Futebol
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0Após o Flamengo garantir a vaga na final do Campeonato Carioca, depois de ficar no empate em 0 a 0 com o Fluminense na noite deste sábado (16), o técnico Tite concedeu uma coletiva e explicou o motivo da ausência de Gabigol no clássico, mesmo tendo o camisa 10 à disposição.
Segundo Tite, a decisão de manter Gabigol no banco de reservas esteve atrelada a dois fatores. Primeiro, por opção tática. A segunda, entretanto, foi relacionada ao recente problema físico do atacante.
"Trabalhamos da mesma maneira que trabalhamos com todos. Exigindo empenho e dedicação de todos. No jogo, vemos a exigência de cada partida. No último jogo, tinha muito espaço nas costas da linha defensiva do Fluminense. Por isso a entrada do Bruno Henrique. O Gabriel só fez um treinamento mais forte com o grupo", afirmou Tite.
PROBLEMAS FÍSICOS DO CAMISA 10
Lembrando que por conta de problemas musculares, Gabigol esteve fora de dois jogos do Flamengo, diante do Madureira e Fluminense, em jogos válidos pela 11ª rodada da Taça Guanabara e ida da semifinal do Carioca, respectivamente. Porém, durante os últimos treinos que antecederam o jogo de volta contra o rival das Laranjeiras, o jogador retomou às atividades.
DESCANSO PARA O ELENCO
Após garantirem a classificação do Mais Querido para a final do Carioca, o elenco do Flamengo recebeu 3 dias de folga. Dessa forma, o plantel volta a se reapresentar no CT Ninho do Urubu na tarde da próxima quarta-feira (20).
Clube mineiro já estaria acertado com o atacante e separou o número que o jogador utilizou no Mengão e no Santos para o jogador; CEO prega cautela
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0Gabigol, que está de saída do Flamengo após seis temporadas marcadas por grandes conquistas e polêmicas, está próximo de assinar um contrato de quatro anos com o Cruzeiro. A expectativa é de que o anúncio oficial seja feito no dia 2 de janeiro de 2025, data do aniversário do clube mineiro.
De acordo com o jornalista Venê Casagrande, a diretoria do Cruzeiro está até considerando a possibilidade de liberar a camisa 10 para Gabigol. A camisa 10 foi histórica no Flamengo, mas a pressão que o atacante sentiu ao vesti-la foi notável. Depois da aposentadoria de Diego Ribas, Gabigol foi o escolhido para usá-la, mas não conseguiu conquistar títulos com esse número, o que acabou impactando seu desempenho. Durante os mandatos de Vítor Pereira, Jorge Sampaoli e Tite, ele chegou a perder espaço no time titular.
O último ato de Gabigol com a camisa 10 do Flamengo foi no primeiro semestre de 2024, quando a foto do atacante com a camisa do Corinthians vazou em um evento privado. Isso gerou polêmicas e resultou em uma multa de 10% do seu salário pelo clube, além de perder o lendário número eternizado por Zico.
O dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, quase adiantou o anúncio durante uma entrevista nesta segunda-feira (23). Ao ser perguntado sobre a chegada de Gabigol, ele demonstrou grande empolgação, mas foi interrompido pelo CEO do Cruzeiro, Alexandro Mattos, que fez questão de manter a cautela, lembrando que o clube ainda não tem nada assinado com o atacante.
Contrato e expectativas
O contrato de Gabigol com o Cruzeiro deverá ter quatro temporadas e incluir um aumento salarial em relação ao que ele recebia no Flamengo, com salários que podem atingir R$ 2,5 milhões por mês.
Gabigol deixa o Flamengo após 13 títulos conquistados e 161 gols marcados, tornando-se o sexto maior artilheiro da história do clube. Contudo, suas últimas temporadas foram conturbadas, com discussões com a diretoria e questões fora de campo, o que levou à não renovação do seu contrato e à despedida no fim da temporada 2024, marcada por uma homenagem no empate em 2 a 2 contra o Vitória, no Maracanã.
Zagueiro do Mengão foi um dos destaques da temporada e, por ter passaporte italiano, não ocuparia uma vaga de extracomunitário no elenco da Juve
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0Léo Ortiz, considerado uma das melhores contratações do Flamengo em 2024, continua se destacando com ótimas atuações no time. Seu bom desempenho chamou a atenção de clubes europeus, incluindo a Juventus, da Itália. No entanto, apesar do interesse demonstrado, os italianos ainda não formalizaram uma proposta ao Flamengo, mas continuam monitorando o defensor.
De acordo com o Paparazzo Rubro-Negro, o clube de Turim estaria disposto a pagar 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 193 milhões na cotação atual) por Léo Ortiz. Com a janela de transferências da Itália abrindo em janeiro, existe a possibilidade de a Juventus tentar tirar o zagueiro do Flamengo.
O primeiro contato da Juventus com o Flamengo aconteceu em outubro de 2024, quando o interesse no defensor de 28 anos foi comunicado ao clube carioca através do empresário Paulo Pitombeira, da Talents Sports. No entanto, o Mais Querido deixou claro que não negociará o jogador, considerando-o uma peça importante no elenco.
Na temporada de 2024, Léo Ortiz disputou 40 partidas pelo Flamengo, marcando dois gols e dando duas assistências. Após um início complicado como técnico Tite, onde não teve sequência nos 11 iniciais e depois ganhando espaço como volante, Ortiz terminou o ano consolidando-se como titular absoluto na zaga sob o comando de Filipe Luís.
Histórico de Léo Ortiz no Flamengo
Contratado em março de 2024 junto ao Red Bull Bragantino por 7 milhões de euros (aproximadamente R$ 37,6 milhões), o zagueiro tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2028. O camisa 3 do Mengão começa a temporada 2025 como um dos pilares defensivos
Treinador começou o ano de 2024 de forma convincente, mas teve uma grande queda de desempenho e acabou demitido após eliminação do Mengão na Libertadores
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0A saída de Tite do comando do Flamengo no final de setembro continua repercutindo, especialmente após o crescimento do time sob o comando de Filipe Luís, que culminou em títulos e na evolução do desempenho. Para a jornalista Daniela Boaventura, da ESPN, o principal erro do treinador foi impor seu modelo de jogo sem levar em conta as características dos jogadores e a expectativa do torcedor rubro-negro.
Análise do trabalho de Tite
Em participação no podcast Barbacast, no YouTube, Daniela foi enfática ao classificar o trabalho de Tite no Flamengo como muito ruim. Ela apontou dificuldade em encontrar pontos positivos e destacou que até mesmo a tentativa de usar Léo Ortiz como volante, inicialmente vista como uma inovação, revelou-se um erro, já que o defensor se destacou jogando em sua posição original na zaga com Filipe Luís.
"Eu acho que foi um trabalho ruim. Não consigo achar ponto positivo. Botou o Léo Ortiz de volante e funcionou muito bem. Funcionou, mas não funciona melhor de zagueiro? Tá funcionando, né? Então, assim, foram feitas escolhas ruins. [...] O ambiente não era bom. Chegou num final ali muito desgastado, que os jogadores falavam mais com o Matheus do que com o Tite", comentou Daniela.
Erro de estilo de jogo
Para a jornalista, o maior equívoco de Tite foi insistir em um modelo de jogo físico, com menos foco em posse de bola e domínio do adversário, algo que vai contra o estilo característico do Flamengo. Ela afirma que essa abordagem não levou em consideração a identidade do clube nem as qualidades do elenco, prejudicando a conexão com jogadores e torcida.
"Quando ele chega e coloca o Flamengo para jogar no molde dele, sem observar o que cada jogador tem a oferecer, para mim é um erro grave. Gravíssimo", afirmou.
Daniela comparou a postura de Tite à de outros treinadores, como Fernando Diniz, que, em alguns momentos, também teria forçado seu estilo em equipes.
Impacto no elenco
Segundo a análise, a insistência de Tite desmotivou os jogadores, mesmo sem intenção de "derrubar" o treinador. Daniela usou uma analogia com o jornalismo para ilustrar como a falta de identificação com o estilo de trabalho pode afetar o rendimento:
"Se trabalho com você, e todo dia você fala: 'Dani, vamos fazer o programa gravado?' Eu falo, pô, mas sou boa no ao vivo. [...] Dez dias depois já tô rendendo menos. [...] Eu acho que isso é humano, sabe? Não tô dizendo que algum jogador tentou derrubar o Tite, não é isso. Mas houve uma desmotivação geral ali."
A jornalista conclui que o trabalho de Tite no Flamengo foi "muito ruim" e destacou a falta de adaptação do técnico às características do clube e do elenco como o principal motivo para o fracasso de sua passagem.