ANDREAS PEREIRA COMEMORA VITÓRIA DO FLAMENGO EM CLÁSSICO FALA EM UNIÃO... INUSITADA

A temporada de 2024 ainda está fresca na memória dos torcedores, mas o Flamengo já volta suas atenções para o calendário de 2025. Uma das primeiras novidades divulgadas é a estreia no Campeonato Carioca. O Rubro-Negro dará o pontapé inicial contra o Boavista, em uma partida marcada para a Arena Batistão, em Aracaju, Sergipe.

A data também já foi confirmada: o duelo acontecerá no sábado, 11 de janeiro de 2025. Essa decisão reforça o planejamento estratégico do Flamengo para expandir sua presença em regiões fora do eixo Rio-São Paulo, consolidando a marca do clube em território nacional.Essa não será a primeira vez que o Flamengo atuará fora do estado do Rio de Janeiro em competições estaduais.

FLAMENGO FARÁ JOGOS OFF RIO ?

Recentemente, o clube tem aproveitado essas oportunidades para estreitar laços com torcedores de outras regiões, garantindo estádios lotados e ampliando sua base de fãs. O confronto contra o Boavista é encarado como um ponto de partida essencial para os objetivos da equipe em 2025. Além de buscar mais um título estadual, o Flamengo quer ajustar o time sob o comando técnico e iniciar o ano com o pé direito.

BATISTÃO PROMETE FERVER 

A Arena Batistão, com capacidade para mais de 15 mil torcedores, será o palco desse grande jogo. O estádio, que é um dos mais importantes do Nordeste, promete receber uma atmosfera vibrante, já que a torcida rubro-negra do Sergipe e de estados vizinhos deve comparecer em peso.

A escolha de Aracaju para a estreia foi estrategicamente pensada. Sergipe possui uma base sólida de torcedores rubro-negros, e essa ação ajuda a fortalecer o vínculo entre o clube e seus fãs em outras regiões do país. Além disso, a iniciativa também gera uma expectativa maior para o Campeonato Carioca, atraindo atenção de outras partes do Brasil.

O ex-jogador peruano Jefferson Farfán, conhecido por sua brilhante trajetória ao lado de Paolo Guerrero na seleção peruana, revelou em entrevista recente ao jornal El Comercio que esteve muito próximo de reforçar o Flamengo durante sua carreira. Aos 40 anos, e afastado dos gramados desde 2022, Farfán falou abertamente sobre as oportunidades que surgiram ao longo de sua vida no futebol, incluindo o desejo de atuar na Argentina.

Em 2021, o nome de Farfán chegou a ganhar força no noticiário esportivo do Brasil, especialmente no entorno do Flamengo. Veículos peruanos, como o jornal Líbero, chegaram a anunciar que o atacante estava prestes a assinar com o Rubro-Negro. Apesar do burburinho, o negócio nunca foi concretizado. “Estive muito próximo do Flamengo e, em algum momento, do Fluminense. E onde eu gostaria de jogar, na Argentina, seria no Boca. O Boca Juniors tem uma mística, e as pessoas se sentem muito próximas”, afirmou o jogador.

UMA CARREIRA DE DESTAQUES

Embora nunca tenha jogado no futebol brasileiro ou argentino, Farfán deixou sua marca como um dos grandes nomes da seleção peruana. Com 102 jogos, 26 gols e duas assistências, ele foi fundamental ao lado de Paolo Guerrero, formando uma das duplas mais memoráveis do futebol sul-americano.

Farfán iniciou sua carreira no Alianza Lima, clube que o revelou em 2001. Após se destacar no futebol peruano, ele foi vendido ao PSV Eindhoven, da Holanda, onde ficou por quatro anos. Em seguida, transferiu-se para o Schalke 04, da Alemanha, onde viveu o auge de sua carreira e se tornou ídolo da torcida.

Além de Holanda e Alemanha, Farfán também atuou no Al Jazira, dos Emirados Árabes, e no Lokomotiv Moscou, da Rússia. Em 2019, retornou ao Alianza Lima para encerrar sua carreira no clube onde tudo começou. A proximidade de Farfán com o Flamengo em 2021 gerou expectativas entre os torcedores rubro-negros, especialmente pelo fato de o jogador ter atuado ao lado de Guerrero, que foi ídolo no clube carioca. No entanto, os detalhes da negociação nunca foram revelados, e o acerto acabou não se concretizando.

Nos últimos cinco meses, o Mais Querido registrou uma queda no número de sócios-torcedores adimplentes, impactando sua posição no ranking das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Segundo levantamento do Espião Estatístico, o Flamengo passou de 80 mil sócios, em julho, para 77,5 mil em dezembro, descendo do 5º para o 7º lugar na lista.

O ranking é liderado pelo Palmeiras, com mais de 197 mil sócios ativos, seguido por Atlético-MG, Internacional e Grêmio. O Flamengo aparece atrás de clubes como Cruzeiro e Botafogo, mesmo possuindo um número total de sócios que supera 300 mil, dos quais apenas 25% estão com os planos em dia.

DESAFIOS PARA O NOVO PRESIDENTE DO FLAMENGO

Com a posse de Bap na próxima quarta-feira, o clube busca reverter o cenário e melhorar o programa de sócios-torcedores a partir de 2024. O novo presidente assume com a missão de aumentar o número de associados e reduzir a taxa de inadimplência, um dos principais gargalos do programa.

Bap já possui experiência no setor, tendo sido responsável pela criação do programa de sócios-torcedores durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Na época, o dirigente defendeu políticas de ingressos mais caros para estimular a adesão dos torcedores ao programa, o que gerou polêmicas, mas também resultados positivos.

ESPECIALISTAS ANALISAM OS NÚMEROS DO FLAMENGO

Rodrigo Capelo, especialista em finanças esportivas, explicou que o ticket médio elevado pode ser um dos fatores que limitam o crescimento do programa. "O Flamengo continua com um número abaixo do que poderia, muito em função do ticket médio, que é mais alto. Isso dificulta a associação de um número maior de torcedores", avaliou.

Ele destacou que um programa de sócios-torcedores eficiente deve equilibrar três indicadores principais: número de sócios, ticket médio e taxa de inadimplência. Mesmo com muitos associados, a ausência de mensalidades em dia ou valores baixos podem comprometer as receitas do clube.

REESTRUTURAÇÃO DO PROGRAMA DE SÓCIOS É PRIORIDADE

Para reconquistar a torcida e retomar o crescimento, o Flamengo deverá buscar alternativas para atrair novos associados e reativar os planos inativos. A estratégia inclui desde ajustes no ticket médio até benefícios exclusivos para os sócios, alinhando as expectativas do torcedor com as necessidades financeiras do clube.