José Trajano detona Tite e o time rubro-negro: "Nunca vi o Flamengo tão morto"

O fim da trajetória de Gabigol no Flamengo pode estar próximo. Com o término de seu contrato no final desta temporada, o camisa 99 parece estar se despedindo do Mengão, encerrando um ciclo vitorioso e marcante. Essa possível saída tem gerado reações, inclusive de ex-companheiros, como o zagueiro Léo Duarte, que jogou ao lado de Gabriel Barbosa no Rubro-Negro em 2019.

Léo Duarte, que foi companheiro de Gabigol durante a histórica temporada de 2019, destacou o impacto que a saída do atacante pode ter tanto para o clube quanto para os torcedores. Em entrevista à ESPN, o zagueiro afirmou que, embora deseje a permanência do artilheiro, reconhece que a saída pode aumentar ainda mais sua valorização.

"Como fã do futebol do Gabigol, eu gostaria muito que ele continuasse no Flamengo e se tornasse ainda mais ídolo do que já é. Mas sabemos que, muitas vezes, só reconhecemos plenamente o valor de um jogador quando ele sai. Acho que, se isso acontecer, ele será ainda mais valorizado pelo que fez no passado", comentou Léo.

Léo Duarte, que também conquistou títulos no Flamengo, ressaltou sua admiração por Gabigol, com quem dividiu o vestiário durante sete meses. O defensor enalteceu o talento do atacante e manifestou seu desejo de que ele permaneça no clube, embora tenha destacado não estar por dentro das negociações entre Gabigol e a diretoria.

"Ele tem experiência e sabe o que é melhor para sua carreira e futuro. Como alguém que já jogou ao lado dele e começou a carreira no Flamengo, eu espero que Gabigol continue no clube, conquiste mais títulos e cresça ainda mais. Mas não sei o que está acontecendo entre ele e a diretoria, então não posso opinar sobre isso", acrescentou o ex-zagueiro do clube.

Gabigol escreveu seu nome na história do Flamengo com gols decisivos, principalmente nas conquistas das Libertadores de 2019 e 2022, além de ter marcado na final de 2021. Esses feitos o colocam ao lado de ícones do clube, como Zico, ao ser um dos poucos jogadores a marcar em finais do torneio sul-americano pelo Mengão.

Nesta terça-feira (17), Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, concedeu uma entrevista exclusiva à TNT Sports, abordando a possível contratação de Lucas Paquetá durante a última janela de transferências. O meia, de 27 anos, foi alvo de especulações sobre um possível retorno ao Mais Querido, mas, segundo Landim, a operação está longe de ser simples.

Landim reconheceu que o CRF demonstrou interesse em Lucas Paquetá, atualmente no West Ham, mas destacou que qualquer negociação só seria possível em circunstâncias financeiras muito específicas. O dirigente relembrou o alto valor de mercado do atleta e explicou que isso inviabiliza um acordo no cenário atual.

"Sem dúvida, o Paquetá seria um jogador muito desejado pelo Flamengo. No entanto, ele estava prestes a ser negociado por 85 milhões de libras antes de um problema recente. Esse valor está completamente fora da realidade do clube, então somente em uma situação excepcional ele poderia vir", disse o presidente.

Lucas Paquetá foi vendido pelo Rubro-Negro ao Milan, da Itália, em 2018, por €35 milhões (R$135 milhões à época). A negociação foi uma das mais valiosas da história do clube, ficando atrás apenas da venda de Vinicius Jr. para o Real Madrid. Após passagens pelo Milan e pelo Lyon, o meia se tornou uma peça fundamental no West Ham, onde veste a camisa 10 e é considerado um dos principais jogadores do time inglês.

Atualmente com contrato até junho de 2027, o West Ham não tem intenção de liberar Paquetá para outro clube. Além disso, o jogador está sendo investigado pela Federação Inglesa por suposta fraude em apostas esportivas, o que pode complicar ainda mais qualquer tipo de negociação. O clube inglês, no entanto, está confiante de que o atleta será inocentado, o que tornaria a venda ainda mais difícil.

O processo eleitoral do Flamengo começou oficialmente no dia 31 de agosto, quando o Conselho de Administração do clube publicou a lista de eleitores aptos a votar na eleição deste ano. No último dia 10, abriu-se o prazo para o registro das chapas, que se estende até o dia 30 de setembro. Contudo, até o momento, oito dias após o início do período de inscrições, nem uma das seis pré-candidaturas anunciadas foi oficialmente inscrita.

Antes de mais nada, para registrar a chapa, o candidato precisa apresentar uma composição completa, totalizando 156 nomes, todos concorrentes. Além disso, a chapa deve conter os cargos de presidente, vice-presidente geral, presidente e vice-presidente da Assembleia Geral, 80 membros do Corpo Transitório do Conselho Deliberativo (CoDe), além de 72 integrantes do Conselho de Administração (CoAd).

Os membros que concorrem aos Conselhos Deliberativo e de Administração devem assinar um formulário de autorização para ter seus nomes incluídos na chapa. Essa exigência foi aprovada em reunião do CoDe no dia 8 de maio de 2023, junto com outras alterações no processo eleitoral.

Em resumo, um dos principais desafios enfrentados pelas chapas é a composição do Colégio Eleitoral. Isso porque, sos 6.124 sócios aptos a votar, mais de 50% são sócios proprietários, que não podem ser incluídos no Corpo Transitório do Conselho Deliberativo, onde apenas sócios das categorias Patrimonial, Laureado e Contribuintes, incluindo os Off-Rio, podem concorrer. Por outro lado, no Conselho de Administração, todas as categorias são permitidas, mas dois terços dos membros devem ser proprietários. O processo segue a ordem de inscrição da chapa, registro e homologação, que será realizada pelo CoAd até o dia 10 de novembro.

Pela segunda vez desde 2012, o Colégio Eleitoral do Flamengo encolheu. Em 2021, 6.886 sócios estavam aptos a votar, uma queda de 1.128 em comparação a 2018, quando o clube contava com 8.014 associados aptos. Neste ano, o número diminuiu para 6.124, embora ainda possa variar devido a pendências de pagamentos. Esse número se aproxima do patamar de 2012, quando 5.932 sócios tinham direito a voto.