Futebol
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0Gabigol, que está de saída do Flamengo após seis temporadas marcadas por grandes conquistas e polêmicas, está próximo de assinar um contrato de quatro anos com o Cruzeiro. A expectativa é de que o anúncio oficial seja feito no dia 2 de janeiro de 2025, data do aniversário do clube mineiro.
De acordo com o jornalista Venê Casagrande, a diretoria do Cruzeiro está até considerando a possibilidade de liberar a camisa 10 para Gabigol. A camisa 10 foi histórica no Flamengo, mas a pressão que o atacante sentiu ao vesti-la foi notável. Depois da aposentadoria de Diego Ribas, Gabigol foi o escolhido para usá-la, mas não conseguiu conquistar títulos com esse número, o que acabou impactando seu desempenho. Durante os mandatos de Vítor Pereira, Jorge Sampaoli e Tite, ele chegou a perder espaço no time titular.
O último ato de Gabigol com a camisa 10 do Flamengo foi no primeiro semestre de 2024, quando a foto do atacante com a camisa do Corinthians vazou em um evento privado. Isso gerou polêmicas e resultou em uma multa de 10% do seu salário pelo clube, além de perder o lendário número eternizado por Zico.
O dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, quase adiantou o anúncio durante uma entrevista nesta segunda-feira (23). Ao ser perguntado sobre a chegada de Gabigol, ele demonstrou grande empolgação, mas foi interrompido pelo CEO do Cruzeiro, Alexandro Mattos, que fez questão de manter a cautela, lembrando que o clube ainda não tem nada assinado com o atacante.
Contrato e expectativas
O contrato de Gabigol com o Cruzeiro deverá ter quatro temporadas e incluir um aumento salarial em relação ao que ele recebia no Flamengo, com salários que podem atingir R$ 2,5 milhões por mês.
Gabigol deixa o Flamengo após 13 títulos conquistados e 161 gols marcados, tornando-se o sexto maior artilheiro da história do clube. Contudo, suas últimas temporadas foram conturbadas, com discussões com a diretoria e questões fora de campo, o que levou à não renovação do seu contrato e à despedida no fim da temporada 2024, marcada por uma homenagem no empate em 2 a 2 contra o Vitória, no Maracanã.
Zagueiro do Mengão foi um dos destaques da temporada e, por ter passaporte italiano, não ocuparia uma vaga de extracomunitário no elenco da Juve
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0Léo Ortiz, considerado uma das melhores contratações do Flamengo em 2024, continua se destacando com ótimas atuações no time. Seu bom desempenho chamou a atenção de clubes europeus, incluindo a Juventus, da Itália. No entanto, apesar do interesse demonstrado, os italianos ainda não formalizaram uma proposta ao Flamengo, mas continuam monitorando o defensor.
De acordo com o Paparazzo Rubro-Negro, o clube de Turim estaria disposto a pagar 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 193 milhões na cotação atual) por Léo Ortiz. Com a janela de transferências da Itália abrindo em janeiro, existe a possibilidade de a Juventus tentar tirar o zagueiro do Flamengo.
O primeiro contato da Juventus com o Flamengo aconteceu em outubro de 2024, quando o interesse no defensor de 28 anos foi comunicado ao clube carioca através do empresário Paulo Pitombeira, da Talents Sports. No entanto, o Mais Querido deixou claro que não negociará o jogador, considerando-o uma peça importante no elenco.
Na temporada de 2024, Léo Ortiz disputou 40 partidas pelo Flamengo, marcando dois gols e dando duas assistências. Após um início complicado como técnico Tite, onde não teve sequência nos 11 iniciais e depois ganhando espaço como volante, Ortiz terminou o ano consolidando-se como titular absoluto na zaga sob o comando de Filipe Luís.
Histórico de Léo Ortiz no Flamengo
Contratado em março de 2024 junto ao Red Bull Bragantino por 7 milhões de euros (aproximadamente R$ 37,6 milhões), o zagueiro tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2028. O camisa 3 do Mengão começa a temporada 2025 como um dos pilares defensivos
Treinador começou o ano de 2024 de forma convincente, mas teve uma grande queda de desempenho e acabou demitido após eliminação do Mengão na Libertadores
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0A saída de Tite do comando do Flamengo no final de setembro continua repercutindo, especialmente após o crescimento do time sob o comando de Filipe Luís, que culminou em títulos e na evolução do desempenho. Para a jornalista Daniela Boaventura, da ESPN, o principal erro do treinador foi impor seu modelo de jogo sem levar em conta as características dos jogadores e a expectativa do torcedor rubro-negro.
Análise do trabalho de Tite
Em participação no podcast Barbacast, no YouTube, Daniela foi enfática ao classificar o trabalho de Tite no Flamengo como muito ruim. Ela apontou dificuldade em encontrar pontos positivos e destacou que até mesmo a tentativa de usar Léo Ortiz como volante, inicialmente vista como uma inovação, revelou-se um erro, já que o defensor se destacou jogando em sua posição original na zaga com Filipe Luís.
"Eu acho que foi um trabalho ruim. Não consigo achar ponto positivo. Botou o Léo Ortiz de volante e funcionou muito bem. Funcionou, mas não funciona melhor de zagueiro? Tá funcionando, né? Então, assim, foram feitas escolhas ruins. [...] O ambiente não era bom. Chegou num final ali muito desgastado, que os jogadores falavam mais com o Matheus do que com o Tite", comentou Daniela.
Erro de estilo de jogo
Para a jornalista, o maior equívoco de Tite foi insistir em um modelo de jogo físico, com menos foco em posse de bola e domínio do adversário, algo que vai contra o estilo característico do Flamengo. Ela afirma que essa abordagem não levou em consideração a identidade do clube nem as qualidades do elenco, prejudicando a conexão com jogadores e torcida.
"Quando ele chega e coloca o Flamengo para jogar no molde dele, sem observar o que cada jogador tem a oferecer, para mim é um erro grave. Gravíssimo", afirmou.
Daniela comparou a postura de Tite à de outros treinadores, como Fernando Diniz, que, em alguns momentos, também teria forçado seu estilo em equipes.
Impacto no elenco
Segundo a análise, a insistência de Tite desmotivou os jogadores, mesmo sem intenção de "derrubar" o treinador. Daniela usou uma analogia com o jornalismo para ilustrar como a falta de identificação com o estilo de trabalho pode afetar o rendimento:
"Se trabalho com você, e todo dia você fala: 'Dani, vamos fazer o programa gravado?' Eu falo, pô, mas sou boa no ao vivo. [...] Dez dias depois já tô rendendo menos. [...] Eu acho que isso é humano, sabe? Não tô dizendo que algum jogador tentou derrubar o Tite, não é isso. Mas houve uma desmotivação geral ali."
A jornalista conclui que o trabalho de Tite no Flamengo foi "muito ruim" e destacou a falta de adaptação do técnico às características do clube e do elenco como o principal motivo para o fracasso de sua passagem.
Mengão faz parte do grupo que criou a Libra junto de Palmeiras e São Paulo e uma competição organizada pelos clubes parece cada vez mais distante
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0O presidente eleito do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), destacou a importância da união entre os clubes para o fortalecimento do futebol brasileiro. Em entrevista ao BandSports, Bap usou o provérbio “Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá em grupo” para enfatizar a necessidade de articulação entre os times e chamou atenção para o baixo valor gerado pelo esporte no país.
"Eu trabalhei com televisão por assinatura e eu vim da época em que a HBO brigava com o Telecine por venda (no segmento de filmes). ‘Não bota o canal dele do lado do meu’. Então, você tinha um canal de esporte junto de um canal de notícia, e o cara tinha que ficar descobrindo. A gente botou os canais arrumados, de acordo com o que o cliente queria e começaram a promover HBO e Telecine juntos. O que os caras cresceram passou de 10% por ano para 110%", disse Bap.
“Não era um ou outro. Era um e outro. O poder da associação é muito mais forte do que você tentar ir sozinho. Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá em grupo. Os clubes brasileiros têm que querer ir em grupo. Isso é um desafio. Eu não posso querer por você. Somos adversários, mas fora devemos ser amigos”, acrescentou o novo presidente do Flamengo, relembrando os tempos em que foi presidente da Sky, TV por assinatura.
Futebol brasileiro vale menos do que deveria
Segundo Bap, o futebol brasileiro movimenta 2 bilhões de euros por ano (cerca de R$ 12 bilhões na cotação atual). Para ele, esse valor não condiz com a popularidade do esporte no país.
“Se você olhar o tamanho do futebol brasileiro, ele inteiro, tem tamanho de 2 bilhões de euros por ano. Isso é ridículo, pelo tamanho da paixão brasileira. Isso turbinado pelas bets. Se não fossem as bets, os números seriam bem menores. Talvez as bets estejam colocando 500 milhões de euros no futebol por ano. É pouco dinheiro. Os clubes têm que trabalhar para o bolo crescer”, explicou Bap.
“Enquanto ficar nessa história de ‘jogo do rouba o monte’, um tentando pegar o pedaço do outro, você vai ter uma briga fratricida. E isso acaba se refletindo nas relações e afeta você ter uma liga. Então, eu sou absolutamente favorável ao conceito da liga. Entendo que estamos um pouco distantes ainda porque depende da atitude de cada clube, no sentido de entender a dor do outro, de trabalhar de maneira integrada e nós não trabalhamos”, concluiu o presidente do Flamengo.
Divisão entre ligas: Libra e Liga Forte União
Atualmente, os clubes brasileiros estão divididos entre dois grandes blocos:
Libra (Liga do Futebol Brasileiro): inclui Flamengo, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos e Vitória.
Liga Forte União: composta por Botafogo, Corinthians, Fortaleza, Cruzeiro, Internacional, Vasco, Juventude, Fluminense, Mirassol, Sport e Ceará.
Essa divisão tem impacto direto nas transmissões do Brasileirão a partir de 2025. Na televisão aberta, por exemplo:
TV Globo terá os direitos dos jogos envolvendo clubes da Libra.
Record ficará com os confrontos da Liga Forte União.
Bap acredita que a fragmentação prejudica a maximização dos ganhos financeiros e a valorização do futebol como produto. A solução, segundo ele, seria os clubes buscarem maior coesão, tal como ocorre em outras ligas internacionais.