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O Flamengo é o grande favorito ao título do Campeonato Carioca. No entanto, mantém cautela ao enfrentar a grande "zebra" da competição: o Nova Iguaçu. Antes da primeira partida, os jogadores rubro - negros reforçaram o pedido de "respeito" ao adversário e para a equipe não perder a concentração. Gerson, Tite e Arrascaeta destacaram a importância da decisão para o grupo.
“Eles eliminaram o time que a gente empatou (Vasco). Então, concentra. Vai ser difícil para c… o jogo. Eles têm méritos. Não há melhor maneira de respeitar o adversário do que jogar como o Flamengo. Entra focado no jogo”, disse Gerson, que esteve nos vestiários, mesmo sem ter condições de jogo.
"O maior respeito é pelo nosso trabalho. O maior respeito é pelo que a gente fez aqui desde o dia 08 para chegar até aqui. A gente quer merecer mais que o adversário. Cada um sabe o quanto de trabalho teve para chegar até aqui. Bom trabalho, bom jogo. Fazer por merecer", destacou o treinador.
ARRASCAETA PEDE ATENÇÃO AO TIME
Após as palavras de Gerson e Tite, Arrascaeta também pediu para dar uma palavra ao elenco. O craque citou seus companheiros De La Cruz e Viña, que buscam o primeiro título com o Manto Sagrado. Além disso, o meia exigiu atitude para a equipe.
"Todo mundo que está aqui quer ser campeão, quer ser campeão pelo Flamengo. O Nico (De La Cruz) veio aqui com essa motivação de ser campeão, o Viña também, todos que chegaram aqui. Então, a gente se lamenta depois que as coisas acontecem. Não podemos deixar isso acontecer. Temos que prever tudo isso, temos que ganhar esse jogo e jogar como uma final", concluiu Arrascaeta.
FLAMENGO CONSEGUE BOA VANTAGEM
Dessa forma, parece que as palavras de Gerson, Arrascaeta e Tite antes de a bola rolar surtiu efeito. Isso porque, o Mais Querido conseguiu uma boa vantagem sobre o Nova Iguaçu, com 3 gols de diferença. Assim, o Rubro Negro pode perder por dois tentos no próximo domingo (7) para ficar com mais um título carioca.
Diretor de futebol do Rubro-Negro fala sobre a experiência no clube e destaca profissionalismo da delegação na disputa do Mundial de Clubes
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Seis meses depois de desembarcar no Rio de Janeiro para iniciar sua trajetória no Flamengo, José Boto parece ainda se surpreender com o que o futebol brasileiro é capaz de proporcionar. Apesar da longa experiência acumulada em clubes europeus como Benfica e Shakhtar Donetsk, o dirigente revelou que, no Brasil, tem vivido situações inéditas na carreira.
José Boto sobre o Aerofla: "Experimentei coisas que nunca vi na minha carreira."
A principal delas aconteceu no embarque para os Estados Unidos, onde o clube disputa a Copa do Mundo de Clubes. A torcida organizou uma grande festa no aeroporto, com direito a bandeirões, cantos e escolta de ônibus até o terminal. O evento, já tradicional entre os rubro-negros, emocionou o português.
“Apesar de meus 40 anos de futebol, nestes seis meses de Brasil, experimentei coisas que nunca vi na minha carreira. Uma foi em São Luís, outra foi a de ontem. São coisas que só vivendo, só passando por elas. Se eu contar na Europa que isso existe, ninguém acredita. Estar dentro daquele ônibus é um combustível para todos nós”, contou Boto.
O dirigente deixou claro que, mesmo com todo o currículo que traz da Europa, ainda encontra no Brasil nuances únicas do futebol. Para ele, o envolvimento emocional do torcedor com o clube é algo que ultrapassa qualquer previsão de quem está chegando de fora. Além da emoção causada pela torcida, Boto também falou sobre a estrutura do clube na viagem ao exterior.
Segundo ele, o Flamengo montou uma delegação altamente profissional para a disputa do torneio, sem espaço para figuras amadoras na organização. “Você tem que separar o Flamengo no futebol e o Flamengo institucional. No futebol, no topo da hierarquia, estou eu. Todos que estão aqui são profissionais. Não existe nenhum vice-presidente”, afirmou, deixando clara a organização técnica adotada pelo clube para o torneio.
A delegação que representa o clube nos EUA é composta por 78 pessoas, incluindo atletas, membros da comissão técnica e profissionais de vários setores
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Muito além das quatro linhas, o Clube de Regatas do Flamengo leva à primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA uma estrutura que reflete o compromisso com a excelência e o profissionalismo que norteiam o dia a dia do futebol rubro-negro.
A delegação que representa o clube nos Estados Unidos é composta por 78 pessoas, incluindo atletas, membros da comissão técnica e profissionais dos mais diversos setores. Os improvisos ficam só para os craques, dentro de campo. Fora dele, não há espaço para amadorismo: todos os integrantes da comitiva fazem parte do quadro profissional do Flamengo, sem a presença de dirigentes amadores na rotina da equipe.
A preparação logística da viagem começou com antecedência e envolveu um trabalho minucioso de planejamento. O gerente Gabriel Skinner realizou três visitas técnicas presenciais nos Estados Unidos para mapear hotéis, centros de treinamento e rotas de deslocamento. Cada detalhe foi cuidadosamente estudado para assegurar o conforto, a segurança e a produtividade da equipe.
Foram mais de 3 toneladas de equipamentos transportadas do Brasil, contemplando materiais esportivos, itens de recuperação, tecnologia de análise de desempenho, comunicação e infraestrutura de trabalho. A rouparia do clube, por exemplo, embarcou com mais de 150 pares de chuteiras e mais de mil camisas de jogo, garantindo que nada falte aos atletas ao longo da competição.
Na fase inicial do torneio, o Flamengo ficará hospedado em três diferentes cidades: Atlantic City (Hotel Sheraton), Filadélfia (The Westin) e Orlando (Celeste Hotel). Cada deslocamento foi previamente calculado para minimizar impactos na rotina dos jogadores e da comissão técnica.
Outro aspecto que reforça o caráter global e plural da equipe está na diversidade de nacionalidades presentes na delegação. São 10 nacionalidades diferentes entre jogadores, membros da comissão e staff, evidenciando o perfil internacional que marca o atual momento do Flamengo.
Mais do que disputar um título inédito, o clube encara a Copa do Mundo de Clubes da FIFA como uma oportunidade para apresentar ao mundo o nível de profissionalismo que sustenta o seu projeto esportivo. Um time competitivo em campo começa com uma base sólida nos bastidores.
O diretor concedeu entrevista coletiva direto do hotel rubro-negro nos Estados Unidos, onde o clube se prepara para o mundial de clubes da FIFA
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Ele é jogador do Flamengo e está motivado para jogar o mundial, disse José Boto
Boto respondeu logo de cara sobre a situação do volante, que deve se transferir para o Zenit da Rússia após o torneio. Nesse sentido, o diretor de futebol foi enfático ao exclarecer que Gerson ainda é jogador do Flamengo e que só sai mediante pagamento da multa.
"O Gerson é jogador do Flamengo, profissional do Flamengo, com todos os direitos e deveres. Não existe qualquer tipo de negociação nossa com outro clube. Qualquer negociação é rejeitada. Qualquer clube que queira o Gerson sabe o que tem que fazer. Não podemos tomar decisão com base em achismos. Ele é jogador do Flamengo. Está motivado para jogar o Mundial. Se vai jogar ou não, é decisão do técnico. Ele está aqui como os outros 30 que estão aqui", disse Boto.
A delegação rubro-negra nos Estados Unidos conta com 31 jogadores, mas só 29 vieram no voo fretado do Rio de Janeiro. Os outros dois, Matheus Gonçalves e João Victor, estavam no Egito com a seleção brasileira sub-20 e foram direto para o país.
Em suma, o Flamengo treina nesta quinta, às 18h (horário de Brasília) na Stockton University. O primeiro jogo do rubro-negro carioca acontece no próximo dia 16, às 22h, contra o Espérance, da Tunísia, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.