FLAMENGO NÃO DEVERÁ CHEGAR A UM ACORDO POR SHOLA: ATACANTE TEM CONTRATO ATÉ O MEIO DO ANO

A eliminação do Flamengo na Libertadores, diante do Peñarol fora de casa, intensificou a pressão sobre Tite. No entanto, além das críticas ao treinador, outros nomes têm sido apontados por torcedores e jornalistas. Mauro Cezar Pereira, por exemplo, criticou duramente Arrascaeta e Nico de la Cruz.

Mauro não apenas questionou o comportamento de Arrascaeta, mas também seu desempenho nos últimos anos, sugerindo que o uruguaio não tem jogado seu melhor futebol. Ele até fez um trocadilho com o nome do jogador. Além disso, o jornalista mencionou De La Cruz, questionando a forma física do ex-jogador do River Plate.

“Arrascaeta, há anos, se arrasta. Talvez o Lil Gabi até pudesse fazer umas rimas com isso. Arrasca se arrasta. E o De La Cruz parece que está pregado na cruz. Também se arrasta, nunca está em forma. O que acontece? Quem questiona? Parece que ninguém”, disse Mauro Cezar Pereira no Posse de Bola, do UOL.

Vale lembrar que tanto Arrascaeta quanto De La Cruz jogaram em território familiar. A eliminação do Flamengo ocorreu no Uruguai, e o camisa 14, inclusive, nunca escondeu que é torcedor do Peñarol desde a infância.

Mesmo destacando os desempenhos de Arrascaeta e De La Cruz, Mauro Cezar Pereira também responsabilizou Tite pela eliminação. O jornalista apontou que o técnico é frequentemente o principal alvo das críticas, mas também mencionou a diretoria do Flamengo como parte do problema.

“O Tite é o grande responsável da Libertadores, mas esse pacote tem muitos personagens. Se mais uma vez, apenas cortarem a cabeça do técnico, sem fazer cobranças veementes aos jogadores, já que os dirigentes não fazem… O Tite é um dos responsáveis, mas isso acontece há anos com vários treinadores. Os jogadores sempre passam em branco. Falta cobrança”, afirmou MCP.

Por fim, Mauro criticou a postura adotada por Tite durante o jogo, afirmando que faltou "sangue nos olhos" para buscar a vitória em Montevidéu.

“Envolve muito o técnico que é esse perfil bom moço. Ontem era para jogar com a faca entre os dentes, sangue nos olhos e porrada. É assim que se joga um jogo desses de finalização. Não finaliza. Falta isso, chegar junto, ser intenso. Esse time não é assim”, concluiu.

O Flamengo foi eliminado da Libertadores pelo Peñarol, na última quinta-feira, em Montevidéu. O Rubro-Negro não conseguiu sair do 0 a 0 e não conseguiu reverter a vantagem que os uruguaios conquistaram no Maracanã. Em uma publicação nas redes sociais, Arrascaeta lamentou a queda na competição e expressou seu amor pelo clube carioca.

“Desde criança sempre sonhei com jogar e ganhar a Libertadores. Esse sonho que parecia impossível foi realizado, mas para chegar até lá foi muito trabalho e muita luta. Na verdade, sempre tive que lutar para conseguir tudo que eu tenho. Desde criança é isso o que meus pais me ensinaram, amor próprio, humildade e gratidão. Mas quando as coisas não acontecem do jeito que a gente quer, e se coloca em dúvida o teu caráter, o único caminho que temos é mostrar o nosso valor. Eu sempre falo: ou tu é Flamengo ou tu é contra o Flamengo. E eu escolhi ser. E será desse jeito até o meu último dia no clube. Obrigado a todos pelo apoio nesse momento difícil”, escreveu o craque uruguaio.

O desabafo do uruguaio também está ligado às recentes críticas que circularam nas redes sociais. Na infância, Arrascaeta era torcedor do Peñarol e, desde que chegou ao Flamengo, nunca escondeu seu desejo de defender o clube.

Arrascaeta foi apenas o terceiro jogador a se pronunciar após a eliminação. Logo após o apito final, Fabrício Bruno conversou com a imprensa. Rossi também participou da coletiva ao lado do técnico Tite. Na zona mista do Campeón del Siglo, nenhum atleta parou para dar entrevista.

O meia foi um dos jogadores mais criticados devido ao seu desempenho na partida diante do Peñarol. A forma física abaixo do esperado para este momento da temporada e o desempenho técnico aquém daquilo que Arrascaeta já demonstrou no Flamengo foram os principais alvos de comentários por parte dos rubro-negros.

O trabalho de Filipe Luís como treinador tem sido acompanhado de perto pela torcida e pela diretoria do Flamengo, que veem no ex-jogador um potencial futuro técnico para categorias superiores do clube. Sua experiência como jogador profissional e a forma como transmite esse conhecimento para os jovens têm sido elogiadas, mas resultados concretos são necessários para consolidar sua imagem como um treinador promissor. A classificação para a final do Carioca Sub-20 é vista como um passo fundamental nesse processo.

O Boavista, por outro lado, chega ao confronto com menos pressão, mas disposto a surpreender. A equipe de Saquarema já mostrou sua capacidade ao buscar o empate no primeiro jogo e promete dificultar a vida dos Crias do Ninho na Gávea. A estratégia deve ser semelhante à utilizada no jogo de ida: compactação defensiva e saídas rápidas para o ataque. Caso consiga segurar o Flamengo nos primeiros minutos e se manter organizado defensivamente, o Boavista pode crescer na partida e tentar explorar algum erro rubro-negro para buscar a classificação.

Com isso, o Flamengo precisa de atenção redobrada, principalmente nos momentos em que estiver com a bola. Evitar erros de passe e manter a concentração durante toda a partida serão pontos-chave para não dar chances ao adversário. Jogadores como Caio Garcia e Rayan Lucas, que comandam o meio-campo, terão papel essencial na distribuição das jogadas e no controle do ritmo do jogo. Já no ataque, a expectativa está em cima de Felipe Teresa e Rafael Couto, que precisam ser mais efetivos para transformar as oportunidades em gols e evitar uma decisão nos últimos minutos.

Se o Flamengo conseguir superar o Boavista e garantir a vaga na final, enfrentará um adversário de peso, seja o Vasco ou o Fluminense. Ambos os times têm tradição no futebol de base e sempre complicam a vida do Rubro-Negro em confrontos decisivos. Por isso, além de focar no duelo desta quinta-feira, Filipe Luís e sua equipe também precisam começar a planejar possíveis ajustes para a final. O Vasco, por exemplo, tem um ataque veloz e uma defesa sólida, enquanto o Fluminense é conhecido por seu toque de bola e capacidade de controlar o jogo.