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Erros de arbitragem sempre aconteceram e na história do futebol mundial, vários clubes ja se sentiram lesados por árbitros. Aqui no Brasil, não é diferente e para isso, o VAR chegou como uma espécie de "solução" para os erros do pessoal do apito. Entretanto, é unânime entre clubes, treinadore, jogadores e dirigentes, que o VAR Brasileiro está abaixo do que se é visto em outros polos do futebol.
O problema do VAR brasileiro é de conceito e treinamento, e não de tecnologia, afirmou o ex-árbitro Renato Marsiglia, em participação no De Primeira.
Segundo Marsiglia, o VAR da CBF peca pelo excesso de intervencionismo no trabalho do juiz de campo. O ex-árbitro explicou que a ferramenta foi concebida para corrigir lances factuais e indiscutíveis, mas vem sendo utilizado para "reapitar" as partidas.
"O que a gente vê é que lá [no futebol europeu], eles interferem muito menos, mas aí não é uma questão de tecnologia, é muito mais uma questão de conceito, de treinamento. De quando que você deve interferir, de quando você deve sustentar a decisão de campo do árbitro, de quando você não deve entrar em questões que são de interpretação, tudo é questão de conceito", disse o ex-árbitro.
"A questão do VAR está entre a cadeira e o equipamento: tem a mão humana. E aqui o VAR interfere demais, ele interfere em questões de interpretação. Ele não foi criado para isso, mas para aqueles lances claros, óbvios, inquestionáveis, que a ética repudia e que até o torcedor da equipe prejudicada concorda. Esse é o objetivo do VAR, mas ele se expandiu, talvez pela pressão da mídia, dos torcedores, da comissão técnica, dos clubes, e o VAR passou a reapitar o jogo no Brasil", finalizou Renato Marsiglia.
Volante retorna ao Ninho do Urubu para dar adeus a companheiros e funcionários após venda ao Zenit por 25 milhões de euros
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A despedida de Gerson do Flamengo teve seu último capítulo nesta terça-feira (8), com o jogador voltando ao Ninho do Urubu para se despedir de funcionários e companheiros de time. Negociado com o Zenit, da Rússia, pelo valor da multa rescisória de 25 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões), o volante não deu entrevistas e optou por um adeus discreto, sem declarações públicas até o momento.
Gerson chegou pela manhã ao CT do Flamengo e acompanhou parte da atividade no campo. De acordo com imagens divulgadas pela FlaTV, o jogador conversou com colegas de elenco, recolheu seus pertences e deixou o local sem atender a imprensa. O clube também evitou maiores manifestações, emitindo apenas uma nota curta confirmando a saída.
O adeus, marcado pelo distanciamento, contrastou com a relação construída com o torcedor desde 2019, quando o camisa 8 chegou pela primeira vez ao clube vindo da Roma. Até agora, Gerson também não publicou nenhuma mensagem nas redes sociais. Nos bastidores, a saída foi tratada como inevitável após o pagamento integral da multa contratual.
No entanto, a ausência de uma despedida pública e o silêncio nas redes sociais reforçam o clima frio da transferência. A postura pode estar ligada à reação negativa de parte da torcida rubro-negra, que não recebeu bem o retorno do jogador à Europa, especialmente em meio a uma temporada em curso e após assumir a braçadeira de capitão.
Antes da passagem pelo Ninho, Gerson organizou uma confraternização particular no fim de semana. O evento contou com a presença de companheiros de elenco e amigos próximos. Arrascaeta foi um dos que prestaram homenagens ao camisa 8, que preferiu não abrir o encontro à imprensa. Agora ex-capitão do Flamengo, Gerson embarca para São Petersburgo, sede do Zenit, para iniciar a terceira etapa da sua carreira internacional. O clube russo foi direto ao executar a cláusula de rescisão e não abriu margem para negociação, o que tirou o Flamengo do processo. O volante vai assinar contrato válido por cinco temporadas.
Após voltar dos Estados Unidos, onde disputou a Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo já foca totalmente no Campeonato Brasileiro
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De volta ao Brasil após a participação na Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo virou a chave para as competições nacionais. A eliminação nas oitavas de final, com derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique, não abalou o elenco rubro-negro. Pelo contrário: serviu como combustível para o restante do ano, segundo o zagueiro Léo Pereira.
Léo Pereira sobre o momento do Flamengo: “A gente volta de uma competição de nível mundial, muito mais fortes, nos elevou”
O Rubro-Negro encerrou a fase de grupos do torneio internacional com dois triunfos e um empate. Venceu o Espérance-TUN e o Chelsea nas duas primeiras rodadas, e empatou com o Los Angeles FC já classificado na liderança do grupo. Apesar disso, o sorteio das oitavas colocou o Flamengo no caminho do lado mais difícil da chave. O adversário foi o Bayern de Munique, que venceu por 4 a 2 aproveitando um início sonolento do time brasileiro.
A eliminação não apagou o desempenho consistente nas primeiras rodadas. Para o elenco, a partida contra o Bayern serviu como alerta e oportunidade de crescimento. Léo Pereira enfatizou a importância de disputar partidas de alto nível como preparação para os desafios que virão. “Sabemos que ainda temos muito o que melhorar, mas essa experiência nos deu um padrão competitivo ainda mais elevado”, disse o defensor.
Com a eliminação precoce, o Flamengo ganhou um “reforço” importante: mais tempo para treinar. O elenco recebeu folga da diretoria logo após o retorno ao Brasil, e se reapresentou no fim da última semana no Ninho do Urubu. Essa janela sem jogos é vista internamente como uma das maiores oportunidades para ajustes e aprimoramentos. “Esses dias de preparação foram ótimos para aprimorar e arrumar detalhes”, avaliou Léo Pereira.
O discurso de Léo Pereira tem ecoado entre os demais jogadores e membros da comissão técnica. Há a percepção de que o Flamengo está em evolução, com boas perspectivas no Campeonato Brasileiro e nas demais competições. “A gente volta de uma competição de nível mundial, muito mais fortes, nos elevou".
O jogador foi campeão no mundo árabe e o Flamengo chegou a monitorar suas intenções antes do Mundial de Clubes da Fifa, mas nada avançou
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Assim como o Flamengo, o Botafogo está ativo na janela e reabriu conversas pela contratação do atacante Roberto Firmino, de 33 anos e que atua pelo Al-Ahli, da Arábia Saudita. A informação é do jornalista Jorge Nicola em seu canal no YouTube nesta terça-feira.
De acordo com Nicola, o alvinegro tem dois grandes trunfos: o primeiro é a falta de propostas da Europa para o atacante, e o segundo a presença de Davide Ancelotti, já que um sucesso no Botafogo poderia ajudá-lo num retorno à Seleção Brasileira, comandada pelo pai do técnico alvinegro, Carlo Ancelotti.
Por outro lado, a questão financeira é o principal empecilho. Firmino ganha salários de cerca de R$ 10 milhões por mês na Arábia Saudita, e é provável também que o Al-Ahli peça uma boa compensação financeira para liberá-lo, pois o contrato do atacante vai até junho de 2026.
FLAMENGO CHEGOU A MONITORAR FIRMINO
O rubro-negro ficou observando de perto o futuro do atacante antes do mundial de clubes. O atacante era considerado um atleta com características que agradavam ao técnico Filipe Luís. A experiência internacional e o estilo de jogo do centroavante eram vistos como pontos positivos para um possível encaixe no elenco rubro-negro.
Em suma, Roberto Firmino tem a intenção de deixar o futebol saudita. Na última temporada pelo Al-Ahli, o atacante brasileiro marcou 12 gols – dois deles na final da Liga dos Campeões da Ásia, na conquista do título sobre o Kawasaki Frontale – e deu 10 assistências em 31 jogos.