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Após a vitória sobre o Botafogo-PB, que garantiu o Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico Filipe Luís falou em entrevista coletiva sobre o retorno de Lorran ao time principal. O meia de 18 anos voltou a atuar entre os profissionais após um período de atividades apenas com a base e, segundo o treinador, teve uma boa performance. No entanto, Filipe fez questão de destacar: o jovem precisa manter o nível para seguir ganhando oportunidades.
Se relaxar em um treino ou um jogo, eu estou vendo tudo..."
“Falei do Lorran em duas perguntas na outra coletiva e uma antes do jogo. E falo o mesmo que sempre digo: falem no campo. Não importa se tem 16, 17, 36 ou 37 anos — quem estiver melhor vai ter minutos. Lorran está muito bem no sub-20, hoje teve minutos, foi bem, gostei dele no jogo”, afirmou.
Apesar do elogio, Filipe Luís reforçou que o meia precisa manter a consistência nos treinamentos e nas partidas, tanto na base quanto no profissional.
“Ele tem que continuar jogando bem, não pode relaxar. Se relaxar em um treino ou um jogo, eu estou vendo tudo. Os jogadores falam no campo, e quem for mais regular, quem estiver melhor, vai jogar mais. Quem não estiver tão bem, não terá tantos minutos. Simples assim”, completou.
Lorran não jogava sob o comando de Filipe Luís desde 11 de novembro de 2024, quando entrou no segundo tempo do empate com o Atlético-MG, pelo Brasileirão. Após ser liberado para férias, o jovem se reapresentou com o elenco alternativo que iniciou o Campeonato Carioca, mas atuou apenas no sub-20 até então.
Com quatro gols e uma assistência na base em 2025, o bom desempenho fez com que fosse relacionado para o clássico contra o Botafogo e, na sequência, ganhasse minutos diante do Botafogo-PB. No duelo, ele entrou no segundo tempo e apresentou os seguintes números:
Além de Lorran, outros jovens formados no Ninho do Urubu também ganharam espaço na partida. João Victor, Evertton Araújo e Matheus Gonçalves começaram como titulares, enquanto João Alves e o próprio Lorran saíram do banco. Wesley, hoje consolidado como titular, também é fruto da base. Filipe Luís celebrou a oportunidade de dar rodagem a esses atletas:
“A base é sempre importante. Conheço praticamente todos esses meninos, foram meus jogadores no sub-17 e sub-20. Consegui dar minutos a alguns deles para que comecem a entender o que é o profissional, estejam próximos dos jogadores do elenco principal. Sempre que for possível, vamos oportunizar. Sabemos que é importantíssimo, porque é como se estivéssemos contratando jogadores novos”, concluiu.
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A poucos dias da estreia na Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo ajusta os últimos detalhes em solo norte-americano. O clube busca evitar qualquer risco físico para seus principais nomes, e por isso tomou decisões cirúrgicas. Nesta quinta-feira (12), Arrascaeta e Alex Sandro não participaram da atividade em campo.
A decisão partiu da comissão técnica com aval do departamento médico, que optou por preservar os atletas após intensas atuações pelas seleções do Uruguai e Brasil. A informação foi divulgada pela jornalista Raisa Simplicio e confirmada por fontes ligadas ao clube. A decisão tem como objetivo principal evitar sobrecarga muscular e eventuais lesões às vésperas do torneio internacional.
Arrascaeta jogou 172 minutos nas duas partidas pelas Eliminatórias: 85 minutos na derrota por 2 a 0 para o Paraguai e outros 87 na vitória contra a Venezuela — quando ainda marcou um gol. Já Alex Sandro somou 163 minutos com a camisa da Seleção Brasileira. Ele foi titular no empate contra o Equador e também atuou por 73 minutos na vitória sobre o Paraguai.
A sequência acentuada de jogos motivou o Flamengo a agir preventivamente. Enquanto isso, Gonzalo Plata deu sinais animadores. O atacante equatoriano, que sofreu um edema ósseo recentemente, voltou a treinar com bola e já participa das atividades com o restante do elenco rubro-negro.
Plata deve ser relacionado normalmente para a estreia do Flamengo no Mundial, que acontece na próxima segunda-feira (16) contra o Espérance-TUN. A última partida do jogador foi no dia 1º de maio, contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil. Por outro lado, o meia uruguaio De La Cruz ainda requer atenção.
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Seis meses depois de desembarcar no Rio de Janeiro para iniciar sua trajetória no Flamengo, José Boto parece ainda se surpreender com o que o futebol brasileiro é capaz de proporcionar. Apesar da longa experiência acumulada em clubes europeus como Benfica e Shakhtar Donetsk, o dirigente revelou que, no Brasil, tem vivido situações inéditas na carreira.
José Boto sobre o Aerofla: "Experimentei coisas que nunca vi na minha carreira."
A principal delas aconteceu no embarque para os Estados Unidos, onde o clube disputa a Copa do Mundo de Clubes. A torcida organizou uma grande festa no aeroporto, com direito a bandeirões, cantos e escolta de ônibus até o terminal. O evento, já tradicional entre os rubro-negros, emocionou o português.
“Apesar de meus 40 anos de futebol, nestes seis meses de Brasil, experimentei coisas que nunca vi na minha carreira. Uma foi em São Luís, outra foi a de ontem. São coisas que só vivendo, só passando por elas. Se eu contar na Europa que isso existe, ninguém acredita. Estar dentro daquele ônibus é um combustível para todos nós”, contou Boto.
O dirigente deixou claro que, mesmo com todo o currículo que traz da Europa, ainda encontra no Brasil nuances únicas do futebol. Para ele, o envolvimento emocional do torcedor com o clube é algo que ultrapassa qualquer previsão de quem está chegando de fora. Além da emoção causada pela torcida, Boto também falou sobre a estrutura do clube na viagem ao exterior.
Segundo ele, o Flamengo montou uma delegação altamente profissional para a disputa do torneio, sem espaço para figuras amadoras na organização. “Você tem que separar o Flamengo no futebol e o Flamengo institucional. No futebol, no topo da hierarquia, estou eu. Todos que estão aqui são profissionais. Não existe nenhum vice-presidente”, afirmou, deixando clara a organização técnica adotada pelo clube para o torneio.
A delegação que representa o clube nos EUA é composta por 78 pessoas, incluindo atletas, membros da comissão técnica e profissionais de vários setores
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Muito além das quatro linhas, o Clube de Regatas do Flamengo leva à primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA uma estrutura que reflete o compromisso com a excelência e o profissionalismo que norteiam o dia a dia do futebol rubro-negro.
A delegação que representa o clube nos Estados Unidos é composta por 78 pessoas, incluindo atletas, membros da comissão técnica e profissionais dos mais diversos setores. Os improvisos ficam só para os craques, dentro de campo. Fora dele, não há espaço para amadorismo: todos os integrantes da comitiva fazem parte do quadro profissional do Flamengo, sem a presença de dirigentes amadores na rotina da equipe.
A preparação logística da viagem começou com antecedência e envolveu um trabalho minucioso de planejamento. O gerente Gabriel Skinner realizou três visitas técnicas presenciais nos Estados Unidos para mapear hotéis, centros de treinamento e rotas de deslocamento. Cada detalhe foi cuidadosamente estudado para assegurar o conforto, a segurança e a produtividade da equipe.
Foram mais de 3 toneladas de equipamentos transportadas do Brasil, contemplando materiais esportivos, itens de recuperação, tecnologia de análise de desempenho, comunicação e infraestrutura de trabalho. A rouparia do clube, por exemplo, embarcou com mais de 150 pares de chuteiras e mais de mil camisas de jogo, garantindo que nada falte aos atletas ao longo da competição.
Na fase inicial do torneio, o Flamengo ficará hospedado em três diferentes cidades: Atlantic City (Hotel Sheraton), Filadélfia (The Westin) e Orlando (Celeste Hotel). Cada deslocamento foi previamente calculado para minimizar impactos na rotina dos jogadores e da comissão técnica.
Outro aspecto que reforça o caráter global e plural da equipe está na diversidade de nacionalidades presentes na delegação. São 10 nacionalidades diferentes entre jogadores, membros da comissão e staff, evidenciando o perfil internacional que marca o atual momento do Flamengo.
Mais do que disputar um título inédito, o clube encara a Copa do Mundo de Clubes da FIFA como uma oportunidade para apresentar ao mundo o nível de profissionalismo que sustenta o seu projeto esportivo. Um time competitivo em campo começa com uma base sólida nos bastidores.