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A vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Palmeiras neste domingo (25), no Allianz Parque, contou novamente com a estrela de Agustín Rossi. O goleiro argentino defendeu uma cobrança de pênalti feita por Piquerez e, no rebote, impediu novo gol ao parar o chute de Estêvão. Foi a décima penalidade enfrentada por Rossi com a camisa rubro-negra, e sua quarta defesa em cobranças diretas — um aproveitamento que chama atenção no cenário nacional.
Com 23 penalidades defendidas na carreira, Rossi figura entre os cinco goleiros argentinos com mais defesas de pênaltis desde 1990. Pelo clube carioca, soma quatro defesas em dez penalidades sofridas. Aos 29 anos, o argentino vive sua segunda temporada no futebol brasileiro e demonstra cada vez mais segurança sob as traves do time comandado por Filipe Luís.
Sergio Romero – 29 defesas
Franco Armani – 27 defesas
Roberto Abbondanzieri – 26 defesas
Agustín Rossi – 22 defesas
Emiliano “Dibu” Martínez – 18 defesas
Um dos aspectos mais notáveis na performance do arqueiro é a consistência em suas decisões: em nove das dez cobranças que enfrentou pelo Flamengo, o goleiro optou por pular para o canto direito. A estratégia tem surtido efeito. Dos últimos cinco pênaltis cobrados contra ele, Rossi defendeu quatro. Apenas metade das penalidades contra o goleiro foram convertidas em gol, índice que reforça sua reputação como especialista no fundamento.
Além da defesa decisiva contra o Palmeiras, Rossi já havia se destacado em outras partidas importantes. No clássico contra o Fluminense, no Maracanã, defendeu uma penalidade válida pela 30ª rodada do Brasileirão de 2024. Também parou a cobrança de Thiago Almada, do Botafogo, em outro confronto direto. Contra o Cruzeiro, o goleiro defendeu o chute de Gabriel Barbosa, embora o atacante tenha convertido no rebote e garantido o gol para a equipe mineira.
Com mais de 63 mil bilhetes comercializados, confronto entre brasileiros e venezuelanos promete clima intenso no Maracanã nesta quarta-feira (28)
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O Maracanã será palco de um jogo crucial nesta quarta-feira (28), às 21h30 (horário de Brasília), quando o Flamengo enfrenta o Deportivo Táchira pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O duelo, válido pela sexta rodada do Grupo C, atraiu grande mobilização da torcida rubro-negra, resultando na venda de mais de 63 mil ingressos antecipadamente. O estádio terá capacidade máxima ocupada, segundo informações do jornalista Venê Casagrande.
Com oito pontos somados, a equipe brasileira ocupa atualmente a segunda posição da chave, empatada com a LDU, mas com vantagem no saldo de gols. Uma vitória diante do time venezuelano, já eliminado e sem pontuar, garante a classificação direta do Flamengo às oitavas de final, sem depender do resultado do confronto entre LDU e Central Córdoba, que será disputado simultaneamente em Quito.
O técnico da equipe carioca terá um ambiente favorável para buscar a classificação, impulsionado pela presença em massa dos torcedores no Maracanã. A expectativa é de muita pressão desde o apito inicial, já que o adversário entra apenas para cumprir tabela. O apoio das arquibancadas será um fator determinante para que o Mais Querido imponha seu ritmo desde os primeiros minutos.
O Grupo C segue indefinido até a última rodada. Enquanto o Central Córdoba lidera com 11 pontos e já garantiu a vaga, a segunda posição ainda está em disputa entre brasileiros e equatorianos. A LDU encara o líder do grupo, mas o saldo de gols favorece o clube carioca, que pode se beneficiar em caso de empate dos rivais, desde que conquiste os três pontos em casa.
A bola rola às 21h30, no Maracanã, e a expectativa da torcida é por uma exibição segura e eficaz do Mengão para assegurar a permanência na competição continental. A provável escalação da equipe tem: Rossi, Wesley, Léo Pereira, Léo Ortiz, Alex Sandro, Evertton Araújo, Gerson (Varela), Arrascaeta, Luiz Araújo, Michael (Cebolinha) e Bruno Henrique (Pedro).
O Mais Querido mostrou maturidade e inteligência tática na vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque, no último domingo (25), agora visa o confronto de quarta
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Na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, o Flamengo fugiu de seu estilo habitual. Acostumado a pressionar desde a saída de bola adversária, o time adotou uma postura mais contida e calculista. A mudança surtiu efeito. Sob o comando de Filipe Luís, o Rubro-Negro explorou o contra-ataque e foi cirúrgico quando teve chance de matar o jogo.
Para o comentarista Zinho, a atuação do treinador interino merece destaque. As substituições e a reorganização da equipe diante dos imprevistos chamaram atenção. “Quando o Gerson sente e precisa sair, o Filipe surpreende. Ele não faz o óbvio. Coloca o Varela de volante e deixa Danilo mais recuado. Foi uma decisão de quem está vivendo o dia a dia”, analisou.
Um dos movimentos mais elogiados foi a colocação de Varela no meio de campo, ao lado de Everton Araújo. Mesmo improvisado, o uruguaio mostrou segurança nos 30 minutos finais e cumpriu bem a função. Para Zinho, o desempenho foi positivo: “O Varela por ali vai bem. Tem mobilidade, aguenta o tranco, sabe ir e voltar. Fez um bom papel”.
Apesar da surpresa na escalação da dupla, Everton Araújo teve desempenho abaixo do esperado. Zinho pontuou que o jovem da base sentiu o jogo, especialmente no primeiro tempo. “Errou muitos passes e teve dificuldade. Mas é normal para um garoto num jogo desse tamanho”, ponderou. Diferente da proposta ofensiva costumeira, o Flamengo adotou uma linha mais reativa. A estratégia de esperar o Palmeiras e sair com velocidade nos contra-ataques acabou sendo decisiva. O time paulista até finalizou mais, mas pouco incomodou Rossi – com exceção do pênalti.
O segundo gol rubro-negro teve clara participação de Filipe Luís na construção. Zinho apontou o "dedo" do técnico nas trocas que deram gás novo à equipe. “Ele coloca o Wallace Yan e o Ayrton Lucas. O Wallace dá velocidade, o Ayrton estica o time. O Filipe dobra o lado do campo. Ali foi leitura fina de jogo”, disse.
Rubro-Negro enfrenta venezuelanos nesta quarta (28) com a vaga nos mata-matas da Libertadores 2025 em jogo da vida na competição
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O Flamengo entra em campo pressionado, mas com boas razões para confiar no resultado. Só a vitória interessa para não depender de ninguém na busca pela vaga nas oitavas de final da Libertadores. A partida marca o reencontro com o Deportivo Táchira, velho conhecido da torcida rubro-negra.
Flamengo e Deportivo Táchira já se enfrentaram três vezes na história da Libertadores, e o clube carioca venceu todas. Foram nove gols a favor e apenas dois sofridos — uma média de três gols por jogo para o time da Gávea. A primeira vez que os clubes se cruzaram foi em 1991, na fase de oitavas de final. No jogo de ida, na Venezuela, o Fla venceu por 3 a 2, com três gols de Gaúcho. Na volta, um atropelo: 5 a 0 no Maracanã, com gols de Marcelinho Carioca (2), Gaúcho, Zinho e Marquinhos.
Com quatro gols marcados naquele mata-mata, Gaúcho é até hoje o maior goleador do confronto entre Flamengo e Deportivo Táchira. Marcelinho Carioca vem em seguida, com dois. Na estreia da atual edição da Libertadores, Flamengo e Táchira se enfrentaram na Venezuela. Mesmo com atuação abaixo, o Rubro-Negro venceu por 1 a 0, gol de Juninho. A viagem complicada, com problemas na entrada do elenco no país, influenciou na performance do time.
Naquela noite, Filipe Luís escalou o Flamengo com: Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar e De la Cruz; Luiz Araújo, Michael, Everton Cebolinha e Bruno Henrique. Juninho saiu do banco para garantir os três pontos. O Flamengo carrega uma invencibilidade contra todos os clubes venezuelanos na história da Libertadores. São 11 jogos e 11 vitórias. Além do Táchira, vitórias sobre Caracas, Maracaibo, Minervén e Universidad de Los Andes compõem a lista.
Confira a sequência invicta do Flamengo contra times da Venezuela na Libertadores:
Universidad de Los Andes 0 x 3 Flamengo (1984)
Flamengo 2 x 1 Universidad de Los Andes (1984)
Deportivo Táchira 2 x 3 Flamengo (1991)
Flamengo 5 x 0 Deportivo Táchira (1991)
Flamengo 8 x 2 Minervén (1993)
Minervén 0 x 1 Flamengo (1993)
Flamengo 3 x 1 Maracaibo (2007)
Maracaibo 1 x 2 Flamengo (2007)
Caracas 1 x 3 Flamengo (2010)
Flamengo 3 x 2 Caracas (2010)
Deportivo Táchira 0 x 1 Flamengo (2025)
O confronto entre Flamengo e Táchira costuma ser movimentado. Dos três jogos já disputados, dois terminaram com cinco gols. Somando os três, foram 11 gols no total — média de 3,7 por jogo. Mesmo já eliminado, o Deportivo Táchira não deve facilitar. O técnico do time prometeu entrega total, mesmo sabendo que o clube se despede da Libertadores 2025 nesta rodada.