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A novela envolvendo o nome de Bruno Henrique, um dos principais jogadores do Flamengo nos últimos anos, ganhou mais um capítulo nesta semana. A defesa do atleta pediu à Justiça que rejeite o pedido do MPDFT para que ele deposite uma fiança de R$ 2 milhões enquanto responde ao processo que investiga suposta manipulação de apostas esportivas.

MEDIDA DESPROPORCIONAL

O valor, considerado elevado pelos advogados, é visto como desproporcional e injustificado diante da postura colaborativa do jogador ao longo de toda a investigação. A petição foi apresentada na quarta-feira (12) e repercutiu fortemente nos bastidores jurídicos e esportivos. Bruno Henrique foi formalmente denunciado pelo Ministério Público na última terça-feira (11), acusado de provocar de forma intencional um cartão amarelo em benefício de apostadores.

UM NOVO MOVIMENTO PARA BRUNO HENRIQUE 

A acusação é baseada em investigações da Polícia Federal, que apontam o jogo entre Flamengo e Santos, em 2023, como o foco da ação. O pedido de fiança feito pelo MP tem como argumento a necessidade de garantir a presença de Bruno Henrique em atos processuais, além de evitar qualquer tipo de obstrução da Justiça e assegurar eventual ressarcimento por danos morais coletivos, caso haja condenação.

Segundo o MP, a quantia exigida está compatível com a realidade financeira do atleta e com a repercussão pública do caso. O órgão também cita o calendário do jogador com o Flamengo, que disputa quatro competições importantes em 2025, como possível fator de risco para adiamentos e ausências em audiências.

A defesa rebate com veemência. Em trecho da petição, os advogados afirmam que o atacante “jamais apresentou qualquer conduta que indicasse tentativa de se furtar ao regular andamento processual ou de resistir à atuação do Poder Judiciário”. Ainda segundo a defesa, a exigência da fiança é encarada como uma “punição antecipada”.

O Flamengo voltou a ser pauta no mercado da bola internacional. Desta vez, com a possibilidade de contratar um nome já conhecido da torcida brasileira: Arthur Melo. O meia, que surgiu com destaque no Grêmio e foi vendido ao Barcelona, teve seu nome apresentado à cúpula rubro-negra por seus empresários nos últimos dias.

Arthur, que acaba de encerrar um ciclo com o Girona, clube que defendeu na última temporada por empréstimo, não seguirá na equipe espanhola. De volta à Juventus, clube que detém seus direitos, o jogador também não faz parte dos planos da equipe italiana para 2025/26. Diante do cenário indefinido, seus representantes tentam recolocar o jogador em um projeto competitivo e com visibilidade.

UM NOVO NOME NA MESA DO FLAMENGO

E é aí que entra o Flamengo. Um dos clubes mais midiáticos e estruturados do Brasil, o Rubro-Negro surge como uma das alternativas interessantes no mercado. O diretor de futebol José Boto recebeu o nome de Arthur e iniciou uma análise interna sobre o possível reforço. De acordo com apuração do portal BolaVip, o nome agrada, mas a decisão não será tomada de forma apressada.

VALORES PODEM ESBARRAR 

Questões como custo-benefício, histórico físico e encaixe tático pesam nas conversas. Internamente, a chegada de Arthur Melo é vista como uma “oportunidade de mercado”. Sem custos de transferência e com possibilidade de adaptação salarial, o negócio poderia ser viável para o Flamengo desde que o jogador demonstre condições de corresponder dentro de campo.

A passagem de Arthur pelo Girona foi considerada positiva, embora o clube catalão tenha optado por não estender o vínculo. A expectativa era de uma valorização no mercado europeu, o que não se confirmou integralmente. Assim, a volta ao futebol sul-americano aparece como uma alternativa concreta para o atleta.

O Flamengo embarcou na noite de quarta-feira (11) para os Estados Unidos e já está no país norte-americano, onde disputará o novo formato do Mundial de Clubes da FIFA. O Rubro-Negro enfrentará Espérance, da Tunísia, Los Angeles FC, dos Estados Unidos, e Chelsea, da Inglaterra, na fase de grupos da competição.

Mas antes mesmo de a bola rolar, o clima nos bastidores ficou tenso. Durante o embarque no Aeroporto do Galeão, a torcida compareceu em peso ao tradicional “AeroFla”, que costuma ser marcado por festa e apoio. Desta vez, no entanto, o ambiente foi de cobrança e hostilidade direcionada a um nome específico: Gerson.

Craque Neto sobre a atitude da torcida com Gerson: “É um absurdo o que a torcida do Flamengo fez com o Gerson."

O meio-campista, que tem transferência acertada com o Zenit, da Rússia, foi chamado de “traidor” e “Judas” pelos torcedores. Em um dos protestos mais simbólicos, foram distribuídas notas falsas de R$ 3 com o rosto do jogador. Os gritos de "o Flamengo não precisa de você" dominaram o saguão do aeroporto.

VALORES ABSURDOS PARA A CONTRATAÇÃO

A reação negativa da torcida se deu após a confirmação de que Gerson aceitou a proposta do Zenit e vai deixar o Flamengo logo após o Mundial. Os russos pagarão 25 milhões de euros (cerca de R$ 145 milhões na cotação atual) pela contratação do atleta. A repercussão do protesto foi imediata e atingiu programas esportivos de TV.

O APRESENTADOR SE DESAPONTA COM A TORCIDA 

Craque Neto, apresentador do “Os Donos da Bola”, da Band, foi direto ao comentar a situação. “É um absurdo o que a torcida do Flamengo fez com o Gerson na saída para um torneio mundial. Isso não é torcer para o time. É não estar ligado com o time”, afirmou o ex-jogador. Neto foi além nas críticas e comparou o comportamento da torcida a ações de milícia: “O que foi feito ontem lá foi uma batalha de milícia, que por sinal é o que mais tem no Rio de Janeiro”, disparou, sem poupar palavras.