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Em meio ao momento de instabilidade do Flamengo, com atuações irregulares e críticas crescentes da torcida, o ídolo rubro-negro Maestro Júnior fez uma análise contundente sobre as recentes escolhas do técnico Filipe Luís. Para o ex-jogador e comentarista, a decisão de retirar Luiz Araújo do time titular foi um erro que custou o equilíbrio da equipe.

Maestro Júnior sobre saída de Luiz Araújo do time titular do Flamengo: "o time desequilibrou"

Durante o programa Seleção SporTV, Júnior destacou que a ausência do atacante afetou diretamente o dinamismo ofensivo do Flamengo, algo que, segundo ele, era fundamental para o bom desempenho do time.

“Desde que o Luiz Araújo saiu do time titular do Flamengo, o time desequilibrou. Ele tem um dinamismo que sumiu no time. Todos os outros fazem a mesma função, mas ele tem esse dinamismo. Nas melhores fases do Flamengo no Brasileirão, ele estava no time. Isso é fato”, afirmou o Maestro.

CRÍTICA TÁTICA E SURPRESA COM A MUDANÇA

Para Júnior, a alteração não é apenas uma questão de escolha individual, mas um erro tático que desestruturou o funcionamento coletivo da equipe. Ele lembra que Luiz Araújo vinha sendo uma peça importante no esquema de Filipe Luís e que sua retirada deixou o time previsível e menos veloz.

O ex-jogador, porém, ponderou que podem existir motivos internos que justifiquem a mudança, embora tenha expressado surpresa com a decisão: “A gente não está por dentro do dia a dia. Alguma razão deve ter para esse rapaz, que tem uma eficiência muito grande, ter saído do time titular”, observou Júnior.

NÚMEROS REFORÇAM IMPORTÂNCIA DE LUIZ ARAÚJO

Os dados da temporada confirmam o peso de Luiz Araújo no elenco. O atacante é o jogador de linha com mais partidas disputadas pelo Flamengo em 2025, com 51 jogos, sendo 25 como titular. Ele soma 11 gols e 9 assistências, ficando atrás apenas de Arrascaeta em participações diretas em gols.

Além disso, foi o autor do gol da última vitória rubro-negra, a virada por 2 a 1 sobre o Corinthians. Os números, somados à leitura tática do Maestro Júnior, reforçam o argumento de que a presença do camisa 7 é decisiva para manter o equilíbrio ofensivo e a intensidade que caracterizam o Flamengo em seus melhores momentos.

Livre no mercado desde sua saída do Flamengo, o técnico Tite pode estar próximo de um novo desafio internacional. O treinador é o principal alvo da Seleção da Venezuela, que busca um nome experiente para conduzir o próximo ciclo rumo à Copa do Mundo.

De acordo com informações do portal RTI Esporte, o capitão venezuelano Tomás Rincón, atualmente no Santos, tem atuado como intermediário nas conversas entre Tite e a Federação Venezuelana de Futebol (FVF). Rincón estaria promovendo uma aproximação direta entre o técnico e a entidade, com o auxílio de Matheus Bachi, filho de Tite.

Matheus, que trabalhou no Santos como auxiliar de Cléber Xavier, facilitou o contato entre as partes. O pedido para que Rincón participasse das tratativas partiu de Jorge Giménez, presidente da FVF, que vê em Tite o nome ideal para profissionalizar e fortalecer o projeto da seleção.

PROJETO E DESAFIOS DA VENEZUELA

O principal desafio de Giménez agora é apresentar um projeto técnico e financeiro sólido capaz de convencer Tite a aceitar o cargo. Além da estrutura e da autonomia no comando, o treinador deverá receber uma oferta salarial alta.

Na CBF, Tite ganhava cerca de R$ 20 milhões por ano, incluindo bônus e custos da comissão técnica, valores semelhantes aos recebidos em sua passagem pelo Flamengo. A federação venezuelana, portanto, precisará de um esforço financeiro considerável para viabilizar o acordo.

A PASSAGEM DE TITE PELO FLAMENGO

O último trabalho de Tite foi justamente no Flamengo, onde chegou para substituir Jorge Sampaoli e rapidamente conquistou o Campeonato Carioca de 2024, de forma invicta. No entanto, a trajetória no clube terminou de maneira amarga, com a eliminação nas oitavas de final da Libertadores diante do Peñarol.

Outro ponto que marcou negativamente sua passagem foi a goleada por 4 a 1 sofrida para o Botafogo, resultado que ampliou a pressão interna e encerrou o ciclo com críticas da torcida. Mesmo assim, o nome de Tite segue forte no cenário sul-americano, e o convite da Venezuela pode representar um novo recomeço na carreira do treinador.

O Flamengo realizou, nesta terça-feira (07), uma Assembleia voltada à discussão sobre o impasse com a Libra. Após o encontro, os presidentes dos poderes do clube manifestaram apoio formal à diretoria, em nota liderada por Sérgio Veiga Brito, presidente do Conselho dos Grandes Beneméritos.

Os dirigentes declararam apoio irrestrito às ações conduzidas por Luiz Eduardo Baptista (Bap), presidente do clube, reforçando o respaldo político às medidas adotadas pelo Conselho Diretor. O principal ponto de debate foi a divisão das cotas de TV, especialmente a transparência nos critérios de cálculo de audiência e repasse de receitas.

A diretoria do Flamengo tem cobrado maior clareza e justiça na distribuição das receitas do contrato entre a Libra e a Globo, alegando distorções nos parâmetros utilizados para mensurar o alcance de audiência. Segundo os presidentes dos conselhos, a disputa é “uma questão de reconhecimento de mercado e equidade”. A manifestação reforça a posição firme do clube no debate nacional e evidencia uma unidade política interna em torno do tema, fortalecendo a atuação do Flamengo nas negociações.

POR QUE O FLAMENGO CONTESTA A LIBRA?

De acordo com o ofício assinado pelos presidentes, o Flamengo busca um modelo mais justo de distribuição das receitas, sustentando que lidera todos os indicadores de torcida, engajamento e audiência no país. O clube entende que, por seu peso no cenário nacional, deve receber valores proporcionais à sua representatividade.

Os dirigentes elogiaram a postura da diretoria, destacando o caráter técnico, responsável e firme na condução do debate. Segundo o texto, o momento exige visão estratégica e compromisso com critérios auditáveis e objetivos, que assegurem equilíbrio entre as agremiações.

HÁ RISCO DE RUPTURA COM A LIBRA?

A nota também reforça que o Flamengo não busca confronto ou prejuízo a outros clubes, mas sim um modelo mais equilibrado e transparente. A reivindicação está centrada em justiça e isonomia na partilha dos valores, com base em dados concretos e análises técnicas.

A mobilização política interna mostra forte coesão institucional no clube, que mantém sua posição de forma transparente e embasada. O tema, no entanto, segue em debate dentro da Libra, com novas rodadas de negociação previstas para as próximas semanas.