Flamengo recusa atacante ex-Bayern - afirma jornalista

O Flamengo está sob nova gestão após a eleição de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, como presidente do clube. Antes mesmo de vencer o pleito, Bap iniciou conversas com Jorge Jesus, deixando em aberto a possibilidade de um retorno do técnico português ao Mais Querido, dependendo do desempenho de Filipe Luís no comando técnico.

A relação entre Jorge Jesus e o ex-presidente Rodolfo Landim havia se desgastado desde a saída do treinador em 2020. No entanto, com a chegada de Bap, os laços entre o técnico e o Flamengo parecem estar sendo restabelecidos. O presidente eleito mantém contato frequente com o português, o que reacende as especulações sobre um possível retorno do "Mister".

CONVERSAS CONFIRMADAS

Em uma breve coletiva antes de sua posse, Bap admitiu ter dialogado com Jorge Jesus sobre a reestruturação do futebol do Flamengo. Contudo, segundo informações do jornalista Diogo Dantas, as discussões nos bastidores foram além de simples alinhamentos estratégicos.

Bap também foi questionado se Jorge Jesus teria influenciado na escolha de José Boto para o cargo de diretor de futebol do clube. O presidente confirmou as conversas com o treinador, mas negou qualquer indicação direta do português sobre a contratação do dirigente.

Ainda assim, Jorge Jesus figura nos planos futuros de Bap para o Flamengo. Com contrato com o Al Hilal (SAU) até meados de 2025, o técnico poderá estar disponível para negociar um retorno, caso a gestão considere necessário.

CONEXÃO COM BOTO E FILIPE LUÍS

A relação de Jorge Jesus com figuras-chave do Flamengo reforça os rumores. O técnico é amigo de José Boto, com quem trabalhou no Benfica (POR) e que agora integra a diretoria do clube carioca. Além disso, Filipe Luís, atual técnico do Flamengo, sempre demonstrou grande admiração pelo Mister, que o comandou entre 2019 e 2020, período marcado por conquistas históricas para o clube.

Com tantas conexões e a nova gestão em busca de fortalecer o Flamengo, o futuro de Jorge Jesus no Rubro-Negro permanece em aberto, dependendo de como os próximos capítulos da temporada de 2025 se desenrolarão.

O mercado da bola segue movimentado, e um dos nomes disponíveis para transferência é o de Rodrigo Caio. Multicampeão pelo Flamengo e contratado pelo Grêmio em junho de 2024, o zagueiro estará livre para assinar com qualquer clube a partir de 31 de dezembro deste ano.

TRAJETÓRIA NO GRÊMIO

Após deixar o Flamengo em dezembro de 2023, Rodrigo Caio passou alguns meses sem clube até ser anunciado pelo Grêmio no dia 3 de junho de 2024. O contrato foi baseado em cláusulas de produtividade e incluía metas que poderiam garantir uma renovação até o final de 2025.

No entanto, o zagueiro teve poucas oportunidades sob o comando de Renato Gaúcho. Durante sua passagem pelo clube gaúcho, ele participou de apenas sete partidas: cinco pelo Campeonato Brasileiro e duas pela Copa FGF, torneio organizado para manter os times gaúchos ativos no segundo semestre. Com o contrato chegando ao fim, Rodrigo Caio pode negociar com outra equipe sem custos.

GLÓRIAS NO FLAMENGO

Antes de vestir a camisa do Grêmio, Rodrigo Caio foi peça fundamental no Flamengo entre 2019 e 2023, período em que viveu um dos momentos mais vitoriosos de sua carreira.

Logo em sua primeira temporada no Rubro-Negro, o zagueiro conquistou duas vezes a Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro, além do Campeonato Carioca de 2019. Ao longo de sua passagem pela Gávea, ainda ergueu outros títulos importantes:

Copa do Brasil (2022)

Supercopa do Brasil (2020, 2021)

Recopa Sul-Americana (2020)

Campeonatos Cariocas (2020, 2021)

Com sua experiência e histórico de conquistas, Rodrigo Caio pode ser uma opção interessante para clubes que buscam reforçar o setor defensivo.

O novo estádio do Flamengo ainda vai gerar muito debate dentro e fora do clube. Depois da eleição, a gestão de Bap terá a missão de tirar do papel a construção no terreno do Gasômetro. O processo de compra, porém, gerou ameaças a alguns conselheiros e ainda levanta dúvidas internamente.

"Compramos o terreno. Foi um processo muito acelerado, era uma votação em que estávamos amarrados. Não tinha como votar contra porque é o sonho da Nação. Mas pouquíssimas pessoas tinham conhecimento melhor daquilo tudo. Nós tínhamos pouca informação", disse Ricardo Lomba, presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo.

Entendendo o assunto

Uma das reclamações nos últimos meses foi a falta de detalhes sobre a construção do estádio. Conselheiros, sócios e candidatos do Fla tiveram acesso a praticamente nenhum documento explicando como a diretoria liderada por Rodolfo Landim pretendia pagar para subir a arena.

Presidente do Conselho Deliberativo eleito para o triênio, Ricardo Lomba disse que ainda faltam muitas etapas. O que passou por votação dos conselheiros até o momento foi somente a compra do terreno. Depois, Landim mandou convites para apresentar os primeiros detalhes do projeto pensado pouco antes da eleição.

"O que temos de concreto de estádio? Nesse período eleitoral recebi convites para conhecer o plano do estádio da chapa que foi derrotada, mas não há um projeto, não há uma coisa concreta para vermos que já existe um estudo de solo, descontaminação, uma série de informações que eu não tenho conhecimento. Tudo será discutido. Como estão as licenças? Como vamos trabalhar em cima do cronograma do edital? Quais as receitas para ficar de pé? Tem muita coisa para ser discutida, um caminho extenso de muitas questões no Conselho Deliberativo para que isso tudo avance"

Vários conselheiros foram ameaçados na votação para a compra do terreno. Foram 602 a favor e 33 contra, além de quatro abstenções. Fora da sede da Gávea, uma das faixas estendidas por torcedores de organizadas presentes dizia: "Quem é contra o estádio é contra a Nação".

Durante o processo eleitoral, a situação disse que divulgaria os nomes dos 33 conselheiros que votaram contra. Além disso, o tema foi levantado várias vezes nos debates, especialmente para atacar Bap.

"A gente não pode sofrer perseguição ou qualquer tipo de intimidação em função do voto que eu pretendo fazer. Se voto para o lado A e a diretoria quer o lado B, sou perseguido de alguma forma. Isso não é democracia, é um absurdo e que tem que ser rejeitado. Acho que houve, no mínimo, uma falta de habilidade na condução disso tudo. Chegou-se até a falar de divulgar o nome dos 33 "traidores da Nação" que votaram contra o estádio. Não é uma forma correta de agir. Foram muitas mensagens dizendo que quem votasse contra estaria votando contra o Flamengo. Isso é jogar baixo. A questão política do município coincidiu com a do Flamengo e virou uma bola de neve para acelerar a votação e induzir bastante o conselheiro a votar 'sim'. Acho que a gente tinha que comprar o terreno, mas todos ficariam mais confiantes e tranquilos se tivessem mais tempo para analisar, fazer perguntas. Todos nós estamos com uma pulga atrás da orelha"