecimento muscular e até mesmo treinos com bola em espaços reduzidos, sem a pressão de um jogo competitivo. Dependendo de como o atleta responder a esses estímulos, ele poderá ser liberado para os treinos com o restante do elenco nas próximas semanas.

Com o departamento médico atualmente cheio, o Flamengo tenta esvaziá-lo pela metade durante a Data Fifa. Um já foi: Léo Pereira. Recuperado de uma entorse no joelho esquerdo, o zagueiro já treinou normalmente com o grupo nesta sexta-feira e volta a ficar à disposição de Tite.

Mas o clube também corre para dar mais três opção ao treinador no jogo contra o Bahia na próxima quinta-feira, às 21h45 (de Brasília) no Maracanã, valendo vaga na semifinal da Copa do Brasil. Gabigol, Arrascaeta e De la Cruz ainda não estão treinando com bola, mas têm chances de voltar a tempo.

Gabigol é quem está há mais tempo fora: ele lesionou a coxa direita no dia 15 de agosto, na vitória por 2 a 0 sobre o Bolívar no Maracanã, e vem em tratamento desde então. Três dias depois, foi a vez de Arrascaeta sentir um problema na coxa esquerda na goleada de 4 a 1 sofrida diante do Botafogo no Nilton Santos. E De la Cruz contundiu a coxa direita no dia 28, no 1 a 0 sobre o Bahia na Fonte Nova.

A lesão de De la Cruz foi leve e tem prazo de recuperação de duas a três semanas. Contra o Bahia na próxima quinta, serão exatas duas semanas de tratamento. A expectative é que os três voltem a treinar com bola nos próximos dias e sejam reintegrados ao elenco no início da próxima semana.